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Abelhas, os seres vivos mais importantes!

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O tamanho diminuto das abelhas, com certeza é uma das causas da indiferença humana para a sua importância como o ser vivo mais necessário do planeta terra.
O porte físico sempre prepondera como padrão de qualidade e é um dos pré-requisitos básicos para a definição da importância dos animais.

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Um exemplo bem claro do que estamos tentando explicar é o que acontece com a seleção de gado bovino. Quando da seleção da raça Indubrasil, a genética bovina das demais raças zebuínas do plantel nacional, quase eram exterminadas.

A causa disso foi o propósito de obter por cruzamento uma raça genuinamente brasileira, que deveria ser um animal de grande porte e que tivesse, pasmem, orelhas grandes. Ora, a carne, o leite, o couro e os ossos têm utilidade e são fatores que agregam valores e que devem ser levados em conta em qualquer seleção bovina. Mas orelhas? afora afugentar insetos para que servem orelhas? nem para fazer alpercatas de currulepe!

O leão é conhecido como rei dos animais provavelmente pela sua beleza, pelo seu porte, pela sua grande ferocidade, pela sua maior capacidade de obter alimento na cadeia alimentar. Mas apesar de ter um porte menor do que outros animais, essa exceção vantajosa da aparência lhe confere o trono no ranking classificatório do reino animal.

A abelha é um inseto voador, parente próximo das vespas e das formigas. Os três têm um papel muito importante na polinização dos vegetais. Todavia, entre todos os polinizadores a abelha têm uma grande vantagem numérica, sendo amplamente majoritária.

A organização das abelhas é invejável e a sua convivência dentro da colmeia obedece àquilo que o humano chama de planejamento. Um planejamento impecável, sem a necessidade de ajustes na estratégia, a não ser pequenas mudança de táticas, na luta pela adaptação que venha lhe assegurar a sobrevivência. Tudo funciona harmonicamente na colmeia. O trabalho é coletivo e os benefícios são apropriados de forma comum. Além disso as abelhas não correm o risco de serem tachadas pejorativamente de comunistas por parte das vespas ou das formigas.

A grande importância conferida às abelhas é devida ao seu trabalho inestimável no processo de polinização dos vegetais. Dessa forma, toda alimentação que os animais de sangue quente e milhões de insetos consomem é fruto do trabalho de animais e de insetos, e dentre eles se destacam as abelhas.

A figura que se segue, mostra o percentual de cultivos polinizados por diferentes polinizadores com os seus respectivos pesos, onde é possível perceber que as abelhas são amplamente hegemônicas.

A superposição de polinizadores em determinados cultivares faz com que um agente polinizador exerça trabalho duplo ou triplo e provavelmente por isso o somatório supere os 100%. Um exemplo é a polinização do maracujá que é feito pelo besouro mangangá que tem maior porte.

De forma resumida a polinização dos vegetais se processa de acordo com a definição do Portal Embrapa, como mostra na sequencia fotografia.
“A polinização é a transferência de grãos de pólen das anteras de uma flor para o estigma (parte do aparelho reprodutor feminino) da mesma flor ou de uma outra flor da mesma espécie. As anteras são os órgãos masculinos da flor e o pólen é a gameta masculino.”

Feitas essas considerações conceituais sobre os polinizadores ressaltado o fundamental papel de todos eles, vamos à nota triste do concerto.

Nos últimos anos tem havido uma mortandade aparentemente inexplicável de polinizadores, notadamente das abelhas que são majoritárias na cadeia da polinização. Esse fato vem chamando a atenção de agrônomos, botânicos, paisagistas, ambientalistas e movimentos sociais de defesa do bioma, porque escancara a grave ameaça de extinção da vida no planeta terra.

Abelhas, mais do que produtoras de mel, são responsáveis pela totalidade dos alimentos necessários para a sobrevivência dos seres vivos, além de assegurarem a garantia da biodiversidade do planeta.

O trabalho das abelhas não se limita apenas à polinização de plantas rasteiras e arbustivas como gramíneas e leguminosas, mas abarca toda flora. No semiárido nordestino é possível encontrar mel resultante de diversas floradas, tais como: gitirana, feijão, soja, café, fava, milho, gergelim, tomate, pimentão, marmeleiro, pau d’arco, aroeira, jurema, umbuzeiro, abacateiro, catingueira, jucá, cumaru, mangueira, laranjeira, enfim, de tudo quanto vai para a nossa mesa.

Vejamos o que nos ensina Rosa Maria Dias em artigo publicado na revista BIOIKA na Seção Econoticias, edição de dezembro de 2021:

“A causa do desaparecimento desses insetos não está totalmente esclarecida, mas sabe-se que não existe apenas uma única razão, e sim vários fatores, ocasionados pelo impacto humano ou não. Um estudo da Universidade de Harvard associa esse fenômeno com o uso dos inseticidas à base de neonicotinóides (derivados da nicotina). Ao entrar em contato com essa substância, seja ao visitar uma flor contaminada ou por pulverização aérea do agrotóxico, são gerados problemas de memória de navegação nas abelhas, que se desorientam e perdem a capacidade de retornar às colmeias, morrendo longe das mesmas.”

Ora, o grande reservatório de matéria prima das abelhas são os vegetais, e dentre os vegetais se encontram aqueles que nos servem de alimentos e que servem também para multiplicação do capital, como aqueles plantados em larga escala como a soja, o trigo, o milho e a cana de açúcar.

Pelo que se informa o brasil usa mais de trezentos tipos daquilo que costumam chamar de agrotóxicos e que nós preferimos chamar de biocidas. Sim, porque são venenos letais à vida de um modo geral, inclusive a do inventor do próprio veneno que é o bicho humano.
O artigo de Rosa Maria Dias conclui com uma advertência séria:

“…….o desaparecimento das abelhas pode impedir ou reduzir drasticamente a reprodução de muitas espécies de plantas, levando ao desequilíbrio dos ecossistemas e à perda da biodiversidade. A produtividade agrícola também está em risco, podendo ocasionar forte impacto na economia global. Se por um lado, atividades agrícolas e pecuárias são vistas como lucrativas, por outro, elas podem estar comprometidas por elas mesmas”.

Pelo que sabemos o Brasil é campeão mundial no uso de biocidas e o principal endereço daqueles biocidas que são barrados nos países centrais. No ano de 2017 o Brasil usou 550 mil toneladas de ingredientes ativos quando “ganhou “o título de “campeão mundial”.

O consumo descontrolado de biocidas vai desde o herbicida usado para combater ervas daninhas, até os fungicidas que combatem as pragas da lavoura. As abelhas e não somente elas, são vitimadas criminosamente no seu trabalho desenvolvido no processo de polinização. Elas coletam o néctar do qual se alimentam e morrem, além do pólen que seria levado à colmeia para o fabrico do mel.

Resultado: a polinização não se completa comprometendo a produção agrícola, as abelhas morrem e não voltam mais ao trabalho. Os últimos a morrer serão os seres vivos à frente o autor do crime doloso contra ele próprio, o bicho humano.

O governo Bolsonaro, totalmente descomprometido com o meio ambiente e subserviente ao agronegócio, escancarou as portas do país para entrada indiscriminada de biocidas.
Isso significa que a mortandade das abelhas irá continuar crescendo até a desertificação do planeta terra que perecerá, contaminado ou vitimado de fome.
Será que os humanos são mesmo racionais?

Frase atribuída ao guerreiro apache Cochise

 

 

Consulta:
NATIONAL GEOGRAFIC:

Revista BIOIKA:

TODA MATERIA:Tudo sobre os agrotóxicos

Fotografias: Colégio Web

Brasil de Fato.

Compre Rural.

FRASES RIO – Quando a última árvore tiver caído (mensagem. Online)

Blog Planeta Macbook:

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