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O caminho que escolhemos

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Voltemos a falar de humanidade. Desta feita, vamos tentar fazer um mergulho dentro de nós. Todos nós nascemos com a essência, a centelha, divina. Essa essência ou centelha que trazemos, é parte das “ferramentas” que nos são entregues para que desempenhemos nosso papel ou missão para a qual fomos criados, são valores e virtudes que estão em nosso interior.

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Não viemos para cá apenas para desfrutar dos bens materiais, quando os temos, ou da natureza, muitas vezes alterando seu cenário que também foi desenvolvido pelo poder da criação para desenvolver seu papel. Todos nós fomos criados com a benevolência de renascermos para que desenvolvêssemos o nosso verdadeiro papel como seres humanos. Assim como diz meu filho: por vezes assinamos um papel em branco com nossa missão.

Não é bem assim. Cada um de nós tem uma missão definida e para tanto, nascemos com características e talentos específicos.

Feliz ou infelizmente, esquecemos de tudo que foi acordado antes de nossa encarnação, e ao chegarmos aqui, por vezes nos encantamos com algumas facilidades que a vida nos oferece, e escolher entre um trabalho mais árduo e um mais fácil, escolhemos o mais fácil, embora as consequências advindas dessas escolhas virão com o tempo. Contudo, essa centelha divina nos impele ao caminho mais árduo que verdadeiramente corresponde com a nossa verdadeira missão.

A Lei de causa e efeito, ou a lei do retorno, utilizada inclusive pela física, não deixa de lado a cobrança por ser você bonito, feio, preto, branco, alto ou baixo, ninguém está isento dela. A essência humana está dentro de você. Alguns podem até esquecer que ela está lá.

Mas ela não deixa de existir. Imagine você tentar esconder ou ignorar uma parte de você. Esta parte essencial para que sejamos verdadeiramente humanos, quando não utilizada, começa a gritar dentro do seu eu. São suas virtudes, sua sabedoria que te observam enquanto você resolve ter atitudes contrárias a esses valores.

Vai chegar uma hora que esta parte humana que você desprezou, vai te fazer sentir dor. Uma dor profunda, um vazio enorme, uma saudade que em um primeiro momento você não sabe de onde vem. As implicações desse vazio vão se transformando em angústia, que tem origem exatamente na falta de realização dos compromissos que assumimos com a divindade quando reencarnamos, e não realizamos o que viemos fazer.

Esse processo desencadeia uma falta que achamos ser a busca de alguém, quando na verdade estamos em busca de nós mesmos. Nos sentimos sem rumo, sem um porto para atracarmos. Nos tornamos pessoas que desenvolvem medo de ficarem sós, pois correm o risco de se encontrarem com o eu que existe dentro de nós, e este é um desconhecido que não queremos encontrar, porque temos débitos com o ser humano que viemos ao mundo para sermos e nos desvirtuamos dessa missão.

O “conhece-te a ti mesmo” pode parecer um clichê, quando, na verdade, é uma profunda necessidade para esse encontro com esse eu que está escondido. Escondido por nós mesmos. Seria o eu que realizaria coisas que nos traria a verdadeira satisfação interior que sentimos quando fazemos o bem. Quando agimos com dignidade, ética e seriedade, o humano que habita em nós flui, nos mostrando que a vida mais fácil onde os valores pueris que achávamos ter maior importância, não nos traz os prazeres verdadeiros.

Só quem descobre que a generosidade e a benevolência nos trazem os verdadeiros prazeres, vive plenamente. Ao longo da história humana, se pesquisarmos os verdadeiros sábios, os homens que se destacaram como seres humanos, não foram os que detinham os bens materiais e se tornaram escravos deles, mas os homens que davam de seus bens e de si próprios.

Dessa forma, descobrimos que somos grandes, quão grande é nossa generosidade e a nossa capacidade de dar sem olhar a quem. Uma das histórias do Evangelho que admiro e que é incompreendida por muitos, é a Parábola da Figueira que Secou. Quando Jesus amaldiçoou a figueira sem frutos nem seus próprios discípulos compreenderam. Mas o que queria ensinar o Mestre com esse ato? Na verdade, a figueira sem frutos simboliza o homem que apenas aparenta ser bom, mas que nada tem para dar. “Simboliza ainda, todos aqueles que, tendo meios de ser úteis, não o são”; São árvores cobertas de folhas, porém não oferecem nenhum fruto. Finalmente o Mestre deixa o ensinamento de que os homens deliberadamente inúteis, por não terem posto em ação os recursos que traziam consigo, serão tratados como a figueira que secou.

O tempo de aparências e superficialidade passou, como é falado por várias doutrinas filosóficas, a Terra passa por momentos difíceis, pois é o momento de transição. O Terra passará por um Planeta de provas e expiações, para um de regeneração. Mas, para isso, a Humanidade precisa deixar fluir a centelha divina que trazemos, e passemos a ser generosos e verdadeiramente humanos. Que nosso orgulho e a nossa prepotência, não sobrepujem as verdadeiras virtudes e que possamos ser os seres humanos para que fomos criados.

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