Por: Emerson Monteiro;
Quando Ernest Hemingway escreveu esse romance (Adeus às armas), no pós Segunda Grande Guerra, imperava uma doce expectativa de haver sido aquela a derradeira das imbecilidades humanas com o uso de instrumentos devastadores e destruidores de vidas.
Ah, quanto engano! Fora apenas mais um treinamento da raça a fim de desenvolver-se na arte de matar o semelhante à procura de riqueza, poder e outras ilusões. E aqui segue a história em seus instintos nefastos do homem lobo do homem. São tantas as tais produções arrevesadas que praticamente o que resta de povos e povos são ruínas inexplicáveis debaixo de camadas sucessivas de ignorância. Viver agora significa quase tão só a esperar da próxima conflagração dos mesmos animais que até há poica chamavam racionais.
Nisso, este quadro de hostilidade sem jeito previsível vem das gerações. A todo tempo morre e nasce no seio da mesma humanidade, qual sendo a Natureza a cumprir o próprio dever de continuar a oferecer as expectativas de tempos melhores, pacíficos, renovados/.
Aonde olhar e chega a força viva da beleza das florestas, dos bichos, das flores, belos sons, vontade constante de novos amores, novos sonhos. Em tudo a vontade inesgotável de criar condições de sobrevivência, superação e progresso. A gente quer encontrar em si momentos de Paz que acalme a esperança de um destino promissor que aos padecem sob a fúria da ganância e do domínio selvagem, espalhados pelo mundo.
Desde sempre tem sido assim, um anseio incontido de harmonia cantado em prosa e verso nas diversas artes, literatura, cinema, música, enquanto maquinam às sombras essas manifestações contraditórias. Quanta solidão de fraternidade debaixo dos escombros das batalhas sem vencedores. Novos sinais de que haja profecias diferentes, eis o desejo auspicioso da grande multidão, porém fora das alternativas, ausentes do comando das feras em conluio. Ainda face ao quadro dantesco em pauta, de certeza existirão horas amenas, de acordo com os planos do Ser Maior que rege o Universo e observa seu ritmo; pois algo fala nEle o quanto necessário a termos confiança e aguardar, de olhos acesos, o que virá em seguida.