Por: Emerson Monteiro;
Nesse acalmar de pensamentos vêm as palavras, e, logo em seguida, os sentimentos diversos. Círculo perfeito de tempo, passam livre de sentido, desde gestos mínimos a mergulhos mais profundos na carcaça dos mistérios. Logo, haustos de reconhecimento e quase nenhuma certeza, no entanto isto face equivale aos sons da compreensão, ainda perdidos nas providências sem atitude, algo assim feito de restos do que se foi e insistência dos cacos de passados escondidos na lama da inexistência.
Mesmo que seja desse modo, salvos mínimos acalantos deixados de lado, as artes reconhecem a velocidade do vento e reúne em volta oportunidades intensas. Alimentam de virtude mesmo as frestas do Infinito que ora percorremos sem jeito, meras testemunhas dos filmes antigos e das noites enluaradas vividas ao sereno. Segredos sussurrados aos ouvidos dessa eternidade que o somos, nutrimos de saudade o feixe de solidão que nos percorre as veias a todo instante.
Tais frequentadores de lojas imensas de tudo quanto há, percorremos todos os corredores do Destino e saboreamos as notas das mais lindas melodias, suaves autores de si mesmos. Destarte, formulamos as normas que seguem existências adiante, olhos fixos em loas de felicidade.
Conquanto resolver a equação da esperança ser-se-ia o gesto fundamental dos firmamentos, apenas largamos de novo a essência de viver, quais senhores impossíveis de nós. Com isto, as palavras rasgam o véu das horas e permitem exercitar o gesto mínimo de estar aqui e contemplar velhos padrões de toda geração que sustenta o itinerário do que sumiu para sempre.
Noutras vezes, sabemos da correnteza que significamos, e, astutos, desejamos dominar esse poder original feitos pequenos seres em trajes de beduínos espalhados pelos desertos afora. Somar. Diminuir. Voar. Desaparecer pelos campos. Vastidão inigualável que desmancha constantemente a floresta de quantos outonos, deliramos dentro das almas que fogem pouco a pouco nos traços de nunca ou jamais.