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Hoje eu quero caminhar

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Agora recente, sempre que não chove nos fins de tarde, me vem a vontade de caminhar pelas estradas desta encosta de serra em que vivo. Vontade de caminhar tal qual a vontade de beber água, de pensar, imaginar, sonhar, essa força que desce lá de não sei onde e vai até não sei onde. Um instinto puro de viver, eis o que assim me vem tudo isso, esses sintomas continuados que, menos espero, aparecem na forma das vontades, a preencher o momento ali mesmo no lugar em que me acho no espaço da presença. Um desejo de tocar em frente o barco em que habito durante todo tempo. Horas que vivem livres pelas planícies dentro da gente quais seres imprevisíveis de natureza que pelejo de, lá um instante, identificar em todas as suas qualidades, sinais que falam de ter paz, acalmar a consciência e ser com absoluta intensidade. Tais pedaços de sentimentos e pensamentos, vivemos, pois, juntando as amarras dos dias em outros dias; tocamos o itinerário de prosseguir na busca incessante de resolver as perguntas que transportamos, que somos, minutos adiante, espécies de tracejados de um bordado no mínimo instigante, revelador de uma revelação que, por vezes, parece demorar a vir, mas que cresce de algum ponto no Infinito que nós somos, durante longas noites e esplendorosos dias. Os passos nas estradas, por isso, contam dessas lendas que alimentamos de vir a ser no universo de nós mesmos, autores das razões que justificam existir. Desse modo, caminhar qual caminham as possibilidades de conversar, no íntimo, com a nossa real condição de seres andantes e, enquanto isso, escutar pássaros que trinam códigos pelas florestas em volta. Estes caminhares que nada mais significam além de avaliar o destino e recolher as sementes dos amanhãs de que seremos testemunhas em um mar de imensas interrogações. Isto, peças vivas do quebra-cabeça que compomos na paisagem dos sonhos, alguns personagens a continuar sem limites; daí a vontade de sair pelas tardes e poder usufruir das bênçãos constantes do inesperado em movimento.

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