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A Sagrada Família – Um Homem chamado Jesus

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Nos aproximando do Natal, nos aproximando da data que o Cristianismo adotou para se comemorar o nascimento do Homem mais fascinante que já pisou na Terra. Um Homem que desde seu nascimento despertou todo tipo de sentimento desde religiosos, antropólogos até mesmo os ateus ou agnósticos.

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Falar de Jesus desperta em nós um sentimento ímpar. Seja pelo respeito a este ser tão iluminado, seja, talvez, pela incapacidade, como ser humano, para falar desse Irmão maior. O Filho de Deus que desceu a Terra para nos ensinar o que já havia sido propagado por outros Iluminados e/ou profetas, como queiram chamar, mas, na qualidade de péssimos aprendizes, não aprendemos a lição.

Necessário se faz enfatizar que Jesus, para poder habitar a atmosfera terrena, passou centenas de anos em seu preparo. Vários autores espíritas falam dessa adaptação. Como também, na preparação do Planeta Terra, Jesus já fazia parte dos iluminados que presenciaram e trabalharam em sua criação. Neste breve artigo, iremos falar um pouco do Jesus Histórico, ou seja, visto do ponto de vista da Ciência, e também do Jesus visto pelo Cristianismo.

O Jesus Histórico
Quando cursava o Mestrado em Ciências das Religiões, tomei conhecimento de uma obra escrita por James D. Tabor – A dinastia de Jesus. O autor é arqueólogo e, segundo suas palavras, seu livro passou cerca de 40 anos para ser escrito. Ele pesquisou profundamente, utilizando-se de exames mais avançados que a ciência pode oferecer, para, somente depois corajosamente trazer informações, que para certo público, podem ser incômodas. Não irei falar com profundidade de suas descobertas, mas darei ênfase a sua emoção em se aprofundar na vida e na família de Jesus.

James D. Tabor, fala de uma de suas fontes de pesquisa, os Manuscritos do Mar Morto, dentre os quais havia uma cópia completa do livro do Profeta Isaias, que estudiosos dataram de 100 a.C.. Com essa informação podemos saber exatamente como era um escrito do tempo de Jesus. Permanecera escondido durante dois mil anos, lacrado em um vaso de barro, em uma caverna perto do assentamento de Qumrã. O pergaminho de Isaias tem 54 colunas de texto hebraico. Tem mais de sete metros de comprimento e consiste de 17 painéis de pele de cabra de cerca de 27,5 centímetros, costurados uns aos outros. Este pergaminho talvez seja, sem dúvida, a descoberta mais assombrosa na história da arqueologia bíblica. Ao ser encontrado, todos os estudiosos incluídos na pesquisa, custaram a acreditar que pudesse ser tão antigo. Tal importância, se deve ao fato de que as cópias mais antigas de livros da Bíblia Hebraica datavam do século IX d.C. Muitos questionamentos são feitos nestes textos, mas não é esse o espaço para essa discussão e aprofundamentos. No entanto, precisamos adentrar um pouco no judaísmo para compreendermos a vida de Jesus.

A vida judaica era caracterizada, até mesmo a camponesa, por discussão e o debate continuo e interminável sobre o sentido e as implicações de histórias, mandamentos e ensinamentos da Torá. Podemos supor que a classe inferior não detivesse conhecimento nem nível intelectual para compreender esses ensinamentos. Os Judeus eram um povo “do livro”, e, como os romanos viriam a aprender, isso os tornava deferentes de todos os outros povos dominados por eles.

Como Judeu, Jesus teria afirmado sua cresça no único Deus Criador Yahweh sobre todos os deuses ou entes espirituais; na divina revelação da Torá, como um plano para a vida social, moral e religiosa; na santidade da Terra de Israel como um perpétuo direito inato da nação; e na noção de que o povo de Israel, descendente de Abrão, Isaac e Jacó, tinha sido escolhido por Deus para esclarecer todas as nações. A missão histórica desse povo seria atrair a humanidade para o Deus único e sua revelação na Torá. Como Judeu, Jesus foi circuncidado no Templo judaico, em Jerusalém, aos oito dias de idade, observava o sabbath como o dia de descanso semanal, evitava comer certos animais proibidos ou consumir sangue, cumpria as comemorações de peregrinação exigidas e praticava a pureza ritual, conforme ordenado pela Torá. Como homem judeu, Jesus usava borlas franjadas em sua vestimenta externa, o que indicava sua observância rigorosa dos mandamentos da Torá ou Lei Judaica.

O autor fala, ainda, que Jesus não era “liberal” quanto às observâncias judaicas, segundo qualquer significado moderno do termo. O que não aceitava eram certas tradições e interpretações orais que alguns mestres rabínicos haviam acrescentado aos mandamentos bíblicos. Mas vamos ver então que tipo de Judeu Jesus era, como nos mostra o antropólogo em seus estudos, e fontes pesquisadas.

Josefo que viveu no século I, conta que havia três seitas ou “filosofias” principais do judaísmo: fariseus, saduceus e essênios. Explica, ainda, que havia uma “quarta filosofia” fundada por Judas, o galileu, que pregava praticamente as ideias religiosas dos fariseus. Josefo caracteriza os fariseus e saduceus em poucas linhas, principalmente contrastando suas ideias de “destino” e “vida após a morte”. Disse que os fariseus enfatizavam que Deus controlava tudo e que eles acreditavam na vida após morte e na sentença eterna das almas dos mortos. Os saduceus por sua vez, negavam a “vida após morte” e enfatizavam a vida neste mundo. Não acreditavam que Deus controla tudo, mas que seres humanos escolhem livremente entre o bem e o mal e são recompensados. Josefo afirma que os fariseus eram muito mais populares entre o povo e se integravam nas comunidades locais, enquanto os saduceus eram elitistas e aristocráticos.

Informações essas, servem apenas para relembrarmos que tais informações combinam com o que nos informa o Novo Testamento.

Voltando à historia de Jesus, segundo as descobertas cientificas, não podemos deixar de falar dos essênios, pois Miramez, atribui a esse povo, o aperfeiçoamento e o lugar escolhido por Jesus, nos anos de sua reclusão. Foram os essênios que escreveram os Manuscritos do Mar Morto, eles esperavam o fim do mundo e aguardavam a chegada de dois messias – uma figura sacerdotal e um rei desdente de Davi. Se intitulavam o povo da “Nova Aliança”, acreditando que fossem representantes de uma Israel novamente purificada no fim dos tempos. Curiosamente os essênios nunca são mencionados no Novo Testamento, mas essa é uma outra história.

Voltemos a falar de Jesus, à luz do conhecimento Espiritualista. Inclusive, pedindo desculpas ao leitor, por, no artigo anterior, não ter citado Miramez como nossa fonte. Feita às devidas correções, vamos falar um pouco da vida de jesus dos doze aos vinte e nove anos de idade.

A vida da família de Jesus em Nazaré era quase insuportável. O menino crescera e já tinha liberdade de sair e conversar com quem quisesse e cada vez que falava com alguém, era admirado por sua sabedoria, demonstrando profundo conhecimento principalmente das leis. Já conhecia as escrituras sagradas o que aumentava o ciúme dos sacerdotes. Os escribas anotavam tudo que era dito por Jesus, e nos templos relatavam, para irritar mais ainda os rabinos e doutores da lei.

Por onde passava, o filho de Maria e José arrebanhava uma multidão humana para ouvi-lo. Os essênios se reuniram na casa dos pais de Jesus, no silencio da noite e decidiram levar Jesus para os templos da Fraternidade. Ele seria transferido de vez em quando para lugares diferentes, a fim de ficar mais distante do povo por um tempo, até que o Pai o chamasse para o trabalho divino, na semeadura da Boa Nova do Reino. Após algum tempo, Jesus volta a Jerusalém na Páscoa. Neste momento, sentiu a necessidade do povo que estava sendo extorquido pelos sacerdotes, que usavam a Páscoa para extorquir dinheiro e usavam o templo como instrumento a fim de tocarem os sentimentos das pessoas. Jesus já havia completado 12 anos e não precisava mais ser acompanhado por sua Mãe. Foi nesta época que foi cercado pelos doutores da lei e por muitos curiosos, para responder a determinadas perguntas, sem que tivesse os pais para ajudá-lo.

Os questionamentos tiveram início, quando um dos sacerdotes perguntou: – Sendo tu o Messias prometido, o que achas da nossa festa das bençãos de Deus nesta casa?
Jesus muito tranquilo, sentado em um dos relevos que as mãos de um artista trabalharam para embelezar mais a escadaria do templo, respondeu com benevolência: – “Mesmo para configurar como festa humana, há muitas restrições a fazer. A cada movimentação que fizerdes, atraindo milhares de pessoas, com a finalidade de mostrar as coisas de Deus, estareis distanciando os homens do Senhor. Divulga-se uma lei moral para as criaturas, de modo que não faltem a este ato religioso. E quanto mais gente vem, mais aparece a miséria, as brigas em caminho, a discórdia em família e a fome aumenta cada vez mais no seio da sociedade”. (…) “A religião surgiu no mundo como instrumento da Luz, para mostrar aos homens que a vida não perece com o corpo, pela morte deste e, ainda mais, que ela deve ajudar a educar as criaturas para uma vida reta e para a mudança de costumes errôneos. Devemos seguir os nossos ancestrais, mas somente na boa conduta, fazendo desparecer os atos impróprios, que não condizem com os tempos modernos”.

Os questionamentos feitos a Jesus, foram direcionados no sentido dele se irritar. Mas foram os sacerdotes que se irritaram com a demonstração do conhecimento que não mudava a Lei. E sobre isso Ele fala: “É importante que compreendeis que não vim destruir a lei antiga, mas ampliar a sua feição para as novas gerações. Uma árvore não fica o tempo todo do mesmo tamanho: ela cresce. Assim são os homens… e quando crescem, precisam de outros alimentos de substancias condizentes com seu porte. (…) Deus não mandaria o seu Filho, o Messias prometido, para o mundo, ainda mais este mundo de escândalos, para ajudar os homens a escandalizar! Eu vim com a finalidade precípua de despertar as criaturas, de ajuda-las a caminhar para sua própria felicidade e, para tanto, tenho que contrariar a muitos. Vou entregar-me a luta e esta luta vai me pedir a própria vida e se for conveniente e bom para a humanidade a darei, para que a verdade brilhe como o sol!” Jesus cumpriu sua promessa. Ensinou, curou, amou e deixou um caminho a ser seguido por todos nós. Sem mistérios, mas exigindo de nós sacrifícios para nos moldarmos às suas recomendações.

Só a verdade Liberta!
Nosso relato termina aqui, pois o restante do percurso da vida de Jesus, todos nós conhecemos. No entanto, para concluir a História dessa grande Família, retomo as indagações que fizemos desde o início. Diante de tantos ensinamentos que Jesus nos trouxe através da Boa Nova, da necessidade de amarmos incondicionalmente, e diante das privações de amor, de afeto, de comida, de compreensão, de luta pela igualdade entre os homens, o que cada um de nós fará neste Natal. Será que continuaremos a comemorar e nos preparar para chegada do Papai Noel, ou será que, inclusive pensando nos que se foram, por causa desse vírus que abalou o mundo, continuaremos nos esquecendo do que o Filho de Deus veio nos ensinar? A família de Jesus, como a nossa, também não teve vida fácil, e foi a Família do Filho de Deus.

Será que lembraremos de agradecemos ao Pai na Grande Noite, escolhida pelos Cristãos para celebração de seu nascimento? Meus queridos leitores e amigos, não deixem de agradecer as dádivas que recebemos, nem de partirmos o pão da vida com os que nada tem. Fomos convidados para essa grande Festa, a festa do Amor! Quem de nós, aceitará este convite?

Fontes Consultadas:
Maria de Nazaré – João Nunes Maia, 1923 – Ditado pelo Espírito Miramez
Tabor, James D. – A Dinastia de Jesus: a história secreta das origens do Cristianismo, Rio de janeiro, : Ediouro, 2006. Tradução de Ganesha Consultoria.

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