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O nosso retorno

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Por: Neves Couras;

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É fato que a única certeza que temos ao nascer é a que morreremos. No entanto, nunca paramos para pensar neste evento. Vivemos como se jamais fosse acontecer. Sei que já tratamos no artigo anterior sobre o entardecer de nossa existência, mas estou querendo trazer um pouco mais. Dentre elas algumas questões que precisaríamos observar para que cheguemos em nossos momentos finais, embora não saibamos exatamente quando acontecerá, mas a cada minuto, poderá acontecer.

Muitos vivem desvairadamente preocupados em aumentarem seus bens, desfrutar dos prazeres da vida como “se o céu fosse o limite”. Felizmente, ainda encontramos tantas pessoas que fazem tudo como se seu papel aqui na terra fosse apenas ser bom, fazer o bem e transmitir luz e felicidade. São luz porque já adquiriram essa posição. Não sei o que foram em suas vidas passadas, mas já cumpriram com todas suas tarefas, e já sem nenhum débito, voltam a terra para serem luz e ajudar no progresso dos que se atrasaram na escola da vida.

Talvez eu já tenha falado neste assunto em outros artigos já publicados, mas sei que nem sempre é o tempo de tomarmos conhecimento de algumas coisas. Pois bem, é assim que a vida é: uma escola na qual precisamos cursar todas as séries, os professores, são nossa família, colegas de trabalho, irmãos e até aqueles que cruzamos na rua, e jamais o veremos novamente, mas ao passamos um pelo outro, trocamos um sorriso, um olhar de reprovação, qualquer que tenha sido o sentimento naquele momento trocado, alguma coisa ficou. Algum ensinamento ficou.

O jeito de ser de cada um deve ser respeitado, mesmo não gostando, cada um de nós é diferente e a energia que nos envolve tem a ver com nosso grau de adiantamento, e nosso aprendizado, ou mesmo as companhias dos encarnados ou desencarnados que se juntam a nós acontecendo em função de nossas ações. Ninguém é totalmente mau, nem totalmente bom.

Os mais antigos tinham um ditado que eu demorei para entender em sua totalidade: “Fulano, não pode subir em um tijolo que já faz um discurso”. Isso é o orgulho, a soberba, pecado capital, a falta de caridade. Muitos que descem nesta estação chamada Terra não têm a preocupação de pensar o porquê de aqui estarem. Você já parou para pensar o que veio fazer aqui? Garanto que não foi só se divertir, fazer fortuna, tratar seus empregados como escravos, ou mesmo participar das festas dos famosos “azulzinhos”.

Somos seres da natureza que a compõe fazendo parte de uma outra coisa.
Precisamos aprender a servir e saber o tempo certo de servir. Precisamos aprender que se o outro não age como queríamos tem uma razão para isso. Ame e cuide de todos aqueles que são responsabilidade sua. Seja um filho gerado de uma relação inconsequente, seja os filhos que não são o que gostaríamos que fossem, seus animais que se aproximam para te ajudar a conhecer a amar de um jeito que nós humanos ainda não sabemos.

Vai chegar o dia que o trem ou o barco da partida vai estar lá para te apanhar de volta. Neles, estarão alguns que te trouxeram. Acredite: sua partida poderá ser uma grande festa ou um evento de muita tristeza.

 

Alguns de nós desistem, ainda no útero da mãe, de vir para cá, com medo de cometer os mesmos erros das vidas anteriores e aumentar, mais um pouco os débitos contraídos, outros, resolvem vir, mesmo sabendo que terão missões muito difíceis, mas precisarão vir. Não tem direito a escolha.

Peço desculpas a alguns leitores que não gostam de tratar desse tipo de assunto, mas estou vivendo de muito aprendizado em matéria de partida. Vendo sofrer pessoas que amamos um dia, mas que se desviaram de seus caminhos. Outros que pousam de santos para seus amigos e sua comunidade, mas que apenas sua família – me refiro à mulher ou marido e filhos – sabem no íntimo com quem convivemos.

Talvez, me valendo de outro ditado que diz “quem disso cuida, disso usa”, nunca tenha atentado para como existem pessoas que passam uma vida atuando, como grandes intérpretes, mas que, na presença do poder, do dinheiro ou da doença, deixam a máscara cair e se mostram verdadeiramente. Para mim é muito difícil me perceber no último ato de um grande espetáculo onde máscaras caem a torto e a direito ao meu redor.

Mas me valendo dos ensinamentos do Cristo Jesus que nos dizia que devemos amar a todos, aproveitemos que estamos na escola e são permitidos os retardatários, para aproveitar a oportunidade para fazemos o que é preciso para vivermos a verdade. Assim, quando o trem ou barco que vier nos buscar, estejamos leves e felizes para reencontrarmos os que partiram antes de nós.

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