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Apicultura em alta favorece a riqueza social

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Produzi o presente texto no ano de 2006, no entanto permanece atual por demais, face à importância da atividade apícula, sobretudo no que tange ao semiárido nordestino, carente de maiores incentivo no trato com seus recursos originais. Nestes tempos de agora, as matrizes alimentares e as fontes de renda do homem do campo requerem zelo e atenção, além de programas governamentais destinados à sobrevivência das populações que vivem à margem dos meios tecnológicos.

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Assunto que interessa diretamente ao Cariri diz respeito às informações que circularam nos VIII Seminário Nordestino de Pecuária (PecNordeste) e VIII Feira de Produtos e de Serviços Agropecuários que se deram até o dia de ontem, no Centro de Convenções de Fortaleza, com a participação de 3,2 mil produtores, criadores e técnicos do Ceará e de outros Estados.

O principal dado do interesse à Região confirma o rápido crescimento da apicultura cearense no ano de 2003, quando exportou 2.342 toneladas de mel, no valor de US$ 5.642 mil, equivalentes a 12,4% de toda a exportação nacional do produto.

A importância desses dados contempla os esforços do Sebrae na ampliação e incentivo dado ao criatório de abelhas para a produção do que vem sendo considerado, a nível internacional, como dos melhores resultados em termos de qualidade, garantindo, assim, espaço de venda nos países europeus, reconhecidos pela tradição e rigor daquilo que aceita, sobretudo no campo alimentar.

As matas regionais dispõem de flora ideal para a manutenção de sucessivas safras de flores, o que permitem a continuidade do processo de cultivo dos apiários, motivando o incentivo aos empresários que buscam o segmento como nicho mercadológico.

A abertura de novos corredores de exportação enquadra os planos do governo federal através do Sebrae, aliando outras alternativas de geração de emprego e renda ao incentivo da mandiocultura, da ovinocaprinocultura, do artesanato, etc., em um projeto amplo para todos os Estados nordestinos.

O crescimento verificado no âmbito da apicultura, nos últimos anos, confirma, portanto, a vocação da Área de Proteção Ambiental (APA – Araripe), reunindo também outras áreas do Ceará e dos Estados vizinhos, objetivando a real vocação do meio às novas perspectivas de investimentos. O semi-árido nordestino de há muito reclama estudos aprofundados que respondam ao enigma proposto da adequação específica do ambiente à atividade econômica a ele melhor compatível, interrogação que vara os séculos sem conotações precisas e uma clara definição.

Houve época, no decorrer da colonização portuguesa, séculos XVIII e XIX, quando se intensificou a pecuária de corte, nas soltas de gado bovino destinado às charqueadas, em fazendas de carne que iniciaram o povoamento sertanejo, donde seguiam navios e navios carregando a produção com destino a outras capitanias.

Adveio, depois, a fase do algodão, ouro branco de largas promessas e hegemonia de tempos e fortunas, que sofreu brutal interrupção, esvaziando a agricultura interiorana, transformada no limbo dos dias atuais.

Contudo, ventos novos podem soprar a qualquer momento, em face da pesquisa e do desenvolvimento tecnológicos, onde os meios se oferecerão benfazejos ao homem, dando-lhe o real sentido de circunscrever o progresso e favorecer a riqueza social.

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