
A chamada poesia matuta é uma modalidade poética coloquial usada no Nordeste Brasileiro, principalmente na área do semiárido.
Em que pese a chancela com velado propósito depreciativo, lembramos que essa era a modalidade de poesia quase sempre usada por ninguém menos do que Patativa do Assaré, o qual, em função do seu oficio, ficou mundialmente conhecido e foi agraciado com 5 títulos de Doutor Honoris Causa de Universidades Diversas.
O poeta José Barbosa Monteiro Filho, codinome Onildo Barbosa, autor da poesia que lhes trazemos, é um expoente da geração mais nova, nascido na zona rural do município de Natuba na Paraíba, em 1955 e já surgiu numa época em que o sertão havia passado por transformações inevitáveis provocadas pela modernidade que alterou um pouco a sua originalidade sem, contudo, desfigurar=lhe.
Ele alterna inteligentemente momentos das duas épocas sem abrir mão da prerrogativa de evidenciar valores éticos e morais ainda resistentes.
Neste ano de 2022 vamos viver um ano de fundamental importância na política em que esperamos seja o marco zero de uma virada histórica, no sentido de renovar tanto o poder executivo nas três esferas, como as casas legislativas. Em primeiro lugar quando falamos de política queremos nos reportar à política com P maiúsculo, muito diferente da prática nefasta posta em prática pelas oligarquias decadentes de mais de quatrocentos anos. Renovar em política não é trocar apenas rostos mais novos por rostos de mais idade. Isso quem faz é a Rede Globo. Tampouco é tocar uma oligarquia por outra e sim bani-las da vida pública.
Se tivermos consciência de que somos quase 85% de explorados e se nos organizarmos, nos mobilizarmos e nos unirmos, teremos condições de vencer.
Confiram no poema de Orlando Barbosa como essa lição nos é ensinada!