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Não há Paz no Horizonte

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Costumamos dizer que tudo passa e a vida segue e isto é uma verdade, mas não sabemos quanto tempo dura cada travessia, nem qual é a direção tomada pela humanidade diante de cada encruzilhada.

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Observando a história mais recente dos conflitos humanos percebemos, sem muita dificuldade, que a humanidade evolui em espiral e velhas encruzilhadas sempre retornam, em plano diferente, para colocar o dilema de progresso ou retrocesso em pauta novamente.

Após a queda do muro de Berlim simbolizando o fim de uma era, o fim de um modo de fazer política e organizar a economia e a sociedade, alguns proclamaram o fim da história, alegando que o capitalismo e a democracia liberal haviam vencido definitivamente os demais projetos concorrentes e que nada poderia desafiar os vitoriosos em sua essência. A conjuntura política atual mostra o grande erro dessa narrativa.

O centro da crise e do mal-estar desta conjuntura é exatamente o que fazer com o capitalismo e com a democracia liberal, ambos sem legitimidade e questionados pela maioria da população mundial. O impasse é tão profundo que nos faz lembrar velhas fórmulas políticas outrora festejadas, como aquela expressa por Rosa Luxemburgo afirmando que haveria duas opções para a humanidade que seriam o socialismo ou a barbárie.

É importante perceber que a democracia liberal, com suas instituições jurídicas, especialmente as eleições universais, está sendo questionada em muitos países do capitalismo central, ou seja, no núcleo imperial do capitalismo, sem que qualquer alternativa seja apontada como solução para essa crise de legitimidade. Este estado de desequilíbrio não pode permanecer por muito tempo.

As perguntas que surgem para nossa inquietação são as seguintes: qual é a sustentabilidade do capitalismo sem a democracia liberal para legitimá-lo? Um regime capitalista sem democracia liberal, tipo um regime fascista, conseguirá manter a aparência de justiça social para acomodar as massas exploradas? Conseguirá fixar as relações entre as nações em um patamar mínimo de garantias capaz de manter a ilusão de igualdade entre os povos?

Devemos refletir um pouco sobre isso, pois o atual confronto entre a democracia liberal e o fascismo não é coisa passageira, principalmente com a grande ausência da alternativa socialista como proposta de saída para a crise de legitimidade do capitalismo e sua democracia liberal.

As relações política e sociais estão completamente alteradas e formam um complexo de conflitos em todas as esferas, especialmente na economia, nos partidos, nas instituições públicas, nas forças militares, na família, etc. É muito difícil reorganizar o equilíbrio social sem passar por rupturas mais profundas nas atuais estruturas econômicas, políticas e sociais.

É importante preparar-se, pois não há paz no horizonte.

 

 

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1 COMENTÁRIO

  1. Avenzoar Arruda, com a visão geopolítica que lhe é característica, nos brinda hoje com um artigo excelente sobre os modelos econômicos em disputa.
    Concordamos com ele e acrescentamos que, no nosso entendimento, o fascismo recrudescente não é somente uma questão de maldade e sim um problema do capitalismo.
    Tenho afirmado que quem não estiver disposto acdiscitir o capitalismo, não venha nos falar em Fascismo!

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