Os Jogos de Tóquio deverão ser lembrados na história olímpica como um marco na luta por igualdade, respeito às diversidades e abertura às manifestações sociais e políticas dos atletas.
A começar pela igualdade de gênero, os jogos olímpicos foram considerados a maior igualdade de gênero na história da competição, com 48,8% de participação feminina entre os quase 11 mil atletas. Na cerimônia de abertura, permitindo que a partir de agora os Comitês Olímpicos Nacionais indiquem uma mulher e um homem para carregarem juntas as bandeiras nacionais do evento.
“Eu sou a prova viva de que um LGBT pode jogar em alto nível como um hétero, sem problema nenhum. A gente precisa levantar essa bandeira em busca de igualdade. Acho extremamente importante a gente estar aqui em competições internacionais, desse tamanho, desse nível, porque somos pessoas iguais a todos. Não queremos ser melhores do que ninguém. Queremos apenas direitos iguais e sermos tratados da melhor maneira possível, assim como todo mundo.” diz o ponteiro da seleção masculina de vôlei Douglas Souza.
Ainda no campo da diversidade, temos a halterofilista Laurel Hubbard, da Nova Zelândia, a primeira atleta transgênero a competir numa Olimpíada.
Na esteira de movimentos como o “Black Lives Matter” (Vidas Negras Importam), o COI também deixou mais brandas as suas regras e a partir de Tóquio passará a admitir protestos nas entrevistas, redes sociais e nos recintos das competições, durante ou antes do início das provas. Mas a entidade alerta que os atletas precisam respeitar os protocolos das cerimônias de abertura e encerramento e também o momento de premiação no pódio sob o risco de serem punidos.
A diversidade incomoda os dogmáticos. Um dos melhores lemas inventados até hoje é viva e deixe viver
Avançamos, falta muito ainda!