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Porque o programa vacinal do governo não funciona!

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Estamos no epicentro de uma crise sanitária sem antecedentes, de extensão mundial,  que afetou inclusive o Brasil, onde as políticas públicas de enfrentamento inexistem  e   o improviso tem se revelado um desastre.

É cansativo repetir que, para o controle eficaz de qualquer pandemia, duas providências são de fundamental importância para o controle e a contenção. 

A primeira delas nos ensina que o isolamento é necessário pois, evitando a aglomeração,  promove  a  quebra da corrente de contágio, evitando a transmissão,  minimizando a propagação  e  o alastramento da  doença.

Na outra ponta um massivo e sustentado programa, que objetive perseguir a imunidade e o controle sanitário  da doença.

Países como o Brasil, que dispõe de um eficiente serviço de prestação de saúde através do SUS, sem favor nenhum,  um dos melhores sistemas de saúde pública do mundo, leva  grande vantagem sobre os demais, como por exemplo os Estados Unidos que não  tem sistema de saúde pública, embora seja considerado um país de primeiro mundo, e que por isso  ocupa  o primeiro  lugar no ranking  mundial macabro de mortes em consequência  do  covid 19. 

Nos números que se seguem, você perceberá que o segundo país mais populoso do planeta terra, no caso a Índia, com mais de 1,3 bilhões de pessoas e condições sanitárias frágeis, está posicionado em terceiro lugar,  atrás do Brasil, no mesmo  ranking macabro do covid 19..

Convenhamos que isso não ocorre espontaneamente e com certeza deve ter por trás,  um elenco de políticas públicas de enfrentamento da pandemia, muito mais eficientes do que as nossas. os números da tabela abaixo foram coletados no dia 09/04/2021 e são passiveis de atualização.

A campanha vacinal no Brasil que se desenvolve a duras penas, teve um vicio de origem que vem permeando as ações do governo federal, responsável maior pela prestação dos serviços de saúde, com obrigação intransferível e indeclinável de  definir políticas públicas a serem implementadas solidariamente com os estados e municípios, provendo  os recursos necessários  para a prestação. É isso que preconiza  o pacto federativo que pode dispor da estrutura do SUS  sob  o comando  do ministério da saúde, para cumprir  a obrigatoriedade constitucional da prestação. 

Desde o principio do seu governo e especialmente com o desenrolar da crise sanitária, o próprio presidente da república que por força da constituição brasileira é também chefe de estado, tem tido um posicionamento  equivocado,  inadequado e histriônico, relativizando  a magnitude  da doença e as  sequelas dela decorrentes.

A geração de conflitos os mais diversos, inclusive com os governadores de estado e alguns prefeitos municipais, em total desrespeito ao pacto federativo, tem provocado a desarmonia administrativa que pulveriza ao invés de concentrar ações, numa prática  profundamente  prejudicial  ao povo.

No seu desvario e utilizando uma prática  que alguns religiosos vendem como  cristã, passou a rezar a oração de São Francisco de Assis,  de forma inversa que seria mais ou menos assim:

  “Onde houver amor, que eu leve o ódio.

    Onde houver o perdão, que eu leve a ofensa.

   Onde houver a união, que eu leve a discórdia.

   Onde houver fé, que eu leve a dúvida.

   Onde houver a verdade, que eu leve o erro.

   Onde houver esperança, que eu leve o desespero.

   Onde houver a alegria, que eu leve a tristeza. 

   Onde houver luz,  que eu leve as trevas.”

Toda essa falta de planejamento,  toda essa  desorganização, todo esse descontrole,  toda essa desarmonia incontida foi provocada pelo próprio presidente da república, que pessoalmente e de viva voz, passou a relativizar a doença a dar sucessivas declarações estapafúrdias, a desafiar a ciência,  a apresentar  tratamento precoce como panaceia “prescrevendo” tratamento alternativo à base de medicamentos impróprios e  a desrespeitar os protocolos de ações preventivas, intentadas por estados e municípios.

A dificuldade de certificação das vacinas fabricadas pelo Instituto Butantã e a FIOCRUZ, duas instituições nacionais de capacidade inquestionável, provadas no desenvolvimento da pesquisa cientifica  de fármacos, alem da postergação têm sido objeto de chacota, num flagrante desrespeito aos profissionais  envolvidos.

Além de toda essa humilhante zombaria, foram  submetidos  ao excesso de zelo de órgãos do próprio governo no tocante ao processo de fabricação, aos trâmites  na importação da própria vacina,  de  respiradores e até mesmo o  retardo na  aquisição do Insumo Farmacêutico Ativo – IFA, obrigatoriamente  usado na fabricação nacional da vacina.

A propósito dessa questão de importação de produtos de pouca exigência tecnológica, revela-se mais uma fragilidade  do governo Bolsonaro, decorrente da falta de planejamento  nas ações de  governo,  pois,  produtos com um processo de fabricação  pouco exigente em tecnologia como já dissemos poderiam ser perfeitamente fabricados no Brasil, não  fosse o estrangulamento financeiro imposto às universidades e a instituições estimuladoras das pesquisas tecnológicas, como CNPQ  e CAPES, tema abordado com muita propriedade por  Jancerlan Rocha, no seu artigo de sábado, dia 10/04/2020.

A cantilena oficial  através  de justificativas rotas  e esfarrapadas, tem sido a  falta de recursos, para justificar a  liberação de  migalhas extraídas à fórceps através da  pressão popular e mesmo assim com o contingenciamento do FUNDEB, do Bolsa Família e da Previdência. Para entender  melhor  a alegada falta de recursos, convido você a ler com atenção o nosso artigo do dia 05/03/2021 sob o título, Afinal Temos Orçamento,  

Não há indicativo de descaso e  falta de compromisso mais evidente  do que a troca de três ministros da saúde em dois anos e três meses de governo. O paraibano Marcelo Queiroga, por enquanto  é  o quarto ministro da saúde.

À duras penas os estados começaram a adquirir a vacina com recursos próprios, tendo de vencer o mau humor, o destempero verbal e a opinião em contrário dos órgãos do governo federal aparelhados pelo presidente da república para  colocar  toda sorte de empecilho.

O processo de aquisição prossegue  à conta gotas no âmbito  dos estados e algum aporte do governo federal sob   com ameaças diárias de paralisação. O desespero da população tem provocado tumultos e brigas nas filas quilométricas do tamanho do desespero.

A vacinação prossegue a duras penas e  de forma claudicante e ate o presente foram vacinadas (até o dia 03/04/2021), apenas 19,1 milhões de pessoas o que corresponde a 9% de  uma população brasileira, que é  de 210 milhões de habitantes.

Em seguida exibiremos as pirâmides etárias tanto do estado da Paraíba como da capital  e levantaremos alguns questionamento sobre a distribuição vacinal, as quais  julgamos relevantes e pertinentes.

A distribuição da população da Paraíba por sexo e grupos de idade em 2010, segundo o  IBGE   era  disposta de acordo com a pirâmide etária acima, que pouco deve ter mudado.

A faixa etária de 60 anos acima, representa um percentual médio acumulado de 4,85% entre homens e mulheres.

A faixa etária até 19 anos que compreende a infância e adolescência acumula na média do somatório dos dois sexos, o índice de 16,9% de crianças e  jovens. 

Se considerarmos que a faixa da infância e adolescência não será vacinada e que a faixa acima de 60 anos já recebeu vacina, os números de ambas as faixas somadas, totaliza 21,75%. Nesse caso restará sem vacinação, 78,25% da população, onde se encontra exatamente todo contingente da força de trabalho. 

O mesmo raciocínio aplicado ao estado poderá ser aplicado à capital, mas mesmo assim repetiremos os números, apenas  por curiosidade:

A média da faixa etária acima de 60 anos é 5,15%, enquanto a média do somatório  entre a infância e a adolescência é 15,35%, o que totaliza 20,5%.

Se juntarmos os índices  eles apontarão  para a necessidade de vacinação de 79,5% da população da cidade.

De posse dessa dura realidade, as lideranças políticas do estado, têm obrigação de sair da zona de conforto, abandonar o casulo da conveniência política, perder o medo e exigir do governo federal a compra imediata do volume total de vacinas necessários  para imunizar a população obreira.

Pelo que podemos perceber, ao chegar à faixa dos sessenta anos, a Prefeitura Municipal que ensaiou um ritmo célere, estancou a sequência da vacinal  e anunciou  tímida e  laconicamente, que agora vai se voltar para a segunda dose, diga-se de passagem, necessária, e aos portadores de  comorbidades, ou seja, vai ficar patinando na casa dos 5% a 8%, enquanto a massa trabalhadora  está morrendo em maior escala.

Um dos métodos de imunização conhecido  é  a chamada  imunização de grupo ou de bando que preconiza a infectação de 70%, resultando na imunização natural dos sobreviventes com o número de mortos podendo atingir até 10% da população. Ou seja, quem não morrer estará imunizado. Foi esse método que o governo Inglês tentou seguir no inicio da pandemia e que foi energicamente rejeitado pelo povo inglês

No inicio da pandemia em 2020, escrevemos um artigo cujo título é: Imunidade de grupo ou seleção natural, quando percebíamos a hipótese de adoção desse método pelo Brasil. Não queremos crer que ele, o método, está sendo posto em prática, mas os indícios são muito fortes e os números apontam para isso. Espero, desejo e anseio com  toda sinceridade, estar enganado! aguardemos.

Todavia o comportamento passivo e indiferente do governo federal a tanta perda de vidas nos deixa em dúvidas quanto aos reais propósitos. Já temos um número muito elevado de mortos e nesse ritmo de imunização de bando  iremos ter muito mais. A ironia oficial ja rendeu ate uma CPI  no congresso contra o presidente da república. Aguardemos.

O POVO BRASILEIRO MERECE RESPEITO, VACINA JÁ!

Esse vídeo lembra alguma coisa ou alguém? Qualquer semelhança não terá sido mera coincidência!

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