Levando em consideração inúmeras dúvidas que surgem quando falamos em palestras ou em conversas informais a respeito dos sentimentos e suas consequências em nossa saúde, e contanto com esse generoso espaço, resolvemos publicar uma série de artigos que exploram as consequências de nossos sentimentos em nossos corpos físico e espiritual.
Há algumas décadas, para a Organização Mundial da Saúde, conceitualmente, para se ter saúde bastava não ter doença. Posteriormente, foram igualmente reconhecidos como causa das doenças os aspectos físicos ou biológicos e sociais. Dessa forma, a saúde passeou de um simples estado de ausência de doença, para ser entendida como sendo um estado de bem-estar físico, mental e social, (Couras, 2014) . Dessa forma, a saúde passou a ser um processo de cidadania. Todos os cidadãos a ela têm direito, mas são igualmente responsáveis pela sua manutenção. A saúde, dentro desse enfoque, ocorre e é consequência de ações realizadas em toda sociedade, não estando eximes o Estado, os médicos e outros profissionais de saúde.
Desde a Assembleia Mundial de Saúde de 1983, passou-se a incluir uma dimensão “não material” ou “espiritual” à saúde, chegando-se à proposta para modificar o conceito clássico de “saúde” da OMS. A partir de então, iniciaram-se os estudos que vêm demonstrando a influência da espiritualidade na saúde física mental e social. Espiritualidade compreendida como um modo de ser decorrente de uma profunda experiência da realidade, chamada de experiência mística, religiosa ou espiritual.
De acordo com o que observa a ciência, o modo como vivemos, onde vivemos, como e quando nos alimentamos, se temos trabalho, se temos lazer, são exemplos do que interfere em nossas emoções que, por sua vez, interferem em nossa saúde ou doença. Obviamente, estou considerando o homem como um ser integral: corpo e espírito.
Não podemos deixar de trazer a um público, digamos, não religioso, algumas informações do mundo espiritual que nos ajudam a compreender nosso processo de adoecimento. São incansáveis os médicos que trabalham na função de nos mostrar para além do conhecimento da medicina terrena. Dr. Joseph Gleber nos lembra que a Doença se expressa quando a rebeldia decorrente da insegurança intima, por sua vez consequência do afastamento do Criador, determina a negação do deus interno, abrindo campo para que os elementos deteriorados da cultura do mundo predominem sobre a intuição, o sentimento e a inteligência comprometida com o bem, elementos divinos presentes em todo ser. Influência do mundo exterior em nosso interior
Nesta nossa abordagem, falaremos um pouco das enfermidades que envolvem a nossa pele, o maior órgão do corpo humano. Cumpre enormes funções: a) separação e proteção; b) Toque e Contato; c) Expressão e manifestação; d) sexualidade; e) Eliminação (suor) f) Regulação de nossa temperatura.
1. Que dizem as rachaduras na Pele?
Quando a pele racha, algo precisa sair de nós. Na puberdade por exemplo, a acne aparece exatamente a época que nossa sexualidade tenta se afirmar, no entanto, como diz nossos autores “ ao mesmo tempo, a sua maior parte é reprimida, com ansiedade, na própria tentativa de expressa-la. A acne é um tipo de autodefesa, pois ela dificulta os contatos e impede a sexualidade. Surge aí um círculo vicioso: a sexualidade não exercida se manifesta como acne cutânea, a acne impede o sexo. O Desejo reprimido se transforma em feridas na pele. A ligação intima entre sexo e acne torna-se obvia se considerarmos o local onde ela aparece. Se manifesta exclusivamente no rosto, e no caso das meninas, também no colo. Se surgisse em outras partes da pele se tornariam ilesa, visto que nestes locais a acne não cumpria o seu objetivo. A vergonha da própria sexualidade se transfere para a vergonha que o jovem sente das espinhas.
Falamos da acne, mas qualquer erupção cutânea demonstra que alguma coisa está reprimida, impedida de se manifestar. As doenças que se apresentam na infância, como o sarampo, catapora ou rubéola, se manifestam na pele. Com cada doença infantil algo novo está surgindo na vida da criança, mas se observadas, no geral as doenças infantis provocam avanços em seu desenvolvimento.
Outras questões que a pele na “fala”, os bebês que não são tocados por suas mães, ou que são emocionalmente negligenciados, reagem apresentando assaduras (brotoejas).O eczema é muitas vezes usados pelas mães, para justificarem sua antipatia interior pela criança. Na maioria dos casos se trata de mães muito “estéticas” que dão grande ênfase a limpeza da pele.
Ainda vamos falar da psoríase, chamada ainda de “descamação”. Ela se manifesta por meio de discos ou fatias bem contornadas de tecido inflamado, coberto com escamas de cor branco-prateada. A camada calosa externa da pele é bastante desproporcional, a ponto de nos lembrar a formação de um couraça (Comparar com a carapaça dura de certos animais. A função é de proteger a pele transmutada em função de sua armadura: a pessoa estipula limites em todas as direções e não deixa entrar nem sair nada. Lembremos que por trás de toda forma de defesa existe o medo de ser ferido. Quanto maior nossa defesa e quanto mais grossa for a nossa armadura, tantas maiores são nossos medos de sofrer algum dano.
Por último, nesta pequena reflexão observamos como nossos sentimentos, muitas vezes escondidos em nosso interior, que nos recusamos, consciente ou inconscientemente, a reconhecer e acessarmos são maneiras que nosso corpo, através de queixas/sintomas, grita por ajuda, e não podemos nos escusar de buscar ajuda de um profissional. Não me refiro, nestes casos, a um dermatologista, mas a alguém que nos ajude a fazer essa viagem na profundeza de nossa alma. Vamos encontrar, talvez, a necessidade da viagem ser estendida até a existências anteriores.
Muito esclarecedor!
Hoje muitos médicos admitem que as doenças são psicossomáticas. Inúmeros depoímentos de pessoas que se curaram de cancer na cadeira de analistas. Quando a alma adoece o corpo responde. É preciso muito equilíbrio e muita compreensão. Eu sofro de muitas doenças da alma. Grata pelo esclarecimento. Deus nos abençoe.
Muito bom o texto. Concordo que muitas doenças têm como causa as feridas da alma
Excelente artigo, esclarecedor! Unindo ciência e espiritualidade.
Somos um espírito habitando um corpo, vivemos em duas dimensões espiritual e material, quando não atentamos para o espírito e satisfazemos apenas a nossa parte material,o espírito sofre e reflete no físico seu sofrimento. Que bom que hoje em dia, já encontramos médicos atentos a questão psíquica e espiritual,médicos mais humanizados.
Excelente texto e tema atual,que a cada dia ganha mais adeptos, atentos as dores da alma.