Por: Mirtzi Lima Ribeiro;
No meu entender, a diversidade em todos os aspectos é algo intrínseco ao ser humano e é exatamente nela que reside a beleza da vida.
Cores, aromas, sabores, quereres, pensares, talentos e dons, aptidões, direcionamentos, escolhas, tudo passa a ser rico de sentido e de significado pela diversidade existente, o que
proporciona brilho e glamour às partilhas recíprocas.
Quando cada um compartilha um pouco de seu universo único, contribui para enriquecer o outro e ampliar a consciência da outra parte. Isso expande a percepção e nos força a refletir em várias frentes, aspectos e horizontes.
Na realidade, é esse pensar diferente que dá o sentido de união apesar das diferenças.
Aceitar o outro, mesmo que pense diferente do nosso raciocínio, é uma arte e uma virtude louvável – digno das almas brandas que compreendem que cada um traz a experiência, a ciência, a tendência e a habilidade em um campo diferente do nosso.
E essa postura inofensiva diante do outro difere, em muito, da imposição ou força brutal para fazer valer vontades, pensamentos, conceitos, preferências ou opção de vida.
Essa é uma reflexão para o momento acalorado a respeito da inclusão e aceitação dos diferentes, pelo qual passamos em nossa sociedade, segmentos e instituições.
Lembro também que até esse caos nos entendimentos, na resistência para aceitar os diferentes e as maiorias minimamente representadas é positivo (em todos os casos, e aqui cito a aceitação do espaço e da importância das mulheres e da cor ou etnia negra), pois acredito que o caos sempre nos levará à ordem.
Os pensamentos obscuros e de trevas sempre serão forçados pelas circunstâncias e demandas a abrir espaço para a luz e a iluminação.
Esses são os fluxos naturais da existência, dos ciclos e ciclos da vida. Por isso sempre digo que a vida sempre caminhará para a vida. Qual será o catalisador desse processo? É a energia primordial que move, restaura e reorganiza todas as coisas que é o amor. O amor é o catalisador e a chave para o respeito mútuo, assim como funciona como a vontade de girar a maçaneta que abrirá muitas portas e horizontes.
