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Quais são as diferenças entre as vacinas contra Covid-19 aplicadas no Brasil?

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A pandemia causada pelo novo coronavírus gerou uma corrida pela produção de vacinas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), há 287 imunizantes em desenvolvimento pelo mundo, sendo oito regulamentadas e outras 12 utilizadas localmente que ainda aguardam aprovação do órgão internacional. No Brasil, três laboratórios conseguiram o registro definitivo junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Vale lembrar que, embora existam diferenças em relação à eficiência, todas protegem quase 100% contra a forma grave da Covid-19. Autoridades de saúde recomendam tomar o imunizante sem escolhê-lo, como foi observado nas últimas semanas no Brasil – brasileiros têm evitado a Coronavac, por exemplo. Todas as vacinas apresentam efeitos colaterais após a sua aplicação. Em todas é aconselhável a não utilizar remédios anti-inflamatórios, o que poderia diminuir a resposta imunológica.

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O que é “EFICÁCIA” de uma vacina?
A eficácia da vacina é traduzida como a capacidade do imunizante em conferir proteção imunológica a um determinado agente, no caso, o vírus SARS-CoV-2. O termo é utilizado quando falamos da fase 3 dos ensaios clínicos, ou seja, para fazer referência ao percentual de pessoas vacinadas, nas condições controladas do estudo, que adquiriram imunidade ao vírus.

Atenção: a eficácia diz respeito apenas ao estudo entre os voluntários da pesquisa. O número que indica o impacto real da vacina na população é a efetividade.

O que é “SEGURANÇA” de uma vacina?
Quando falamos na segurança de uma vacina, o objetivo é garantir que a vacina não traga riscos à saúde. Por isso, a segurança da vacina é avaliada durante toda a fase clínica do estudo, principalmente em sua primeira fase, cujo número de participantes é reduzido.
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Vacinar-se é um ato necessário para a proteção individual e coletiva. Por meio dele, algumas doenças já foram erradicadas, como a varíola e a poliomielite. E, apesar de nenhuma vacina ser 100% eficaz, hoje a imunização é essencial para prevenir óbitos, casos graves da Covid-19 e para conter a pandemia.

Quatro vacinas contra a doença já receberam autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso no Brasil: CoronaVac, vacina do Butantan produzida em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac, e os imunizantes das empresas AstraZeneca, Pfizer e Janssen; mas somente as três primeiras estão sendo utilizadas no Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, até o momento.

Vale ressaltar que comparar a eficácia das vacinas e tentar eleger a melhor entre elas pode levar a conclusões enganosas. Isso porque os imunizantes foram desenvolvidos a partir de técnicas diferentes e testados em momentos, locais e em populações com nível de exposição ao vírus diferentes. Houve rigor científico em todos os testes e dados que comprovaram segurança e eficácia.

Ainda assim, a variedade de imunizantes disponíveis costuma causar dúvidas sobre aplicação, armazenamento, tecnologia empregada e intervalo entre as doses.

CoronaVac

A vacina do Butantan utiliza a tecnologia de vírus inativado (morto), uma técnica consolidada há anos e amplamente estudada. Ao ser injetado no organismo, esse vírus não é capaz de causar doença, mas induz uma resposta imunológica. Os ensaios clínicos da CoronaVac no Brasil foram realizados exclusivamente com profissionais da saúde, ou seja, pessoas com alta exposição ao vírus.

AstraZeneca

Foi desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a universidade de Oxford. No Brasil, é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A tecnologia empregada é o uso do chamado vetor viral. O adenovírus, que infecta chimpanzés, é manipulado geneticamente para que seja inserido o gene da proteína “Spike” (proteína “S”) do Sars-CoV-2.

Pfizer

O imunizante da farmacêutica Pfizer em parceria com o laboratório BioNTech se baseia na tecnologia de RNA mensageiro, ou mRNA. O RNA mensageiro sintético dá as instruções ao organismo para a produção de proteínas encontradas na superfície do novo coronavírus, que estimulam a resposta do sistema imune.

Janssen

Do grupo Johnson & Johnson, a vacina do laboratório Janssen é aplicada em apenas uma dose, mas ainda não está disponível no Brasil. Assim como o imunizante da Astrazeneca, também se utiliza da tecnologia de vetor viral, baseado em um tipo específico de adenovírus que foi geneticamente modificado para não se replicar em humanos.

CoronaVac Astrazeneca Pfizer Janssen
Tecnologia Vírus inativado Vetor viral RNA mensageiro Vetor viral
Eficácia A eficácia global pode chegar a 62,3% se o intervalo entre as duas doses for igual ou superior a 21 dias. Nos casos que requerem assistência médica a eficácia pode variar entre 83,7% e 100% . 76% após a primeira dose e 81% após a segunda. 95% após a segunda dose 66,9% de eficácia para casos leves e moderados, e 76,7% contra casos graves 14 dias após a aplicação
Intervalo entre doses 14 a 28 dias 12 semanas Até 12 semanas após a primeira dose. Dose única
Armazenamento De 2 a 8ºC De 2 a 8ºC Pode ser armazenada por até cinco dias em temperaturas de 2 a 8°C; entre -25 e -15ºC por até duas semanas e entre -90 e -60ºC após este período. De 2 a 8ºC
Voluntários em ensaios clínicos no Brasil 12,5 mil pessoas 10 mil pessoas 2 mil pessoas 7,5 mil pessoas.
Veja abaixo as diferenças entre as vacinas já aprovadas no país e confira um resumo das principais vacinas disponíveis.

CoronaVac  Astrazeneca       Pfizer       Janssen
Tecnologia Vírus inativado  Vetor viral  RNA mensageiro       Vetor viral
Eficácia A eficácia global pode chegar a 62,3% se o intervalo entre as duas doses for igual ou superior a 21 dias. Nos casos que requerem assistência médica a eficácia pode variar entre 83,7% e 100% . 76% após a primeira dose e 81% após a segunda 95% após a segunda dose 66,9% de eficácia para casos leves e moderados, e 76,7% contra casos graves 14 dias após a aplicação
Intervalo entre doses 14 a 28 dias 12 semanas Até 12 semanas após a primeira dose. Dose única
Armazenamento De 2 a 8ºC De 2 a 8ºC Pode ser armazenada por até cinco dias em temperaturas de 2 a 8°C; entre -25 e -15ºC por até duas semanas e entre -90 e -60ºC após este período De 2 a 8ºC
Voluntários em ensaios clínicos no Brasil 12,5 mil pessoas 10 mil pessoas 2 mil pessoas 7,5 mil pessoas

 

É importante ressaltar que, independentemente da marca, todas as vacinas são efetivas. Afinal, elas passaram por vários ensaios clínicos antes de serem aprovadas, de modo a garantir a segurança das doses e sua capacidade de proteger a população contra a Covid-19.

Por isso, quando chegar a sua vez de se vacinar, é muito importante que você não deixe de fazê-lo, pois quando todos estiverem vacinados, poderemos vencer o vírus. Por isso, fique atento ao calendário de vacinação de sua cidade para saber quando você poderá receber a sua dose e ficar protegido contra a Covid-19.

Além disso, no caso das vacinas que possuem duas doses, é imprescindível que as pessoas voltem para receber a segunda vacina. Isso é necessário porque, sem ela, você ficará menos resguardado contra o coronavírus. E mesmo após a imunização, cuidados como o distanciamento social, uso de máscara e a higienização das mãos ainda devem ser seguidos, pois apesar de o risco de transmissão da doença ser reduzido, ele ainda existe.

 

 

 

Fonte: Butantan, OMS e Fiocruz.

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