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Bolsonaro rosna, mas não morde
Presidente Jair Bolsonaro

“Na noite de ontem, 6, fomos dormir com a sensação de que hoje amanheceríamos com tanques nas ruas, Congresso e STF fechados, veículos de comunicação lacrados, tropas tomando conta das cidades, mas, hoje, no ameaçador Sete de Setembro de Bolsonaro, acordamos com as instituições funcionando e a constatação de que continuamos numa Nação livre, independente e democrática. Bolsonaro ladra, mas não morde. Ele não tem força para dar um golpe como deseja. Não tem apoio das Forças Armadas para uma ruptura institucional, não tem apoio do Congresso, tem a vigilância da Constituição por parte dos ministros do STF e não tem respaldo da sociedade civil. Bolsonaro sabe disso.

Presidente Jair Bolsonaro© Fornecido por IstoÉ Presidente Jair Bolsonaro
Se ele tivesse força política, à esta altura estaria montado em seu cavalo, de espada na mão, adentrando, à la Newton Cruz, a Esplanada dos Ministérios como se fosse um imperador. Mas tudo o que ele quer hoje neste Sete de Setembro é sair numa foto, com multidões em Brasília e na Avenida Paulista, em São Paulo. É até possível que consiga isso, porque ele usou de toda a máquina pública para convocar os incautos brasileiros para tomarem as ruas. Mas, tudo indica, que toda a mobilização não passará de mais uma das suas bravatas. Ele blefou, mais uma vez.

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O ex-capitão pode até conseguir uma foto com milhares de pessoas em São Paulo, mas isso não representará nada. Mesmo que ele consiga levar um milhão de pessoas à avenida Paulista, esse número será insignificante, diante de 220 milhões de brasileiros. Ele precisa saber que a grande maioria da população não o apoia. Basta ver que todos os institutos de pesquisa apontam que ele tem uma rejeição superior a 60%. Ou seja, mais de 130 milhões de brasileiros não querem que ele se reeleja. Não desejam que ele continue a governar o País.

E motivos não faltam. Bolsonaro está destruindo o País, em termos sanitários, educacionais, culturais, ambientais. E, pior, está inviabilizando a economia. Já temos a inflação de volta, desemprego recorde, juros astronômicos, dólar em alta, índices do PIB em queda. Em suma, desempenho econômico esfacelando-se. O próprio presidente do Banco Central já disse que a instabilidade política provocada pelo presidente está sendo responsável pelo descontrole da política monetária. Ou seja, os juros vão continuar subindo. E com juros em alta, não heverá investimentos em novos negócios, em novos projetos que gerem mais empregos. Um círculo vicioso que nos fará amargar novos períiodos de baixo crescimento.

Assim, o Oito, Nove e Dez de Setembro serão tão inseguros quanto este Sete de Setembro governado por Bolsonaro. Se ele não deixar logo o Poder, o Brasil voltará para o fim da fila dos países onde os investidores terão interesse de aplicar seus recursos. Voltaremos a ser uma República de Bananas, mas certamente a maioria dos brasileiros, que não irá participar da foto na Avenida Paulista, não permitirá que isso aconteça. Como ele não será retirado do Poder pelo impeachment por omissão do Centrão, que pelo menos seja rejeitado nas urnas. Essa é a mensagem que este Sete de Setembro mandará para o mundo e não a foto de um novo golpe militar.”

Fonte: ISTOÉ

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