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Tristeza e Depressão II: na ótica dos sentimentos

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Iniciamos o artigo anterior introduzindo algumas questões ligadas à tristeza e à depressão. Hoje nos aprofundaremos um pouco mais a respeito da Depressão, tanto como patologia bem como em seu aspecto espiritual. Entretanto se faz necessário, para aqueles que não conhecem a doutrina espírita, trazer um pouco desse conhecimento que nos explica a respeito dessa doença do ponto de vista da espiritualidade. Acredito que esse conhecimento pode ser de grande importância, sem a menor intenção proselitista, para qualquer família que esteja vivenciando esse problema. Essas informações podem ser de grande ajuda para o tratamento do depressivo bem como para aqueles que convivem com o paciente.

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Do ponto de vista clinico, vou recorrer novamente ao Psicólogo Reikdal, para, através de seus estudos sobre a depressão, enriquecer de forma precisa e segura as informações sobre essa importante enfermidade tão comum nos dias atuais, e que pode, como disse anteriormente, nos conduzir a caminhos sem volta.

Sabe-se que o diagnóstico da depressão, como de outros transtornos mentais, é complexo, mas algumas características são bem claras, principalmente no adulto. Por exemplo, a queda do humor e desinteresse pelo prazer, alteração de apetite, ou peso, sono e atividades corporais, diminuição da energia, sentimento de autodesprezo ou culpa. Já em crianças e adolescentes, o principal sintoma é o humor irritável em vez de triste. No caso de crianças e adolescentes, um grande alerta para amigos e pais deve ser ascendido quando se observar pensamentos recorrentes sobre a morte ou ideia suicida, e até mesmo planos ou tentativas de suicídio. Os sintomas, tanto para crianças como para adultos, podem persistir na maior parte do dia, todos os dias e por pelo menos duas semanas.

Assim como em outros temas difíceis de serem tratados aos quais já me referi anteriormente, a depressão, principalmente por envolver questões relacionadas ao suicídio, um grande tabu em nossa sociedade, precisa ser abordada, com responsabilidade sem dúvida, mas ainda assim abordada.
Aqueles que convivem com adolescentes, principalmente, sabe a que me refiro. O suicídio, ou a tentativa dele, em jovens e adolescentes é alarmante e assustadora, mas por ser um tema tão delicado prefere-se não falar, discutir e informar. Acredito que que se fossemos mais bem informados dos sintomas da depressão e saber identificar em nossos amigos e parentes poderíamos ser mais uteis, e quem sabe, salvar mais vidas.

Este espaço tem por objetivo informar e dar algum direcionamento, a título de despertar para a problemática abordada. Por isso, neste caso, vou me aprofundar um pouco mais, lembrando que as informações aqui colocadas, são de profissionais da área a quem recorro para não cometer erros, ou falar daquilo que não domino. Assim, vamos falar das fases da depressão: Ela pode ser leve, quando o paciente apresenta parte dos sintoma, mas consegue realizar suas funções, já sofrendo com a presença deles; Moderado, já apresenta mais sintomas, tendo o paciente mais dificuldades para desempenhar suas funções; Grave sem sintomas psicóticos , nesta fase do episódio depressivo, o paciente apresenta sintomas marcantes e angustiantes, principalmente a perda da autoestima e ideias de culpa. É nesta fase que as ideias e atos de suicídio são observados. Ainda tem a fase grave com sintomas psicóticos, esta fase é acompanhada por alucinações, ideias delirantes, lentidão psicomotora ou de estupor de uma gravidade tal que todas a atividades sociais normais, tornam-se impossíveis; existe o risco de morte por suicídio, desidratação ou desnutrição.

Mas quais são a causas da depressão?
A Ciência afirma que a depressão é transtorno grave e de complexo diagnóstico, não apenas pelo grande número de pessoas enfermas que vivem a destruição, do ponto de vista emocional ou literal, de suas vidas, mas principalmente devido à imprecisão de sua causa. É nesta imprecisão e na ineficácia, em muitos casos, da medicação e tratamento, que chamo atenção para o olhar para Medicina Espiritual, pois em muitos dos distúrbios psíquicos nenhum medicamento, ou qualquer outra forma de terapia conhecida pela Ciência Médica, pode alcançar a cura completa. Sabemos que a abordagem ideal seria que ao iniciarem os sintomas já anteriormente descritos, ainda na fase inicial, fosse procurada, além da assistência medica convencional, a terapia oferecida em uma casa espírita. Enquanto as escolas médicas ensinarem que a vida de um ser humano é sinônimo de vida de um corpo humano, que se inicia quando um espermatozoide fecunda um óvulo e cessa com a fim das batidas do coração, existirá a dificuldade da cura plena. Se não aceitarmos a preexistência da personalidade antes da concepção nem sua sobrevivência após a morte do corpo físico, como tratar adequadamente uma enfermidade que pode ter suas origens em vidas passadas e ser profundamente influenciada e perpetuada ainda que após constatado o óbito de seus aparelhos orgânicos?

Enquanto a psiquiatria não reconhecer a existência de um espirito eterno, permanecerá na superfície dos efeitos, impedida de mergulhar nas causas. Muitas pessoas desenvolvem distúrbios após longo período de vida absolutamente normal, sem traumas físicos, doenças preexistentes ou distúrbios familiares que justificam a mudança de personalidade. Por maiores que sejam os esforços em busca de causas internas ou mentais que tornem compreensíveis as doenças psíquicas, vão se tornando cada vez mais evidentes a existência de fatores extrínsecos ao paciente como os principais causadores dos desequilíbrios.

Joanna de Angelis nos revela que os casos se agravam quando o indivíduo atinge uma idade aproximada de 35 a 40 anos – momento em que as pessoas podem ser tomadas por uma sensação de fracasso. São tomadas, então, por sentimento de impotência, que muitas vezes foi originado em agressões ou rejeições infantis por parte dos pais, criando uma negação, do corpo, ao prazer e a si mesmo.

O sentimento de culpa pode aparecer neste contexto, e a Autora Espiritual conclui: “A depressão é uma doença da alma, que se sente culpada, e, não poucas vezes carrega esse sentimento no inconsciente, em decorrência de comportamentos infelizes praticados na esteira das reencarnações, devendo, em consequência, ser tratantada no cerne da sua origem.”

Além dos caminhos mostrados, a busca pela vivência numa relação intima com o divino, o sagrado, que nos conecta à patamares superiores de pensamentos e energias se faz necessário para se compreender nossos desígnios, aceitando que acima de nossa vontade existe uma superior, que é soberanamente justa e boa. Com seus atributos de bondade e de justiça, nos é dada sempre a oportunidade de revermos nossas ações e, através da prática da caridade, amenizar os nossos males. É na vivencia com o sofrimento e na ajuda ao próximo que encontramos muitos dos medicamentos necessários às nossas doenças.

Concluo esse artigo trazendo a contribuição Emmanuel, Mentor Espiritual de Chico Xavier dizendo: A influência dos Espíritos é ocorrência comum, garantida pelos os princípios da sintonia mental, pois “é no mundo mental que se processa a gênese de todos os trabalhos da comunhão de espirito a espirito”. Entretanto, antes de ser estabelecida a sintonia entre duas mentes, ocorre os processos de afinidade intelectual ou moral, ou ambas, pois “o homem permanece envolto em largo oceano de pensamentos, nutrindo-se de substância mental, em grande proporção. Toda criatura absorve, sem perceber, a influência alheia nos recursos imponderáveis que lhe equilibram a existência. A mente, em qualquer plano, emite e recebe, dá e recolhe, renovando-se constantemente para o alto destino que lhe compete atingir. Estamos assimilando correntes mentais, de maneira permanente. De modo imperceptível, “ingerimos pensamentos” a cada instante, projetando, em torno de nossa individualidade, as forças que acalentamos em nós mesmos.(*)

 

 

Obras consultadas:

1. Reikdal, Marlon: Cultivo das Emoções: um caminho para a transformação moral; 1.Ed, Santo André, SP : EBM Editora, 2015.

2. Frutuoso, Paulo Cesar : A Face Oculta da Medicina 2.ed.By Educandário Social Lar Frei Luiz, 2015.

(*) https://www.febnet.org.br/blog/geral/colunistas/os-espiritos-influenciam-os-nossos-pensamentos-e-atos/

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