No principio nasceu um sonho, o sonho foi se tornando realidade, a realidade foi sendo concretizada em cada aula assistida, em cada semestre concluído, em cada estágio realizado. Sua ingenuidade, sua falta de malícia, sua confiança no próximo; e todo amor na qual foi criada fez acreditar num mundo de sentimento puro, habitado por pessoas bem intencionadas.
Depois veio o inesperado, o não combinado acompanhado de uma imensa dor, uma dor incomensurável que se espalhou até em quem não a conhecia, uma dor que se transformou em comoção, em sofrimento, e em luto. Este luto foi se transformando em luta, uma luta de todos e para todos.
A luta de toda uma sociedade que durante quase dois anos clamava por providências, agilidade e justiça. Como toda espera não é em vão o dia chegou. Seu algoz usou de todas as artimanhas que o vil metal pode comprar, mas o seu aguçado senso de justiça e seu grito mudo de socorro, Mariana, ecoou mais alto, e se fez ouvir muito longe. Foi o contágio da sua energia jovial o combustível para que toda a sociedade lavrense e a toda a sociedade pessoense se juntassem a sua amada e sofrida família em uma só voz exigindo resposta e justiça para um crime vergonhoso, covarde, cruel e desumano.
Mariana não está mais entre nós, mas seu algoz também não. Ela perdeu a vida para morte e ele perdeu a vida para a vida. Mariana hoje é uma estrela, um ponto de luz a guiar e iluminar outras tantas Marianas que como ela possa cruzar o caminho de sujeitos mal intencionados e homicidas como seu executor, que hoje não passa de um condenado marcado pela crueldade e maldade que praticou.
O sonho de Mariana era salvar vidas e vidas femininas, infelizmente, você menina, teve seu sonho interrompido, mas o sonho não acabou ele se transformou em luta e em lei. Seu nome ficará para sempre na história como símbolo de luta e resistência, sabemos que um sonho só se acaba quando deixamos de acreditar nele, e nós continuaremos a acreditar no seu sonho. É isso aí Mariana! Nós mulheres justiceiras não desistimos nunca, você será sempre um farol a nos guiar. VIVA MARIANA!
