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O abuso do direito de ser rico

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A maneira como algumas pessoas gastam grandes somas em itens luxuosos enquanto outros lutam para atender às necessidades básicas é um reflexo das desigualdades econômicas existentes no mundo. Esse contraste pode gerar questionamentos sobre os valores e prioridades da sociedade, especialmente quando se trata da distribuição de recursos e riqueza.

Ser rico é ter muito mais bens que a média das pessoas. É um direito na sociedade capitalista. Não faz sentido falar de uma sociedade onde todos são ricos, pois assim a riqueza deixaria de ser algo interessante. Usar a riqueza para exibir luxos e ostentações diante de uma população que luta diariamente para atender às necessidades básicas é mais do que simplesmente “ter dinheiro”. É um abuso do direito de ser rico.

A riqueza pode ser um resultado de trabalho coletivo, sorte, herança, roubo ou uma combinação de fatores. No entanto, o problema surge quando essa riqueza se individualiza e é utilizada de maneira insensível, exibicionista e desconectada das realidades enfrentadas por muitos. Aí surge o abuso do direito, somente possível em uma sociedade injusta.

Esbanjar riqueza diante da pobreza é um desperdício de recursos e uma falha moral. Para suprir esta falha moral surgem os comunicadores, os intelectuais pagos, os religiosos contratados e todo uma equipe de gente para justificar o abuso do direito de ser rico.

Alguns chegam a dizer que os ricos são abençoados por Deus enquanto os pobres são os amaldiçoados ou castigados.

Às vezes, parece que alguns têm um manual celestial bem peculiar sobre o que agrada ou desagrada aos olhos de Deus. Afinal, entender como os compradores de cavalos e cães de raça milionários entram nessa lista de agradadores divinos, enquanto os desfavorecidos são vistos como alvos de um castigo divino é, no mínimo, uma interpretação… inusitada!

Parece até que Deus gosta de casas com zoológicos particulares. Não entendo de manuais celestiais, mas sei que a falta de indignação diante dessas discrepâncias cria um caldeirão fervente de frustração e revolta. Os sinais políticos ao redor do mundo mostram isso.

Uma massa de indivíduos, consciente de estar sendo injustiçada, sente-se isolada de soluções que deveriam vir de cima, daqueles no poder. Há uma consciência crescente de que a mudança não será iniciada pelos que já têm privilégios, mas sim pela própria ação coletiva dos de baixo.

No entanto, é como se faltasse um norte, um horizonte para essa caminhada. A indignação é poderosa, mas sem um objetivo claro, torna-se uma energia difusa, incapaz de catalisar uma transformação efetiva. É como se um novo conteúdo estivesse a buscar uma nova forma de agir humano.

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