O dia 28 de junho é comemorado o dia do orgulho LGBTIQ+, o nosso país, em pleno século XXI, deparou-se com ataques homofóbicos por parte do presidente da República e do jornalista da rede TV, SIKEIRA JUNIOR, afirmando que os homossexuais eram uma “raça desgraçada”.
O avanço e o desafio do movimento LGBTIQ+ ainda continua na trincheira por uma sociedade mais igualitária, em contraponto com tanto preconceito disparado nesse país, ultimamente mais evidente pela eleição de um presidente de extrema direita, cujo discurso de ódio foi o carro chefe para sua eleição.
Em contraponto a esse preconceito o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, assumiu-se gay, já a governadora do RN, deixou a entender que supostamente é também lésbica, as eleições de 2020 representaram um marco histórico em diversidade e representatividade nas câmaras municipais pelo Brasil com o aumento de 275%, o número de candidatos a vereador travestis e transexuais eleitos passou de 8, em 2016, para 30, segundo a ANTRA (associação nacional de travestis e transexuais).
Em São Paulo, a mulher com maior número de votos nestas eleições foi Erika Hilton (PSOL), que conquistou 50.700 eleitores na capital paulista, e será a primeira mulher trans da câmara da cidade, também na capital paulista, Thammy Miranda (PL) é o primeiro homem trans eleito vereador. Com 43.321 votos, ele foi o 9º mais votado na cidade.
Na Paraíba, temos na Assembleia Legislativa, uma deputada Estadual, Estela Bezerra (PSB), assumidamente lésbica, onde sua atuação não é limitada às causas LGBT, como também as raciais, as feministas, meio ambiente e os serviços sociais, em uma verdadeira luta a favor das minorias e das desigualdades.
A luta por representação não passa só por aí, hoje temos os conselhos de educação e saúde dos municípios sem nenhuma representação da classe LGBT, quando nós sabemos que é na educação que está o nascedouro de combate ao preconceito, abraçando a sexualidade com educação sexual em todos os níveis.
As empresas e os governos devem está atentos a inclusão e o combate ao preconceito ao contratar LGBTQI+, hoje, essas pessoas possivelmente não terão espaços se não forem por representatividade popular ou concursos públicos, que nesse caso, se torna mais difícil ainda, devido à falta de oportunidade de estudo, que só pode ser combatido com uma educação de ensino de qualidade.
A luta é urgente no Brasil, considerado um dos países que mais discrimina e mata LGBTs no mundo, a expectativa de vida de uma pessoa TRANS é de 35 anos, os dados mostram que das 237 pessoas que morreram em 2020, 161 eram travestis e trans (70%), 51 eram gays (22%), 10 eram lésbicas (5%), 3 eram homens trans (1%), 3 eram bissexuais (1%) e 2 eram heterossexuais que foram confundidos com gays (0,4%).