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Uma Reflexão sob a Ótica dos Sentimentos – III – O MEDO

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Retomando nossa série, hoje, trazendo um estudo de caso que faz parte de nosso livro Cirurgias Espirituais como Prática Terapêutica publicado em 2014. Não está sendo transcrito todo estudo, mas a parte que nos faz compreender concretamente, o resultado do sentimento de Medo, assunto do qual trazemos para nossa reflexão.

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Sabemos que, no Universo, tudo caminha para a unidade, mas ainda vivemos na polaridade. Há sombra e luz; preto e branco; bem e mal; feminino e masculino; positivo e negativo. Os chineses, observando a polaridade do mundo, desenvolveram a teoria do Tao: o yin e o yang, que não são apenas conceitos da medicina chinesa, são classificações adotadas pela ciência oriental para identificar as duas polaridades das correntes elétricas. Feminino e masculino, por exemplo, classificam a polaridade da sexualidade humana. Não podemos negar que os aspectos duais do ser estão associado à questão energética.

Se faz necessário compreender esses aspectos da vida para que possamos obter uma visão mais clara dos comportamentos e das atitudes do ser humano. O espírito vivencia ao longo de suas existências, de suas reencarnações, experiências das mais diversas, e absorve, dessas, padrões vibratórios, adquirindo hábitos que marcam seu psiquismo, que é o campo eletromagnético que envolve o ser humano. Esses conteúdos passam a ser classificados como positivos ou negativos obedecendo a certas particularidades desta polaridade.

Importa, ainda, sabermos que os fatores positivos e negativos não estão necessariamente associados aos conceitos de moralidade e, por isso, nada têm a ver com o bem ou o mal realizado pelo indivíduo. Uma experiência poderá ser classificada de negativa sem, por isso, representar um coisa ruim, ou vice-versa. O conteúdo energético, ou fator emocional, é que é negativo, feminino, Yin, sem ser identificado com o mal, apenas assim classificado como um polo energético em uma bateria ou corrente elétrica. Neste sentido, o negativo está associado à passividade, portanto, são fatores negativos o sentimento, a emoção, a experiência de meditação ou a sensibilidade extrema. Já os fatores positivos, masculino, yang, podem ser identificados na razão, na irritabilidade, na capacidade de tomar decisões, na clareza mental ou nas relações comerciais.

Dito isso, vamos  nos aprofundar um pouco neste sentimento considerado  “o Gigante Negro”,  o Medo é uma emoção demasiadamente complexa, integrada pela combinação de vários processos que nos acompanham por toda evolução biológica. É, ainda, o mais antigo de nossos inimigos, é também o mais astuto e capaz de se mascarar. É a primeira emoção em termos de desenvolvimento humano, uma energia de preservação, absolutamente necessária à nossa sobrevivência. Em suas várias facetas pode produzir benefícios e prejuízos, conforme as circunstancias e a forma como nos relacionamos com ele. Se comparássemos às estações do ano, seria o inverno, por ser um estado de esfriamento, de fechamento e paralização.

Apresento um dos casos estudados em nossa dissertação de Mestrado, conforme dito anteriormente.  Não irei adentrar em detalhes no tratamento espiritual oferecido pela Casa Espirita, mas o caso e suas consequências. 

À paciente, portadora da enfermidade, demos o pseudônimo de Margarida. É médica, e quando necessário, fazia seus tratamentos utilizando medicação homeopática, fitoterápica e acupuntura.  Apresentava dores lombares e constantes cálculos renais. Apesar de sua incredulidade, procurou um tratamento espiritual, pois segundo a mesma, os cálculos eram retirados, mas retornavam, ocasionando sempre as idênticas queixas.

Preciso explicar que os casos estudados foram todos analisados com exames pré e pós tratamento, e o Médico Espiritual, através do Médium (Pessoa que intermedia a fala do Médico), explica a causa espiritual dos casos estudados. No caso de Margarida, o médico espiritual nos fez o seguinte relato: A formação dos cálculos se dá pelo ácido úrico que se transforma em cristais. A cristalização ocorre em função dos pensamentos “infelizes”, que contribuem para a desorganização mental. O Homem não percebe que a acidez adentra o corpo físico não só pela alimentação, mas também pelos pensamentos e pelo sentimento de medo, considerada a polaridade negativa. Diz ainda: O amor é polaridade positiva, então, quando não estados no amor, estamos no medo. Neste caso, na formação dos cálculos, o pensamento do medo vai gerar um excesso de produção de ureia. Na corrente sanguínea, trará consequências aos rins, para o baço, e para todos os órgãos que têm a função de filtro”.

A situação encontrada no corpo biológico de Margarida é resultante da proliferação de pensamentos de medo, alimentados continuamente em diversas situações, promovendo estímulos desestruturantes no seu corpo espiritual que, no caso específico, reflete no corpo físico com a produção excessiva de ureia, trazendo efeitos sobre vários órgãos e, em especial, aos seus rins, que têm a tarefa de eliminar aquela substancia. Nota-se que o excessivo sentimento de medo promove uma sobrecarga no organismo que passa a produzir uma quantidade excessiva de ureia, que, nos rins, causa contrações e relaxamentos desordenados, além das reações químicas de cristalização de sais.

A doença, em muitos casos, alerta para a necessidade de nosso corpo mudar de direção. Reencontramos, aí, uma visão bem antiga de que as doenças são como mensagens que enviamos a nós mesmos, para que possamos nos curar. São alertas para que paremos e nos analisemos.

Sem o medo não teríamos sobrevivido enquanto civilização, mas também não sobreviveríamos se tivéssemos nos deixado ser dominados por ele. Para o Psicólogo Marlon Reikdal, na perspectiva das emoções, o medo tem relação simbológica com a coroa-de-cristo que é um arbusto com longos ramos e com muitos espinhos, muito utilizada como cerca viva, por manter, assim como o medo, pessoas e situações a certa distância, gerando de certa forma, um estado de proteção. Mas, assim como a planta, se cultivado adequadamente, o medo pode ofertar pequenas flores de cores vibrantes, é ser extremamente útil.

Obras consultadas:

1. Reikdal, Marlon. Cultivo das Emoções: um caminho para a transformação moral. 1ª edição. Santo André – São Paulo: EBM editora, 2015.

2. Gleber, Joseph. Além da Matéria/pelo Espirito. Psicografia de Robson Pinheiro. Contagem: Casa dos Espíritos, 2003.

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