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Meu Corpo meu templo

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Por: Neves Couras;

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O corpo, para muitos de nós, é apenas a causa da existência. Fui gerado, morei nove meses (alguns menos) em minha primeira morada – a barriga de minha mãe; em determinado tempo que nunca foi pensado com profundidade, nasci. Isso só aconteceu, dentre outras coisas, porquê adquiri um corpo. Nada mais natural, não é?

Já parou para pensar na sofisticação “científica” necessária à formação desse corpo?

Evidente que não foi só pela “graça” da junção de um óvulo e de um espermatozoide que o restante aconteceu. Em primeiro lugar, que você acredite ou não, existiu todo um planejamento no mundo espiritual, ou astral, como queira chamar, para que aquele espermatozoide que seria acolhido pelo óvulo, carregasse em seu interior as características desde o cérebro capaz de comportar a inteligência adquirida em outras vidas, as características de sua família, as possíveis doenças que poderão vir a ser desenvolvidas, bem como as características de seu corpo, instrumento e ferramenta necessária na vida que assumiremos à partir do momento que deixamos nossa aconchegante casa, aquele lugar gostoso, com luz e alimentos que nos farão fortes, ou não, para evoluirmos e depois retornarmos.

Ao longo dos milhares de anos, esse corpo foi mudando, mas sempre teve um comando e uma equipe de “cientistas” que nos observa. Um a um, de acordo com o planejamento e com o desenvolvimento, de nossa próxima encarnação, certamente o projeto precisará de ajustes, para a nova missão.

A humanidade já foi formada por corpos belos e magros, belos e gordos, belos e baixos, belos, belos, belos… Belos aos olhos de quem? Quem, estando nós neste planeta, determina o que precisa um corpo para ser belo? A medicina com seus parâmetros necessários para termos saúde? A moda que determina que precisamos usar tamanhos “P” e no máximo “M” para sermos belos? Quem determina que, se não tivermos bundas grandes, peitos grandes não somos igualmente belos?

Quantos adolescentes levados por esse padrão de beleza imposto por uma sociedade que não aprofunda seus conhecimentos em sociologia em psicologia e, principalmente, em respeito pelo outro, leva ao adoecimento jovens que não se enquadram no padrão imposto, e, por isso, sofrem bullying e muitos traumas que os levam, na maioria das vezes, ao estado depressivo, a traumas que podem levá-los a deixar a escola, a viverem num estado de saúde mental que os levam não só à depressão como compulsões alimentares, outros desenvolvem bulimia ou anorexia, quando não chegam, inclusive, a cometer suicídio. Sem contar que neste estado de não pertencimento, recorrem às drogas, caminho muitas vezes sem volta.

Me surpreendeu esta semana, a atitude de um médico que meu filho procurou por problemas de respiração. Como todos, independente da especialidade, ao vê-lo, disse logo: “você é um forte candidato à cirurgia bariátrica”. Esse filho, aos três meses de vida, só sendo amamentado, já tinha tamanho e peso de crianças com seis meses. Será que algum nutricionista ou outro especialista vai me dizer que a alimentação dele estava inadequada e por isso ele cresceu tanto?

O pai dele, tem o que antigamente se chamava de “calibre bom”, porque nunca engordou, mesmo não seguindo nenhum padrão que os nutricionistas pudessem aprovar.

Está com 79 anos, não tem nenhuma taxa aumentada, apesar de comer muita gordura, manteiga e coisas que são proibidas pelo modelo atual de alimentação.

Por outro lado, minha família, tanto as mulheres como os homens, têm tamanho e peso acima dos padrões estabelecidos… como um médico que não sabe do histórico familiar, da saúde mental de um paciente nem do seu histórico de vida, pode sentenciar um paciente dessa forma?

Será que um “diagnóstico” dado de cara apenas por ele ter 1,77 e 123 kg, sem os questionamentos de outros parâmetros ou sequer a observância de simples exames laboratoriais ou mesmo o questionamento se o paciente se queixa de algo, é algo que um profissional da saúde deva fazer. Ignora-se toda a história do paciente, como o meu filho que é assim desde que estava em fraldas, da sua família ou de sua alimentação ou estilo de vida.

Seguindo uma linha mais abrangente, a Organização Mundial da Saúde (OMS), definiu saúde como um estado de completo de bem-estar físico, mental, social e espiritual e não apenas como a ausência de doença ou enfermidade. A percepção do conceito de qualidade de vida também tem muitos pontos em comum com a definição de saúde. Enquanto não houver, em primeiro lugar, médicos que além de irem para seus consultórios e participarem de congressos, passem a ver seus pacientes, “Homens e Mulheres”, como seres integrais, que são pessoas que têm várias histórias de vida e um Espírito que tudo comanda; como também que cada um de nós tem o corpo necessário a cumprir com sua missão aqui na Terra, teremos cada vez mais uma população doente, enriquecendo a indústria farmacêutica.

Outra questão que precisa ser observada. Quantos já observaram a compra no supermercado de pessoas que sabemos ganharem apenas o salário mínimo? Os carrinhos são cheios de massa para cuscuz, macarrão, salsicha e ovo. Quantos no Brasil, ganham apenas salário mínimo, mínimo mesmo? Podemos ser exigentes com a nutrição de um povo que não pode comprar a verdadeira cesta básica, não tem água tratada, não tem rede de esgoto e nem assistência médica adequada?

Alguns poderão responder: “e o SUS?”. Sim, é um grande e necessário programa, mas sabe quanto tempo leva uma mulher com suspeita de um tumor cancerígeno, por exemplo, para conseguir marcar uma mamografia? Imagine para uma consulta com um nutricionista ou nutrólogo. Tudo isso, entra no que a OMS chama de bem estar social e qualidade de vida. Será que não está na hora de ao invés de estarmos nos digladiando por políticos e partidos, estarmos pensando como podemos mudar nossa situação como seres Humanos?

Amemos nossos corpos, eles são nosso templo mais sagrado. Não estou aqui pregando que as pessoas saiam comendo tudo que veem pela frente. Pelo contrário: precisamos conhecer nossa situação de saúde física e mental, procuremos tratar nossas doenças, buscando as causas não só as consequências, nem tão pouco associando à saúde a um padrão de beleza que para nós, homens e mulheres que não estamos nas capas de revistas nem temos o corpo como instrumento de trabalho, dificilmente teremos o “belo” corpo para o padrão de não sei quem.

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