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Paciência

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Quem não ouviu nos momentos mais difíceis de sua vida alguém dizer: tenha paciência! Ultimamente eu não tenho ouvido, tenho pedido a Deus: “Senhor, dai-me paciência”. Quem não já passou ou está passando por dificuldades, perda de amigos, familiares, incompreensões, dificuldades financeiras, e tantas outros problemas? Quando me dirijo ao Pai Maior com essa rogativa, é porque já não tenho mais a quem recorrer nem tenho a capacidade de buscar a solução para alguns problemas. Obviamente, por meu entendimento filosófico espírita, compreendo perfeitamente que se o fardo é meu, o Pai me deu os ombros com capacidade de suportá-los, assim como nos ensinou Jesus.

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Mas de tanto pedir paciência, resolvi buscar no “Evangelho Segundo o Espiritismo” o que significa, na visão dos benfeitores espirituais, a paciência. E, como dentre os meus defeitos não está o de ser egoísta, resolvi trazer para este espaço um pouco de entendimento sobre essa necessidade. Não é uma simples palavra, que costumamos repetir nas horas de desespero. A paciência, assim como a dor, nos diz os benfeitores:

“a vida é difícil, bem sei, compõe-se de mil nadas, que são outras tantas picadas de alfinetes, mas que acabam por ferir. Se, porém, atentarmos nos deveres que nos são impostos, nas consolações e compensações que, por outro lado, recebemos, havemos de conhecer que são as bençãos muito mais numerosas que as dores” (Cap. IX, pag. 137).

Como as orientações dos Amigos, além de sábias, nos dão mais estímulo para que saibamos compreender que o Cristo, o Filho de Deus, também passou pelas piores dificuldades, às vezes chego a me perguntar: quem de nós suportaria tanta dor e tanto desprezo? Logo Ele que nada fez além de pregar o amor a caridade, a compreensão e nunca desrespeitou a Lei que encontrou. Nós que temos uma listagem de débitos, que não temos, graças a Deus a capacidade de dimensionar os que já contraímos, precisamos, na verdade, é de nos fortalecermos para o futuro. O Amigo ainda nos diz: “sede, pois, pacientes, sede cristãos. Essa palavra resume tudo”.

 

Com essas orientações, fiquei mais pensativa ainda, uma vez que nossas dores e sofrimentos ainda são um acréscimo que dificultam essa compreensão. Deus, pela sua imensa bondade e misericórdia, ainda nos permite o pagamento do débito em suaves prestações, imagine se Ele nos cobrasse de uma vez só. Não suportaríamos. Com esta lição, que pode até parecer um pouco fora de propósito, termos que sofrer, e mesmo assim, sermos pacientes.

Os ensinamentos são de que precisamos nos fiar pela alegria, resignação e, acima de tudo, pela esperança de sabermos que tudo é passageiro e que precisamos levantar a cabeça, bater o chapéu e seguir olhando para o Alto. Estamos neste planeta de prova e expiações, porque a necessidade para o crescimento espiritual assim exige. Sejamos gratos a Deus pela oportunidade e que não percamos tempo nos lamentando, mas trabalhando em prol de alguém que é mais necessitado que nós, ao invés de olharmos para trás, olhemos para nós mesmos, para frente e para o próximo. Buscando dentro de nós os talentos que nos foram dados e que, por falta de paciência, não conseguimos descobrir nossa verdadeira capacidade de superar os problemas e as dificuldades. Já foi dito por um sábio, que quando surge um problema, a solução vem junto.

Tenho aprendido, mas ainda faço um grande esforço para superar a minha falta de paciência. Não é por acaso, que resolvi falar sopre esse tema. Eu, e muitos de nós, precisamos desenvolver a capacidade da superação e da fé mais verdadeira e poderosa. Sim! A fé, sem ela, teremos mais dificuldades de superação e aprendizado.

Sabemos ainda, que a vida é como vivemos em uma escola, na qual estamos, a cada ano, como estivéssemos no ano letivo. Superamos um problema e virá outro, um pouco mais complexo que o anterior. Sempre pondo a prova nosso aprendizado. Não é para nos testar, mas para que aprendamos a sermos mais fortes. Somos guerreiras da paz, do amor e acima de tudo, poderemos dizer em breve: Venci. Sou também paciente e serena.

Finalizo, pedindo que nenhum de nós nos esqueçamos de que nos próximos dias, ou melhor, principalmente amanhã, precisaremos dar demonstrações de serenidade e acima de tudo, a paciência.

Assim, seremos Paz e Bem como dizia o apostolo Paulo em sua forma de cumprimentar cada irmão. Temos de admitir que a paciência não é um fim em si mesmo, mas sim a paz, que só existirá quando em cada um de nós ela fizer morada. Contudo, como estudantes que precisam ler, revisar e fazer suas anotações para aprender a matéria, precisamos de toda a paciência para melhor absorvermos os ensinamentos do Pai. O Bem que Jesus veio nos ensinar. Ser bom para com o outro, como forma de caridade, que como energia reverberará em nosso entorno e em todo universo. A paciência é cominho para a paz, e esta, o fim. Contudo não há destino sem um caminho antes percorrido. Só existirá paz, quando eu for paz. Só existirá o Bem quando eu for bom.

Esses sentimentos, deverão iniciar dentro de nós, e tudo começa com a paciência para sermos aprendizes, paciência para percorrer os caminhos necessários e paciência para alcançarmos a paz divina.

 

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