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A Saúde e Medicamentos segundo o Evangelho

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Já há algumas semanas que deixamos de lado, não por esquecimento, mas pela urgência da abordagem de outros temas, o envolvimento da Espiritualidade na nossa saúde. Nossa vivência em um mundo de tantas dores, provocadas pelo desequilíbrio de uma sociedade que vive com grandes desigualdades, a alguns faltando até o próprio alimento, faz com que nos voltemos para os temas que mais nos abalam: a saúde, que em muitos casos, tem por causa principal razões econômicas.

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A pobreza absoluta, tema que o Brasil havia superado, e que, agora, volta aos jornais diariamente nos faz pensar com mais cuidado e delicadeza na vida das pessoas que, muitas vezes, aos olhos dos grandes empresários e de uma sociedade que está mais ligada ao material do que a Deus, parecem sequer existir. Vivermos diante de uma catástrofe social e humanitária, inevitavelmente, causa alterações em nosso psiquismo e, tais alterações influenciam em nossa saúde. Vivermos em um País onde a quantidade de homens, mulheres e crianças que buscam nas ruas a última esperança de moradia e caridade da comunidade em geral até para comer, torna impossível dizer que exista muita gente em equilíbrio de suas funções, inclusive mentais.

É com muita tristeza que trazemos temas como a pobreza, a falta de saúde, moradia, água, emprego e, consequentemente, irmãos nossos vivendo como pequenos predadores nas ruas das grandes cidades. Essa dor aumenta mais ainda quando sabemos o que levou nosso País, como a tantos outros na América Central, a viver dessa forma. Já afirmei em outros textos, não gostar de falar de política partidária, mas estamos em um momento que não podemos deixar de trazer às nossas discussões uma questão que envolve toda população: os políticos que escolhemos para nos representar. Sem nos envolvermos de alguma forma, corremos o risco de engrossar as fileiras dos que ficam em cima do muro. E já foi dito, inclusive por Kardec, que quem não faz o bem, o mal já fez. Tomar partido e lutar por suas convicções, lembrando o número de pobres e desvalidos das ruas, é lutar pelo que Jesus nos ensinou. Ajudar aos mais fracos, aos que não tem voz para se defender.

Dito isso, tentemos trazer para nosso texto um pouco de reflexão sobre o que nossos sentimentos podem causar em nossa saúde, relembrando um pouco das curas de Jesus. Neste tempo, é de Jesus que precisamos falar. Não do Jesus que teve sua imagem criada pelo homem mal intencionado. Não do Jesus que, utilizado em alguns templos ditos religiosos, que precisa de dinheiro para, em troca, lhe trazer o marido, a casa, o empego e outros bens. Jesus não negocia. As Leis D`Ele, são imutáveis. 

Favela de Heliópolis, em São Paulo, onde a concentração de vulneráveis está ao lado do Morumbi, bairro das classes A e B… Leia mais no texto original: (https://www.poder360.com.br/governo/banco-mundial-sugere-que-programa-de-renda-estimule-poupanca-e-seguro/) © 2022 Todos os direitos são reservados ao Poder360, conforme a Lei nº 9.610/98. A publicação, redistribuição, transmissão e reescrita sem autorização prévia são proibidas.

A vida que o homem vive, é consequência de suas próprias escolhas, e, às vezes, tais escolhas são, de certa forma, inconscientes por vivermos sob o véu do esquecimento, muitas vezes necessário para que não tenhamos noção de nossas faltas em vidas passadas. Contudo, vivemos, hoje, a vida que precisamos viver, com quem precisamos e da forma que se faz necessário, para cumprirmos com nossas acordos feitos na Espiritualidade antes da encarnação atual.

Já sabedores de que nossos sentimentos interferem em nossa saúde, tanto para o bem como para o mal, em todas as passagens do Evangelho que se referem às curas feitas por Jesus, ainda por falta de compreensão de vários fatores, foram e ainda são, para algumas religiões, consideradas meros milagres. Digo “meros” por considerar serem, os ditos milagres, simples atos os quais têm as suas causas desconhecidas, seja no tempo em que ocorreram ou ainda hoje. Não há, na obra divina, consequência sem a qual tenha uma causa. Mas discorreremos mais sobre os milagres em outra oportunidade.

Quando nos referimos aos maus sentimentos, são aqueles que deixam em desarmonia o ambiente no qual fomos chamados a viver ou mesmo a trabalhar. Essa desarmonia, que gera emoções que desorganizam, além das células do nosso corpo físico, também desarmonizam o tecido sutil da alma, desorganizando nosso psiquismo.

Convivemos com dois paradigmas em nossas vidas. Um material, criado por René Descartes, que viveu entre 1596 e 1650, pregava que tínhamos duas classes de substancias que, juntas, constituiriam o organismo humano: o corpo material – o palpável e a mente intangível. No paradigma materialista há uma dicotomia entre mente e corpo, caracterizada pela visão mecanicista do corpo e suas funções. É este, utilizado pela medicina convencional para o qual a doença é vista como problema físico ou mental.

A doença, no corpo físico, segundo esse paradigma, é causada por agentes tóxicos externos, como germes, vírus ou por disfunção mecânica de um órgão interno do corpo. Assim, a medicina trata os sintomas das doenças através ou de medicações ou cirurgias.

Considerando este paradigma, as enfermidades têm causa material. Neste processo, até mesmo os males da mente são explicados através de disfunções fisiológicas, emocionais, sociais e ambientais. As inferências mentais não existem independentemente do cérebro, não sendo o livre arbítrio considerando como processo de escolha do homem, na verdade, este, é, de acordo com o materialismo, uma ilusão.

Considerando o paradigma espírita, contudo, a existência do espirito imortal e também a possibilidade do ser eterno vivenciar inúmeras experiencias através da reencarnação, nos ensina que além do corpo físico, dos corpos sutis , a alma nada mais é do que a denominação dada ao espirito encarnado.

A doença, portanto, seria, de acordo com o paradigma espírita, um aviso de que estamos “dirigindo o carro” de nossa vida pela estrada errada. A esse caminho “errado” damos o nome de desequilibro. Se estás doente, além de qualquer medicação, aprende a orar e entender, a auxiliar e a preparar o coração para a Grande Mudança. Só haverá cura com mudança da estrada. Desacelere o carro da sua vida, faça uma parada. Continuando como está, não suportarás as dificuldades. Se a doença te visitou, não pense que você está sendo punido por Deus. Se quiser se curar pare de pensar em castigo, porque castigo, maldade e vingança, são palavras que não existem nos códigos Divinos.

É importante que tomemos consciência que a nossa cura não depende só de médicos, remédios, exames, dietas e até mesmo cirurgias. A principal atitude, será a de fazer uma viagem interior e, sem nenhuma culpa, descobrir o motivo pelo qual adoeceu. Muitas vezes se faz necessário, um mergulho tão profundo que poderá nos causar dores e sofrimentos. Mas estes, são sinais de cura. Se não puder fazer esta viagem sozinho(a), procure um profissional. Reforma e burilamento doem, mas trazem resultados inesperados.

Lembremos ainda, que quando Jesus curava – dizia: “Vá e não peques mais” – Vá, não retorne a seguir os mesmos caminhos.

Não queira parecer um super-homem ou uma supermulher, não somos! Somos apenas seres humanos com infinitas possibilidades, mas também com necessidades que precisam ser atendidas.
A doença apenas está querendo mostrar as carências de sua alma.

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