Nas filosofias do autoconhecimento essa busca de dominar o instinto e chegar ao sentimento significa, pois, deter a força bruta e reduzir tudo ao pó das ilusões que antes conhecemos, nas lutas desta vida. Quer-se vencer, eis o empenho. Superar o desgaste do tempo e transcender a pura matéria. Achar o desiderato de uma razão maior, condição dos que já trazem consigo a luz da consciência qual variável que os orienta pelos caminhos da virtude, da imortalidade. Espécie de espelho dos demais seres, tocamos adiante o desejo de existir, porém longe da conformação inoperante face ao desconhecido. Ninguém, por si só, entrega o corpo ao chão sem antes refletir numa saída mais honrosa de responder ao enigma do desaparecimento puro e simples, sem haver pelejado no esforço de revelar a si mesmo o mistério de existir.
Nisto se resume, todo momento, o que equivale possuir a presença pessoal e administrar um corpo e suas nuances. E conhecereis a verdade e ela os libertará. João 8:32 Libertará de tudo quanto representa a inutilidade, a ausência de uma compreensão plena do que nos traz até aqui e daqui nos conduzirá perante o Eterno das infinitas gerações.
Enquanto isto, sofrer sem a consciência de transcender o sofrimento de comum eis o retrato fiel daquilo que vivemos durante a permanência neste chão. Além disso, pouco importam as justificativas parciais ofertadas pela razão corriqueira, conquanto dá de cara na inutilidade dos argumentos trazidos à tona. Tal afirmou Salomão, Vaidade das vaidades, tudo é vaidade.
Derrotados pelo tempo que nunca passa, vez que quem passa somos nós pelo tempo, instrumentos frágeis das limitações, os humanos atravessam vidas sucessivas até quando, lá um dia, desperta à verdade que guardava dentro da presença e acha de uma vez por todas a plena Libertação.