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Os atos em defesa da Democracia

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Por: Avenzoar Arruda

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Participei recentemente, no dia 08 de janeiro de 2024, de um ato público em defesa da democracia, motivado pela curiosidade de entender o panorama e, posteriormente, comparei as coberturas jornalísticas de eventos similares em diferentes localidades. Uma característica indiscutível que saltou aos olhos foi a notável ausência da juventude e a prevalência de discursos formais, porém carentes de conteúdo substancial de mudanças.

A participação ativa da juventude é vital para o fortalecimento e renovação de qualquer perspectiva política. A ausência pode ser interpretada como um sinal de desencanto, desinteresse ou até mesmo desconfiança em relação à representação política que chamou os atos e os organizou. Isto não significa que a juventude está contrária a democracia ou prefere a extrema direita, mas é um grande sinal de alerta.

É crucial compreender que, independentemente do adjetivo que se dê a democracia (liberal, social, substancial, etc.), a sua essência vem revelando a sua impotência em resolver problemas reais relacionados às desigualdades e injustiças que persistem e crescem em todo o mundo civilizado. A desigualdade de oportunidades, a concentração de poder e recursos, bem como a perpetuação de estruturas que marginalizam certos grupos, continuam a desafiar os fundamentos da democracia.

O discurso em defesa da democracia, frequentemente utilizado hoje contra a ascensão da extrema direita, já teve seu protagonismo ao ser direcionado também contra a extrema esquerda em outros momentos históricos. Esta oscilação de direcionamento do discurso reflete a maleabilidade com que o conceito de democracia pode ser manipulado para atender a diferentes agendas políticas. O cerne da questão, no entanto, permanece inalterado: a elite que se beneficia desse sistema persiste, muitas vezes, de maneira inabalável, mantendo seus privilégios. Em diferentes momentos da história, observamos a democracia sendo utilizada como um escudo retórico para manter privilégios.

O desafio atual é analisar a realidade política, econômica e social e buscar compreender se é possível interromper a marcha autodestrutiva da humanidade por meio de meios democráticos. Essa reflexão transcende a mera escolha entre democracia e outros regimes políticos, alguns dos quais nunca foram testados.

A reflexão sobre a ausência da juventude e a repetição de discursos formais em atos pela democracia deve servir como um chamado à ação. É imperativo que os defensores da democracia repensem suas estratégias. A condenação de todo tipo de radicalismo nivela os bons e os maus. Precisamos de uma nova perspectiva para a sociedade humana. Somente assim será possível reacender o entusiasmo pela democracia e inspirar uma nova geração de cidadãos engajados e comprometidos com a construção de um futuro político mais promissor.

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1 COMENTÁRIO

  1. Avenzoar Arruda com o seu olho clínico, levanta uma questão de fundamental importância para a qual os partidos ditos de esquerda não têm dado importância.
    A atração da juventude para o exercício da política é de fundamental importância para o avanço das ideias e o afastamento da esquerda liberal oportunista!

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