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Conhecendo um grande adversário

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Por: Neves Couras;

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Sempre pensei como adversários pessoas que pudessem, de alguma forma, nos prejudicar, ou mesmo aquelas que nos desejam as piores coisas. Quanto engano! Isso, resultado de uma cultura que busca culpar o outro pelo que não temos a capacidade de conquistar, pela falta de sucesso, em nossa passageira vida.

Tudo isso muda quando chegamos a uma sala pequena, as pessoas ávidas de conhecimentos, mas ainda pouco sabedoras da vida que nos espera quando essa vier a termo. Nela estavam alguns escolhidos para o aprendizado, os futuros pregadores de uma metodologia chamada a Boa Nova.

Essas reuniões, aconteciam após uma alimentação leve, na casa de um deles. A maioria na casa de Simão Pedro. Foi este que começou a perguntar a um Mestre que viera ao mundo exatamente para tentar ensinar coisas muito simples, mas cheias de sabedoria. Pedro começa falando de um acontecido: relata que tivera visto uma mulher apanhando de um capataz, e mesmo diante da presença de seus filhinhos, ele não parava de maltratar aquela mulher que gritava pedindo socorro. No entanto, Pedro mesmo fazendo parte do grupo que pregava a Boa Nova, teve medo de entrar na questão para não criar problemas com para o grupo.

Depois, Thiago, filho de Zebedeu, fala que a caminho da reunião encontrara uma mulher com uma criança ao colo, muito abatida, pediu-lhe socorro, e mesmo tendo lhe abatido profundamente aquele pedido, lembrou-se que perto de onde estavam havia uma colônia de trabalho o que o fez não dar ajuda aquela mulher por medo de algum trabalhador o visse com uma mulher o que poderia acarretar um escândalo para a Boa Nova.

Chega a vez de Bartolomeu falar: conta que havia encontrado um ladrão que gemia muito, aproximou-se dele viu que sangrava muito, mas teve receio de ser confundido com o pobre ferido e, assim, o que seria dele?

Posteriormente falou Felipe que quando se dirigia para o local da reunião, foi cercado por um grupo de 30 pessoas rogando conselhos sobre a senda da perfeição. No entanto, não se sentindo preparado, julgou prudente evitar as críticas dos outros, ficou mudo e saiu.
Depois de ouvir todas aquelas narrativas o Mestre diz: “Pedro, todos os fracassos do dia constituem a resultante da ação de um só adversário que muitos acalentam. Este adversário invisível é o medo.”

E completa: “Quando o tempo e a dor difundirem, entre os homens, a legítima compreensão da vida e o verdadeiro amor ao próximo, ninguém mais temerá”.

Ao longo de nossas vidas, apesar de sabermos pouco soube os apóstolos, seria comum pensarmos que os alunos do Cristo, pudessem ter aprendido um pouco mais sobre seus ensinamentos. No entanto, pessoas comuns como nós em constante processo de aprendizado, eles também tinham seus medos e suas fraquezas, assim como nós.

É importante lembrarmos que esses acontecimentos advieram no século I da era cristã. De lá para cá, o mundo, ou melhor os homens, não aprenderam ainda a amar e o que nos parece, diante das histórias contadas, não agiríamos diferentemente dos apóstolos. Talvez pela desconfiança que os fatos e diários nos levam a temer outros irmãos.

A lição dessa história é que não devemos criticar ninguém. Se nos colocarmos nos lugares desses aprendizes da Boa Nova, talvez tivéssemos medo de assistir aos que necessitaram ajuda. Não por pertencer ao grupo que acompanha o Cristo, mas por não termos confiança nas pessoas. A cada dia que passa, subimos nossos muros, gradeamos nossas janelas nos tornando prisioneiros, com a única diferença que temos a chave das portas.

Livro sugerido para leitura: Pontos e Contos – Psicografia de Chico Xavier pelo Irmão X – FEB, Rio de Janeiro, 1958.

 

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