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O aumento da temperatura na terra

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O aumento geral da temperatura no planeta terra é uma realidade assustadora que tem atormentado a humanidade e está presente na pauta de todos os eventos climáticos que se repetem em diversos países do mundo.

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A temperatura do nosso planeta atingiu o equilíbrio de temperaturas  de forma natural há milhões de anos passados e assim permaneceu, até que a completa evolução das espécies cientificamente estudadas e anunciadas por Charles Darwin tivesse sido completada.

Os novos seres vivos surgidos da evolução das espécies, iniciaram de imediato o processo de reprodução, razão maior da sua existência e do seu compromisso natural. Necessitavam entretanto,  obter a  energia vital fornecida pelos  alimentos para garantir tanto a sobrevivência da espécie, quanto  a  capacidade reprodutiva de cada uma delas.

“Os componentes da cadeia alimentar correspondem a toda parte viva que a compõe. Eles são classificados como produtores, consumidores e decompositores, cada um deles representando um nível trófico.

Produtores: são os seres vivos que não conseguem produzir o próprio alimento através da fotossíntese, também denominados autótrofos.

Consumidores: são os seres que não produzem o seu alimento e necessitam obter a energia de sobrevivência a partir de outros seres. São os heterótrofos.

Entre eles estão os consumidores primários, onde os herbívoros se alimentam dos produtores; os carnívoros se alimentam dos consumidores primários. Por fim os consumidores terciários, que são carnívoros de grande porte ou predadores.”

Pelo resumo do  ordenamento dos consumidores esquematizado na pirâmide acima, podemos perceber claramente que os produtores, no caso os vegetais, são os seres mais evoluídos da cadeia, em termos de sustentabilidade . Paradoxalmente são eles os mais maltratados pelos demais consumidores que deles dependem, aí inclusa a espécie humana.

É visível que, se a base dessa pirâmide for afetada e isso já está acontecendo com intensidade, o restante da estrutura com certeza desabará.

É o que vem ocorrendo  no presente com a sexta extinção de espécies  em marcha acelerada, segundo a opinião dos ambientalistas, estudiosos e cientistas ambientais.

Voltemos porem à questão da temperatura da terra que é a razão principal do nosso artigo.
Pois bem, dizíamos anteriormente que a temperatura do planeta esteve em equilíbrio até a evolução completa das espécies, formando a grande cadeia alimentar que se constituiu entre elas.
A chuva, que nos fornece  a agua doce,  é filha legitima do aquecimento terrestre que nesse caso, além de benéfico é necessário, para desencadear o processo de evaporação, o qual eleva o vapor d’agua e o transporta para a atmosfera,  onde  se condensa e se precipita em forma de chuva.

Desde o primórdio dos tempos a água presente na natureza é constante, ou seja, não aumenta nem diminui. Muda apenas o seu de estado podendo  ser: sólido, liquido ou gasoso.

Qualquer alteração climática que venha a acontecer de forma provocada, além de quebrar essa harmonia, agride a natureza e a natureza agredida só responde com implacável e imperdoável vingança.

A descoberta do fogo feita pela espécie humana primitiva, acendeu um estopim que garantiu a modernização  acontecida ao longo dos milênios e a  partir do século XVIII, com o advento da primeira revolução industrial e a introdução da máquina a vapor. A partir daí para alimentar a combustão em troca de energia motriz, passou a exigir mais e mais recursos naturais.

Acentuou-se a partir da segunda revolução industrial acontecida com o advento do motor à explosão, o qual permitiu encher os céus de aviões, todos eles consumindo combustíveis fósseis,   lançando na atmosfera os  gases tóxicos decorrentes da queima de combustíveis, assumindo dimensões gigantescas e alterando celeremente o clima.

A partir de então foi colocada em risco crescente a sobrevivência de todas as espécies animais e vegetais existentes na face da terra, nos mares e nos oceanos.

As ações deletérias, em que pese todas as advertências em contrário, infelizmente continuam a ser praticadas,  fruto da ambição  incontrolável pelo lucro fácil, visando  a posse dos recursos naturais para transforma-los em dinheiro, muitos deles escassos e não renováveis e já em avançado processo de extinção.

A ideia do lucro fácil desperta apetites insaciáveis e, aguça o desejo incontido pela acumulação de capital,  em  volumes cada vez maiores.
Os cientistas avaliam que a temperatura média do planeta terra na sua origem, era 6°C mais fria do que a do último século, quando chegou a 14°C.

A vida nas cidades está se tornando insuportável, principalmente nas regiões tropicais, como é o caso as cidades do semiárido nordestino, onde as variações de temperaturas são pequenas e estão entre 25°C e 27°C, portanto muito sensíveis a qualquer  alteração por menor que seja.

Enquanto isso a variação da temperatura nas regiões polares onde está acumulada a maior quantidade de neve e gelo, tem se acentuado muito rapidamente, causando a liquefação e contribuindo para o aumento gradual dos níveis dos mares que já atinge várias cidades litorâneas e  regiões mais baixas.

” O clima polar tem temperaturas médias em torno de -30°C, podendo atingir no inverno os -60°C e no verão +4°C.
Com o aquecimento global essas regiões são as mais afetadas e o degelo tem provocado o deslocamento de enormes blocos, alguns deles com mais de 15 Km2 de extensão.”

A história da humanidade tem nos mostrado que os seres que continuam  vivos, mesmo tendo sido  submetidos às mudanças climáticas e às catástrofes naturais, só conseguiram sobreviver ao longo dos milênios graças ao processo de adaptação.

Esse processo ainda é presente como uma dádiva da natureza  e  para que possa ter  continuidade é fundamental que a apropriação dos recursos naturais aconteça de forma sustentável, de modo a minimizar os impactos ambientais e as variações bruscas da temperatura do planeta.

É bom ter em mente que a  adaptação é possível sim, desde que não se transforme em algo insuportável. Como exemplo, se colocarmos um caranguejo numa panela de água fervente ele morrerá em questão de segundos. Porém, se colocarmos o mesmo caranguejo numa panela de agua fria e passarmos a aquece-la no fogo, gradualmente,  até mantê-la entre  40°C ou 50°C ele sobreviverá por adaptação.

Temos alguns exemplos de adaptação tanto ao aquecimento, quanto  a mudança de  biomas.  Tanto com relação à vida aquática como peixes e crustáceos,  quanto aos  animais de sangue quente que se adaptaram ao clima. Assim aconteceu  com os tucunarés do amazonas, com as tilápias do Nilo, com os caprinos dos alpes suíços,  e os  bovinos e caprinos que vieram com os colonizadores e resultaram na raça  pé duro se adaptando  muito bem ao nosso semiárido.

O Degelo a Redução de Área da Groenlândia

” O semiárido brasileiro é a região que,  com as suas características climáticas é a  mais habitada do planeta terra. Nele vivem e  moram mais de 30 milhões de pessoas. A variação de temperatura entre as médias das mínimas e máximas é de apenas 2°C.”

Há cidades na região semiárida, em que a temperatura pode atingir 40°C na sombra. Diante disso, todo o planejamento urbano deverá levar em conta a necessidade imperiosa de evitar todo e  qualquer desequilíbrio térmico e os seus  planos diretores deverão ser rigorosos quanto a essa questão.

Mesmo assim, por ignorância técnica, por falta de orientação, por vaidade pessoal ou até mesmo por birra política, algumas prefeituras do semiárido têm transgredido esses preceitos e afrontado a natureza.

Na minha cidade natal, Lavras da Mangabeira no estado do Ceará, há mais ou menos 5 anos passados, a prefeitura entendeu de asfaltar grande parte da cidade, onde as temperaturas anuais variam entre 20°C e 38°C e a pluviosidade média anual  é da ordem de 750mm.

Quando um gestor público se propõe a promover uma alteração profunda no sitio urbano do município por ele governado, a primeira coisa que deve ter em mente é que ele é mandatário da população e que o seu mandato é finito. Portanto a população como mandante, deve ser consultada e para fazer   melhor juízo de valor, sendo  necessário esclarece-la. O mandatário deverá promover palestras com especialistas para passar em revista os prós e os contras das alterações propostas, para só então tomar uma decisão compartilhada juntamente com o seu povo.

Via de regra os gestores não obedecem a esse rito e terminam decidindo à revelia do mandante que é o povo.

Se os moradores da cidade de Lavras da Mangabeira soubessem que o asfalto iria aumentar a temperatura em 5°C será que teriam referendado a decisão monocrática do prefeito de então?

Se a eles fosse dito que o consumo de água iria aumentar numa cidade onde a água já é escassa, que o consumo de energia iria aumentar pelo uso mais intenso dos aparelhos de ar refrigerado, que problemas respiratórios e pulmonares poderiam ser provocados pela fuligem do asfalto, que outras soluções alternativas e sustentáveis existiam e eram possíveis de serem aplicadas,  será que mesmo depois de tudo explicado  eles teriam autorizado a obra? queremos crer que não!

Agora, com o problema criado e o prejuízo feito, a gestão atual está executando uma alternativa que, diga-se de passagem, achamos até  interessante. Mas, pelo que sabemos também não foi pactuada com a população e por isso surgiram reclamações diversas. As reclamações surgidas consideram-na desnecessária, absurda e um retrocesso, além de outros adjetivos mais, que podem ser decorrentes de birra política ou até mesmo do desconhecimento técnico. Mesmo assim, os reclamantes são mandantes que  merecem resposta do mandatário.

Que tal o prefeito atual, que tem se mostrado tão sensível  abrir o debate e prestar os esclarecimentos devidos? Seria uma atitude democrática  correta, simpática e reveladora de um gesto de boa vontade que a outra gestão não teve! Um exemplo de democracia participativa.

As pesquisas cientificas realizadas pelo corpo técnico da USP na região de Piracicaba SP, em clima bem mais ameno revelaram que:

“O asfalto faz as noites nas cidades serem até 5°C mais quentes, segundo estudo da USP (Universidade de São Paulo), em Piracicaba. Esse tipo de pavimento tem a capacidade de acumular calor durante o dia e liberá-lo até aproximadamente 20,30h. Com isso o desconforto térmico contribui para o aumento de consumo de água e energia elétrica, além do desgaste físico.”

Seria de bom alvitre que o debate fosse aberto e que abarcasse além da substituição do pavimento, a impermeabilidade do solo, o tipo de piso a ser usado, o esgotamento sanitário, a questão da arborização adequada do sitio urbano, de modo a promover uma  intervenção de forma definitiva.

 

 

 

Consulta:https://www.google.com/search?q=classifica%C3%A7%C3%A3o+dos+seres;
Blog do conhecimento: O ciclo da água (profamlapolonio.blogspot.com)
https://www.todoestudo.com.br/historia/revolucao-industria

 

 

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