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Um novo conceito para um novo tempo

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Após uma semana que sucedeu um domingo de tanta truculência tentando ameaçar a nossa democracia, poderíamos falar sobre vários temas que merecem ser discutidos, avaliados e atos que precisam ser repensados. Entretanto, diante do grande leque de temas que se colocaram em minha mente para falar, foi, para surpresa, também minha, que o Amigo de todas as horas me trouxe um lindo tema, que apesar de num primeiro momento, parecer desconectado com o que estamos vivendo esta semana, tem tudo para que comecemos um grande aprendizado.

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Foi em uma Carta do Apostolo dos Gentios Paulo, ao escrever aos Filipenses (1:9), me mostrou o que precisamos observar de agora em diante em nossas vidas e mentes. Paulo diz em sua carta:

Estamos diante da possibilidade de um Brasil Novo. De um país que inicia sua proposta de governo, propondo, prometendo e pedindo que todos caminhemos juntos com vistas a igualdade. Igualdade, não é um tema fácil de ser digerido para a grande parte da população brasileira, e não estou me referindo aos os últimos abusos que a maior parte da população brasileira sofreu nesses últimos quatro anos. Estou me referindo principalmente aos que contribuíram, aplaudiram e participaram para que as diferenças de classe, de raça, diferenças econômicas e sociais pudessem aumentar ainda mais em nosso país.

Confesso que meu coração está muito leve por saber que pela primeira vez em nosso país um governo inicia sua trajetória, pensando em diminuir, porque essa dívida não poderá ser paga em apenas quatro anos de governo, mas como bem disse Martin Luther King em seu discurso histórico em 23 de agosto de 1963, dizendo: que tinha um sonho de ver uma América (e um mundo) com igualdade entre negros e brancos. Esse sonho ainda continua na categoria de como muitos sonhos, quase impossível de ser atingido.

Os discursos de posse desta semana, principalmente os de Anielle Franco, quando ela diz:

“Não podemos mais ignorar ou subestimar o fato de que a raça e a etnia são determinantes para a desigualdade de oportunidades no Brasil em todos os âmbitos da vida. Pessoas negras estão sub-representadas nos espaços de poder e, em contrapartida, somos as que mais estamos nos espaços de estigmatização e vulnerabilidade”.

Nesta fala está contida o desejo, a necessidade e a dívida que o Brasil tem com a maioria de nosso povo. Sim. A maioria da população brasileira não é branca.

Segundo dados do IBGE em 2020, revelam que 54% da população brasileira é negra. E, é essa população que está no contexto dos mais vulneráveis, dos invisíveis para boa parte da população branca, e não incluída nas politicas públicas de governo.

Sabemos ainda, que a população de mulheres neste país também é maior que a população de homens. Mas mesmo com este senário, vivemos um pais de imensas desigualdades, que não acabou com a abolição. Porque a abolição não foi concluída, a população indígena, a verdadeira dona de nossas Terras, também nunca foram respeitadas. Ao contrário, como não se dobraram ao domínio do povo invasor, foi considerada preguiçosa, não servia para o trabalho, e por isso foi dizimada ao alongo de nossa História.

Meu coração está em festa, porque mesmo sabendo que não alcançaremos resolver todos esses problemas, agora podemos sonhar que essa população esquecida por séculos, possa ter a possibilidade de ter as sementes para se diminuir a desigualdade plantada e cultivada. E quem, sabe, poderemos realizar nosso sonho de um Brasil mais junto e mais feliz. Que as nossas mulheres sejam pretas, índias ou brancas, possam ser respeitadas em seu ambiente de trabalho.

Fonte; Manifesto ao Povo Brasileiro

Possam ser reconhecidas por sua inteligência e valores, e não só, vistas como mulheres e homens que possam disputar de igual para igual, nas universidades, no ambiente de trabalho, nas grandes empresas, porque possuem como qualquer ser humano, independente da cor, ou do sexo, a grandeza de serem reconhecidos por direito.

O Sistema de Cotas, é sim indispensável por muito tempo ainda, os que discordam, são os brancos, ricos que tiveram a oportunidade de cursarem desde os primeiros anos de estudo, nas melhores escolas, e chegarem às Universidades com melhores condições. Sem o reconhecimento de que os que não tiveram as mesmas oportunidades que eles, porque lhes foi negada, desde os primeiros dias que chegaram ao País, que foram vistos apenas pela sua força de trabalho, não por sua inteligência como qualquer branco.

Mas a essas alturas, o leitor deve estar pensando: o que tudo isso tem a ver com a carta de Paulo aos Filipenses, quando Ele fala que devemos abundar em caridade e ciência?

Para o nosso benfeitor espiritual Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier no Livro Vinha de Luz, Emmanuel nos esclarece que a “caridade é invariavelmente, sublime nas menores manifestações , todavia, inúmeras pessoas muitas vezes procuram limitá-la ocultando o espirito divino”

Para muitos a caridade ainda se resume a doação de bens materiais, de pão e teto. No entanto nos esclarece o benfeitor, que para os discípulos do Evangelho, a caridade precisa ser abundade em conhecimento.

E, é exatamente neste ponto que precisamos focar a caridade que precisa ser exercida por todos nós brasileiros neste momento. Estamos iniciando um novo tempo. Uma nova fase em nossas vidas, que precisamos reaprender, a valorizar, a reconhecer as qualidades, o conhecimento a ancestralidade de nosso povo. Precisamos (re)aprender que em nossas veias corre o sangue do índio, do negro e que não podemos mais, agora sob força da Lei, por mais que tenhamos impregnados em nossas mentes, que somos os melhores, porque somos “brancos”, que precisamos todos juntos, sonharmos e caminharmos juntos, com vista a um Brasil de todos os brasileiros. Não importa a cor, o sexo, a religião, onde vive, ou como vive. Precisamos praticar a verdadeira caridade, que segundo os ensinamentos do Apostolo Paulo, REAPRENDERMOS, e caso tenhamos a dificuldade de aceitar os novos tempos, achando que tudo isso que está acontecendo é criação de um novo governo, reconhecermos e trabalharmos para que sejamos justos conosco e praticarmos finalmente, o que Jesus veio nos ensinar: O amor ao próximo. O próximo de todos nós. Todos somos irmãos, e se tirarmos a pele, nada nos difere uns dos outros. Apenas, fomos criados por gerações que sucessivamente, impregnaram em nossas mentes, que éramos diferentes.

Precisamos compreender que “bondade e conhecimento, pão e luz, amparo e iluminação, sentimento e consciência são arcos divinos que integram os círculos perfeitos da caridade”.

Sonhávamos com novos tempos, novas oportunidades, uma vida mais digna, mais alegre e mais feliz. Chegou a hora de engrossarmos as fileiras para a construção de um Brasil mais junto, mais amável, mais alegre e feliz. Assim, todos nossos sonhos se realizarão, porquê estaremos praticando uma das maiores virtudes do ser humano. A caridade, o amor e a bondade.

 

 

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