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A Medicina Popular e a Espiritual: um pouco de cada uma

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Por: Neves Couras;

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Para compreensão que existe a possibilidade de cura fora do arcabouço da ciência, se faz necessário compreender em primeiro lugar o que é a Medicina Popular. Esta é uma prática que mostra que não existe apenas um único modo de se fazer ciência, ela resiste ao tempo, aproxima e fortalece as relações sociais entre as pessoas e as comunidades que nela acredita, não por empirismo, mas pela comprovação de cura entre seus adeptos. A medicina popular “carrega consigo uma definição muito singular. E que encerra a verdade: a de que não existe um modo único, original e ideal, válido para todas as pessoas e classes socais, de criar as suas estratégias de vida, dentre estas a cura”.

No que diz respeito à Doutrina Espírita se faz necessário uma série de explicações para quem não é adepto ou mesmo para os estudiosos das religiões. Na atualidade, não são mais utilizados medicações, banhos ou outros tipos de orientações voltadas para a cura, como no passado. No entanto, se faz necessário trazer ao leitor todo processo histórico que envolveu não só a utilização das plantas, mas a indicação de medicamentos pelos médiuns, anteriormente chamados “médiuns receitistas”.

Com o avanço da Ciência Espiritual, nos Centros Espiritas e aqui não nos referimos aos “terreiros” local de prática de religiões de matriz africana, mas às casas que seguem as orientações deixadas por Allan Kardec o codificador do Espiritismo, onde médiuns atuam sob a orientação dos Médicos Espirituais e indicam como podem ser utilizadas as plantas para contribuírem na assistência espiritual voltada para cura, de acordo com a necessidade dos assistidos.

Para a compreensão da atuação da Medicina terrena e da Medicina espiritual, em primeiro lugar se faz necessário dizer que elas se complementam, considerando que cada uma age em corpos e tem funções diferentes. Precisamos, ainda, entendemos esses corpos, pois sem esses conhecimentos tanto para maioria dos homens comuns, materialistas, como os de ciência e para algumas doutrinas cristãs que ainda não os conhece, não conseguem entender os processos de adoecimentos e a possível cura, por não entenderem as suas causas. A medicina terrena, apesar de todo avanço em equipamentos aplicação de alta tecnologia continua “caminhando sobre as águas”.

É imperativo que se reconheça que “embora os progressos, alcançados por companheiros da Ciência terrena, o homem não logrou alcançar o equacionamento dos problemas vivenciados que desafiam a inteligência de cientistas e sábios do mundo” (Gleber, pag15) É sobre a ótica espiritual ou espiritualista que os Médicos Espirituais ( Joseph Gleber, Dr. Hanns, José Grosso sob o comando de Dr. Bezerra de Menezes), que trabalham com equipes de espíritos e Médiuns de Cura, procuram esclarecer os caminhos daqueles que procuram soluções para os seus males, através do conhecimento da Medicina Espiritual, que em nenhuma circunstância deve abandonar seu tratamento com seu médico.

Para aprofundarmos um pouco mais na abordagem desse artigo precisamos compreender que estamos lidando com energias. Portanto, estamos falando de energia, em qualquer de suas manifestações como algo real, nem sempre perceptível, mas que que atua no universo de forma concreta, provocando efeitos variáveis.

O primeiro cientista que demonstrou em suas observações, de forma clara e interessante, a íntima identidade entre matéria e energia e a possibilidade de se transformar uma em outra foi Einstein (1879-1955). Essa descoberta da ciência nos fez melhor compreender que tudo no universo é energia.

Na natureza tudo é fluido, excetuando-se Deus, o princípio inteligente. Dentre alguns conceitos que utilizaremos no decorrer desse artigo e que achamos convenientes detalharmos um pouco mais sobre eles, está o dos fluidos, principalmente o do chamado Fluido Vital – absorvido do ambiente físico, é o veículo do princípio vital, a forma física ou energia própria do encarnado.

Os fluidos podem ser modificados pela pureza ou impureza dos sentimentos. Por estas explicações podemos compreender que estas “substâncias” podem sofrer alterações inclusive sob a vontade de quem transmite a outros, por exemplo, no processo de condução da bioenergia das plantas no momento do passe (detalharemos mais adiante esse processo de transfusão de energia).

Principalmente sobre o fluido vital – absorvido do ambiente físico, é o veículo do principio vital , a forma física ou energia própria do encarnado.

Allan Kardec na sua obra A gênese, uma das cinco da Codificação Espirita, diz que “a qualificação dos fluidos espirituais não é rigorosamente exata”, considerando que estes são veículo do pensamento e podendo este mundificar-lhes as propriedades, sofrem interferência dos pensamentos que os fazem vibrar.

Podem ser modificados pela pureza ou impureza dos sentimentos. Por estas explicações podemos compreender que estes fluidos podem sofrer alterações inclusive sob a vontade de quem transmite a outros no processo de condução da bioenergia das plantas no momento do passe. Detalharemos mais adiante esse processo de transfusão de energia – o passe. Se faz necessário ainda, para compreensão dessa transfusão de energia pode ser emitida pelo pensamento do encarnado.

O uso de plantas medicinais nos processos de cura, é tão antigo quanto nossa evolução. Existem registros desde o ano de 2.500 a.C. na China. Como não existia a Ciência Médica como a conhecemos hoje, há de se considerar que já existiam práticas de curas através de magias e rituais para que as doenças pudessem ser afastadas. Desde nossos primeiros conhecimentos da história, tomamos conhecimento que nas tribos que habitavam o que hoje é o Brasil, havia o “Pajé”, termo genérico que define o responsável por esses rituais que misturavam conhecimentos da natureza e da espiritualidade, nos quais seu conhecimento das plantas era utilizado na preparação de unguentos, chás, banhos e tantos outros processos.

Mesmo com o desenvolvimento do conhecimento médico, a chamada “medicina popular” não deixou de ser utilizada. A real existência desta ciência popular voltada à cura é uma resistência política e cultural de práticas que regulam o comportamento daqueles que acredita, que ciência só se faz na universidade. Como tal, a medicina popular preservou o espaço no qual os cientistas e pessoas do povo, ao produzirem em diálogo com a natureza, extraíram dela seus benefícios que são constantemente transformados.

Neste espaço eles confrontam o seu saber com o dos profissionais considerados legítimos. Não só no campo da medicina, mas em todos os domínios da vida: no campo da saúde, da educação, da religião, da cultura, da agronomia e em muitos outros, através dos seus contatos e do enfrentamento constante entre grupos e as classes sociais de que são parte.

As curas realizadas por pessoas sem o treinamento médico que conhecemos hoje, em nosso país remonta ao período colonial, quando da chegada dos portugueses, miscigenando os rituais da cura indígenas já existentes acrescidas das práticas utilizadas pelos africanos escravizados. Quem não conhece, já ouviu falar, ou ainda, foi curado por uma benzedeira?

Não se faz necessário buscar na literatura a forma ou os instrumentos utilizados pelas benzedeiras, quando eu mesma, além de conhecer várias, tive a oportunidade de levar meus filhos para serem tratados por uma benzedeira quando percebia que um deles tinha absorvido alguma energia não muito salutar, e que segundo a tradição da família, afirma-se ser “mau olhado”. Que para a acriança ser curada, tinha que ser levada para que a benzedeira pudesse tratá-la. Independente da religião, elas conhecem as plantas para cada tipo de doença, e ao ver o “paciente” logo identifica a que se faz necessária para o processo da cura. Pode ser o pinhão roxo, o manjericão, a arruda, ou tantas outras.

Como pesquisadora dos tratamentos espirituais em várias Instituições Espiritas, principalmente na Paraíba, a terapêutica hoje mais praticada é o passe, água fluidificada e a prática da leitura do Evangelho Segundo o Espiritismo e a distribuição de uma pomada chamada “Vovô Pedro”, utilizada para várias enfermidades. No entanto, não se faz necessário a indicação de um médium para que ela seja entregue aos doentes.

Quanto ao uso das plantas nos tratamentos espirituais performados nas casas espíritas, esse evoluiu como a própria ciência farmacológica terrena. Antes se fazia necessário o uso das plantas em sua forma mais “bruta”. Ainda em forma de folhas ou raízes que tinham seus componentes extraídos em soluções alcoólicas ou aquosas, e que para terem um melhor aproveitamento precisavam ser frescos e muitas vezes cultivados nas vizinhanças dos ambientes terapêuticos.

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