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Você já se questionou sobre a existência do Cristo?

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Por: Neves Couras

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Recorro mais uma vez à “sugestão” de um amigo que, através de suas mensagens, me leva a refletir sobre alguns seja através de vídeos ou também de mensagens psicografadas que ele me envia, e quando as recebo, surge em mim uma real necessidade de abordar aquele tema. Não cito o nome desse amigo, pois quando pergunto se posso citar o nome do autor, ele com sua costumeira humildade me responde: “sou apenas o carteiro”.

Assim, estou mais uma vez agradecendo a sugestão de um tema bastante instigante e porque não dizer difícil de ser abordado. Entretanto, neste tema não utilizaremos apenas mensagens psicografadas, mas um documentário produzido a partir de uma obra chamada “Jesus Fora do Novo Testamento” de Robert E. van Voorst.

O documentário abrange vários aspectos da existência ou não do Cristo. Este, nos mostra o resultado de pesquisas que dizem respeito a existência ou não do Jesus Histórico. O momento, acredito ser bastante propício, não só por ainda estarmos envolvidos nas energias emanadas pela data comemorada pelo Cristianismo da chegada de seu criador. E por ainda encontrarmos inúmeras pessoas em todo o mundo que questionam se realmente existiu um Cristo chamado Jesus.

Em todo o Planeta existem em torno de dois bilhões de Cristãos. É quase um terço da população mundial. Em todos os lugares do mundo que andarmos encontraremos nem que seja um símbolo do cristianismo: seja uma bíblia, uma cruz, uma imagem ou igreja.

Devoções inúmeras, milagres e demonstrações de fé, nos fazem acreditar no pequeno menino camponês, filho de pais pobres, inclusive com uma série de informações contraditórias ou não a respeito de sua mãe, seu pai e seus irmãos. Sabemos que a história desse menino dividiu a história antes e depois dele.

Nada escreveu, viveu com os mais pobres e os mais miseráveis. Andava com pescadores que, segundo a história, escolheu um a um para ensinar-lhes coisas que os mais eruditos não tinham olhos de ver, nem ouvidos para ouvir. Defendeu prostitutas, mas não a prostituição. Ensinou aos que com ele andava que é melhor dar a outra face quando apanhasse que revidar qualquer ofensa. Disse ainda que era Rei, mas seu reinado não era desse mundo. E que na casa de seu Pai havia muitas moradas.

Este menino, esse homem tiveram sua história contada – da forma que hoje chamamos “história oral”, como é, ainda hoje, a tradição de muitos povos. Contada a mais de dois mil anos, mas ainda hão os que não acreditam que ele existiu. Outros, ainda esperam a sua vinda.

Quanto às Evidencias Arqueológicas, pouco foi encontrado que pudesse comprovar sua existência. Para os arqueólogos seria necessário que fossem encontradas coisas como moedas que tivessem gravadas com seu rosto, ou alguma lápide com seu nome. O problema é que só os homens de poder tiveram a oportunidade de deixar esse tipo de provas.

Para se ter ideia da dificuldade de se ter alguma prova que servisse posteriormente de comprovação, até o ano de 1961, não se tinha certeza da existência de Pôncio Pilatos.

Neste citado ano, em uma inscrição em uma parede na Cidade de Cesárea, foi encontrada uma inscrição que fala de um Pôncio Pilatos, prefeito da Judéia que dedicou àquela construção a um tal de Tibério que, de certa forma tinha ligação, com o Pôncio Pilatos bíblico.

Fonte imagem: Internet/Divulgação

Preferimos pinçar neste documentário provas da existência de Jesus através do conjunto de fontes do próprio cristianismo como por exemplo o Novo Testamento. Embora existam inúmeras fontes fora Bíblia que atestam, de certa forma, a existência de Jesus. O Novo Testamento, para os pesquisadores, tem a função de promover a existência de Jesus, contudo, precisamos admitir que não são textos imparciais e também não podemos considerar essas fontes históricas nulas. Como pesquisadores, sabemos que nenhuma fonte é neutra ou imparcial, pois cada autor tem seu modo de provar ou negar a tese de sua pesquisa. No entanto, acreditamos que se busca provar a verdade histórica contida nos textos examinados.

Nesta análise, escolhemos as Cartas escritas por Paulo pois são consideradas as fontes mais antigas que falam de Jesus. Dos 27 livros do Novo Testamento, 13 são cartas atribuídas a Paulo, embora os pesquisadores possam afirmar que dessas 13, sete foram de fato escritas por ele, e as outras não se tem certeza quanto a verdadeira autoria. Neste caso, o autor prefere atribuir a Paulo apenas sete cartas que datam dos anos 50 do primeiro século e nestas cartas, Paulo fala evidentemente que não conheceu Jesus, mas fala dos relatos feitos por pessoas que conviveram com Jesus.

Fala de Pedro e diz que esteve com Tiago, irmão de Jesus, que fazia suas pregações enquanto Paulo escrevia sobre Jesus. Paulo se refere a Jesus como o Messias sendo um “homem de carne e osso que nasceu de uma mulher, teve irmãos, fez discípulos em vida e foi levado a julgamento por Judeus da província da Judeia, foi a julgamento e crucificado”.

O próprio Paulo descreve situações que ele viveu com alguns apóstolos de Jesus, inclusive com seu irmão Tiago, pessoa que Paulo discorda de muitas em muitos aspectos.

Não faz sentido dizermos que Paulo tenha criado a figura de Jesus, quando ele faz várias afirmações de sua vida e de passagem com seus discípulos. É evidente que precisaríamos nos aprofundar nos Evangelhos para trazer cada passagem que afirma a existência de Jesus, mas que não teríamos, neste espaço, tempo para abordamos tantos detalhes. No entanto, fica a indicação das fontes para quem busca estudar sobre a existência do Messias.

Cronologicamente falando, os Evangelhos são compostos pelos textos de Marcos, escritos nos anos 40, antes mesmo das Cartas de Paulo, e o restante dos Evangelhos, que foram escritos posteriormente às Cartas de Paulo (provavelmente escritos entre os anos 70 e 90), e, por fim, o Evangelho de Lucas escrito aproximadamente nos anos 100. Estas datas são difíceis de serem comprovadas por não existirem os textos originais. Os Evangelhos são, na verdade, os textos mais antigos que falam da vida de jesus. Enquanto as Cartas de Paulo, nos parece, estarem mais direcionadas às questões doutrinárias do Cristianismo ou da organização da Igreja.

Das evidências ainda da existência de Jesus, no Evangelho de Lucas, Jesus aparece criticando um grupo de Judeus por eles usarem o dízimo da hortelã, da arruda, de todas as hortaliças, mas deixarem de lado a justiça e o amor de Deus.

No Evangelho de Mateus, Jesus faz essa mesma crítica, mas ele fala de endro, ao invés de arruda e de misericórdia e de amor de Deus. Essas variações podem parecer insignificantes, mas por trás delas é que as palavras “endro e amor e misericórdia e fidelidade, são escritas em aramaico da mesma forma e podem ser confundidas. Isso, pode significar que as fontes que Mateus e Lucas utilizaram podem ter sido bem anteriores, ou seja foram escritas em aramaico e não em grego”.

Outras questões sobre as parábolas de Jesus só fazem sentido quando lidas no aramaico. Ou seja, fontes antigas das quais não tivemos conhecimento. Necessário, ainda, que nos lembremos dos Evangelhos apócrifos escritos do primeiro para o segundo século. Como o caso do Clemente Romano e de Inacio de Antióquia.

Já concluindo, com relação aos Evangelhos, o que temos como fonte palpável é um fragmento do Evangelho de João que data do início do século II, mas não é possível dizer com exatidão a data dele. Por fim, estudar os Evangelhos é uma das possibilidades para que possamos afirmar a existência de Jesus, esse ser tão sábio que vários estudiosos principalmente arqueólogos, ainda hoje tentam buscar provas materiais de sua existência.

Para nós cristãos, esta semana estamos comemorando a chegada de uma criança que nasceu para nós como “sinal e fonte de eterna esperança”. Resta, portanto, cultivarmos diariamente seus ensinamentos e tentarmos seguir seu exemplo aprofundarmos seus conhecimentos que ainda esconde muitos mistérios, por ainda não termos “olhos de ver”.

Que o ano que se aproxima seja mais um ciclo que se abre em nossas vidas e que saibamos aproveitar o grande presente do hoje a cada minuto. Pois nossa vida pode ser apenas um fragmento que passará despercebida se não aproveitarmos a Luz, a Bondade, e, sobretudo, a Serenidade desse Homem que “tomou” um corpo físico para que pudéssemos, vendo-O, segui-Lo.

Que a paz tome conta de cada coração, e, que agindo com o coração e raciocinando utilizando os ensinamentos do Mestre, sejamos felizes.

 

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