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Olimpíadas 2021:Igualdade e respeito em Tóquio

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Os Jogos de Tóquio deverão ser lembrados na história olímpica como um marco na luta por igualdade, respeito às diversidades e abertura às manifestações sociais e políticas dos atletas. 

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A começar pela igualdade de gênero, os jogos olímpicos foram considerados a maior igualdade de gênero na história da competição, com 48,8% de participação feminina entre os quase 11 mil atletas. Na cerimônia de abertura, permitindo que a partir de agora os Comitês Olímpicos Nacionais indiquem uma mulher e um homem para carregarem juntas as bandeiras nacionais do evento.

Entre os atletas brasileiros no Japão, a principal expoente desse novo momento do movimento olímpico de igualdade de gênero é a atacante Marta, seis vezes escolhida a melhor do mundo. Homossexual declarada, a jogadora usará nos Jogos uma chuteira com a marca da campanha “Go equal”, que pede equiparação salarial entre mulheres e homens, num movimento forte nos EUA, sem falar do fenômeno do voleibol, Douglas Souza, cujo sucesso se deu a partir das animadas performances que o atleta do EMS Taubaté Funvic postou em seu perfil no aplicativo Instagram. Entre os vídeos que mais viralizaram está o que ele samba em cima da cama de papel da vila Olímpica, para testá-la; o que ele desfila na quadra, como se estivesse em uma passarela; e a dublagem da cantora Pabblo Vittar em “Zap Zum”.

“Eu sou a prova viva de que um LGBT pode jogar em alto nível como um hétero, sem problema nenhum. A gente precisa levantar essa bandeira em busca de igualdade. Acho extremamente importante a gente estar aqui em competições internacionais, desse tamanho, desse nível, porque somos pessoas iguais a todos. Não queremos ser melhores do que ninguém. Queremos apenas direitos iguais e sermos tratados da melhor maneira possível, assim como todo mundo.” diz o ponteiro da seleção masculina de vôlei Douglas Souza.

Ainda no campo da diversidade, temos a halterofilista Laurel Hubbard, da Nova Zelândia, a primeira atleta transgênero a competir numa Olimpíada. 

Na esteira de movimentos como o “Black Lives Matter” (Vidas Negras Importam), o COI também deixou mais brandas as suas regras e a partir de Tóquio passará a admitir protestos nas entrevistas, redes sociais e nos recintos das competições, durante ou antes do início das provas. Mas a entidade alerta que os atletas precisam respeitar os protocolos das cerimônias de abertura e encerramento e também o momento de premiação no pódio sob o risco de serem punidos.

Por fim, a decisão das ginastas alemãs de usar trajes cobrindo o corpo inteiro para combater a sexualização da mulher no esporte é um ato incrível baseado num princípio irrefutável: a liberdade de escolha, ainda mais num quesito que não tem a ver com a performance da modalidade em si.

A diversidade incomoda os dogmáticos. Um dos melhores lemas inventados até hoje é viva e deixe viver

Avançamos, falta muito ainda!

 

 

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