Por: Neves Couras;
Amanhã estaremos comemorando o dia das mães. Como já opinei neste mesmo espaço, tenho a opinião de que algumas datas comemorativas não deveriam existir, uma vez que, para mim, nos dá a impressão que a homenageada só será (re)lembrada naquela referida data.
Neste Dia das Mães, alguns terão a oportunidade de abraçar sua mãe, outros terão essa oportunidade, mas não o farão, e outros, assim como eu, dirigiremos nossos pensamentos e as energias de amor de nossos corações para pedir a benção àquelas que já partiram. Em pensamento, plasmarei seu corpo junto ao meu para lhe dar um grande abraço de agradecimento, por ela ter me permitido nascer dando, em primeiro lugar, a maior prova de amor que a mulher pode dar a outro ser, nos oferecendo a oportunidade de um corpo para que possamos cumprir com nossa missão, no meu caso, também como mulher e como mãe.
Evidencio todo respeito e compreensão para com todas as mulheres que optaram, ou que não tiveram a oportunidade de serem mães. Sei o quanto a sociedade nos cobra, como se tivéssemos a obrigação de procriarmos. Podemos amar de várias formas e cumprirmos com nossos papeis diante da divindade e da sociedade, sem necessariamente, sermos mães. Precisamos apenas de nossa essência.
Recorro a um lindo texto da Obra O Homem Sadio, escrito por vários Espíritos, este especificamente por uma Irmã que se apresentou com o nome de Irmã Bernadete. Um texto com tanta poesia e beleza. Eu não poderia deixar de trazê-lo. Peço licença a ela principalmente para transcrever parte desde belíssimo texto.
Ela fala que já existimos dentro de nós, que ser mulher é despertar lá do fundo a natureza do feminino.
O feminino é ponte de luz que liga o céu à terra. Reconciliar opostos é preferir o amor à guerra, ao poder, à competição. Reconciliar masculino e feminino é dizer sim à paz e a generosidade. É valorizar a intuição, a compreensão e a compaixão.
A carência do feminino alimenta a discórdia, deixa crianças órfãs, famílias em abandono e lares desfalecidos.
– Mulheres, o amor conclama! Nesta nova era de amor e regeneração, Deus conta conosco.
Nesta véspera de Dia das Mães, da mulher que teve seus filhos a partir de seus corações e não de suas barrigas, das avós que têm tanto amor para dar que se tornam mães novamente com a intensidade de um amor que jamais poderá ser explicado ou sentindo.
Que o amor necessário ao mundo, como fala nossa Irmã, não nos torne responsáveis pela salvação do mundo, mas que possamos todos desenvolver essa essência feminina que pode estar em todos.
Não é o corpo de mulher que a humanidade necessita nestes novos tempos. O mundo precisa da essência feminina que Deus semeou em nossos corações, a essência que aconchega, que acaricia, ilumina, que é capaz de borbulhar seu redor de alegria de conforto e só esse amor que nos foi inoculado e talvez por ser tão complexo, difícil de ser explicado, de ser até compreendido. Essa essência poderá salvar uma humanidade tão ausente em si mesma.
O mundo neste momento, precisa de nossos corações e mãos, somos depositárias da sensibilidade divina que aquece que é capaz de encher-se de gratidão e perdão. Não nos esquivemos neste momento de contribuir com a transformação que só os nossos atributos são capazes de realizar. Transformar o mundo e a Humanidade. Nos transformemos todos em essência de mulher, todos estamos sendo convidados a participar desse momento de Luz no mundo.
Aceite esse convite!
Obra consultada: O Homem Sadio: Psicografia de Alcione Reis Albuquerque e Roberto Lucio Vieira de Souza. Editora: AME; Belo Horizonte 2011
