A adenomiose, também chamada de adenomiose uterina, é uma doença onde ocorre um espessamento dentro das paredes do próprio útero provocando sintomas como dor, sangramento ou cólicas fortes, especialmente durante a menstruação. Esta doença tem cura através da cirurgia para retirada do útero, porém, este tipo de tratamento só é feito quando os sintomas não conseguem ser controlados com remédios anti-inflamatórios ou hormônios, por exemplo.
Os primeiros sintomas de adenomiose podem surgir 2 a 3 anos após o parto, mesmo nos casos em que a mulher já tem adenomiose desde a infância, e geralmente deixam de surgir após a menopausa, quando o ciclo menstrual deixa de acontecer.
Os principais sintomas da adenomiose são:
• Inchaço da barriga;
• Cólicas muito fortes durante a menstruação;
• Dor durante a relação íntima;
• Aumento da quantidade e duração do fluxo menstrual;
• Prisão de ventre e dor ao evacuar.
A adenomiose nem sempre provoca sintomas, porém, geralmente os sintomas aparecem após a gravidez e desaparecem após a menopausa. Além disso, a adenomiose pode ser uma das causas da dismenorreia e de hemorragia uterina anormal, sendo muitas vezes difícil de diagnosticar. Confira outros sinais de alterações no útero.
O diagnóstico da adenomiose deve ser realizado pelo ginecologista, e é geralmente feito através da realização de uma ressonância magnética e através da observação de sintomas como dor, sangramentos intensos ou queixas de dificuldade para engravidar. Além disso, o diagnóstico da doença também pode ser feito usando outros exames de imagem, como ultrassonografia transvaginal ou histerossonografia, por exemplo, que avaliam o espessamento do útero.
A adenomiose pode afetar a gravidez?
A adenomiose pode provocar complicações graves na gravidez, como gravidez ectópica ou aborto, por exemplo, sendo recomendado o acompanhamento regular do obstetra, para que sejam evitadas essas complicações. Além disso, em alguns casos a adenomiose, pode dificultar a fixação do embrião no útero, dificultando assim a gravidez.
Os sintomas de adenomiose aparecem geralmente após a gravidez, devido ao estiramento do útero que acontece, e por isso, a maioria das mulheres consegue engravidar e ter filhos antes do aparecimento da doença.
Ainda há muitas dúvidas sobre as possíveis causas da adenomiose. Os especialistas acreditam que ela pode surgir a partir de fatores genéticos, como uma maior predisponibilidade de desenvolver esse tipo de alteração, ou até mesmo causas multifatoriais, como fatores ambientais, hormonais e estilo de vida.
As principais causas apontadas e mais investigadas são:
• Menstruação retrógrada: no sangramento menstrual, ao invés do endométrio ser expelido, ele se infiltra no miométrio por meio de uma maior vascularização;
• Metaplasia: é a transformação de células. Neste caso, células do músculo poderiam se transformar em células do endométrio, caracterizando a adenomiose;
• De fora para dentro: uma possível endometriose que, no sangramento menstrual, ao invés do endométrio ser expelido, ele migra para a cavidade abdominal e, a partir de lá, se infiltra na parede uterina de fora para dentro, comprometendo o miométrio.
Causas da adenomiose
As causas da adenomiose ainda não estão muito bem esclarecidas, porém essa condição pode ser resultado de traumas no útero devido a cirurgias ginecológicas, mais de uma gravidez ao longo da vida ou devido ao parto cesária, por exemplo.
Além disso, a adenomiose pode ser uma das causas de outros problemas como dismenorreia ou hemorragia uterina anormal, sendo muitas vezes difícil de diagnosticar.
O tratamento para adenomiose escolhido depende do histórico de saúde de cada paciente, podendo ser feito das seguintes maneiras:
• Clínico: é indicado o uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios prescritos pelo médico para melhorar a dor causada pela adenomiose;
• Hormonal: é feito o uso de hormônios para diminuir o fluxo menstrual ou até mesmo cessá-lo, como a pílula anticoncepcional contínua, injeção anticoncepcional e o DIU mirena – que faz a liberação de progesterona dentro do útero. Essas opções tratam os sintomas, não a doença em si;
• Cirúrgico: caso as outras opções de tratamento não tenham surtido efeito, é possível optar pela cirurgia. Nela, o ginecologista irá visualizar possíveis lesões de adenomiose no útero. “Caso a paciente tenha o desejo de engravidar, podemos retirar a lesão de forma mais superficial. Caso a paciente já tenha filhos, podemos retirar o útero inteiro”, diz Marcos Tcherniakovsky.
A adenomiose é considerada um tipo de endometriose, pois corresponde ao crescimento do tecido endometrial dentro do músculo do útero. Entenda o que é a endometriose.
Além disso, existem vários tipos de adenomiose, e esta pode ser focal, quando se localiza numa determinada região do útero, ou difusa, quando se espalha por toda a parede do útero, deixando-o mais pesado e volumoso.
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