Quem sabe não seja Fausto Nilo o anjo safado, o chato do querubim que nasceu em Quixeramobim e foi predestinado a misturar arquitetura com pão e poesia nos traços do seu pincel de arquiteto e na magia das letras de suas canções.
Contemplando o azul de Jezebel no céu de Calcutá, o arquiteto imaginou e traçou as linhas retas do Centro Cultural Dragão do Mar na capital cearense, e quando fevereiro chegou à chama continuou e libertou seu coração do folião ao som da marcha lenta, saindo no bloco do prazer que fazia sucesso na multidão daquela época, e acabou balançando o chão da Praça do Ferreira, traçando o desenho para restaurar a nova velha praça. Porque bela é uma cidade velha e na velocidade que leva o olhar ele viu as três graças do Brasil nos corações democratas das meninas brasileiras que tem a cor da formosura.
É na qualidade das paixões de quem procura a caravana do deserto que atravessa o coração e vai de Hollywood até os sete mares do sertão; estranho como a primeira Coca-Cola, porque nunca se desvenda um coração assim de maneira original, nos delírios do sonho impossível, no metal dos insensíveis e na chama de amor que queima a voz do cantor, revelando ao compositor que nesse momento tudo é real.
Descobriu que a felicidade é uma cidade pequenina, uma casinha, uma colina iluminados pelo amor. E que a vida é uma grande oficina que faz menino ou menina, faz coisas concretas como edifício pra gente morar e maracá pra a criança acalentar. Nesse espaço tudo passa pelos desejos, de dar um beijo em teu sorriso e entrar no paraíso através dos braços da mulher amada, momento onde o amor se completa: quando a fábrica apitar.
Numa paisagem entre o real e a fantasia entre o desejo que distrai o teu olhar, na beleza que só finda, quando a fala e a tua boca numa palavra mais louca explode na tua vontade escondida em meu olhar. Porque felicidade é a chama que continua no ar, fazendo a noite parecer um dia pintado pelo sol nascente, esconde a doçura da tamarindo entre a fruta e o caroço sem ninguém policiar.
Em parceria com Dodô e Osmar viu a lua no mar e uma canoa passear, percebeu que a vida é boa passando no real que há. Na mágica boa o sonho vai, e de repente o coração estava na mão, essa é a parte quente que faz a vida variar. Pede paz, pede luz pra canoa não virar e como criança que vai viajar, acorda cedo e ver que o oriente nasce em seu quintal, como uma fantasia que faz delirar, ver que é nesse país que nasce o carnaval, e o sol mais quente brilha muito mais pra ver Tarzan dormindo no canavial. É uma doidice que essa dança dá embalada pelo trio de Dodô e Osmar.
Foi traçando as linhas lógicas para planejar desenhos sólidos que Fausto Nilo acabou traçando suas letras mágicas e ingressou no mundo flácido dos sentimentos humanos para revelar os segredos da alma e os doces mistérios da vida, indo ao centro do que não se vê, mas se lê no vento e nas entrelinhas do universo da vida e das canções.
Bravo Cristina! Com maestria e em forma de poema você apresenta as qualidades do nosso artista Fausto Nilo que reune muito bem os dons de arquiteto e compositor
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