No dia 22 e 23 desse mês realizou-se nos USA o encontro dos líderes mundiais com o objetivo de discutir as mudanças climáticas que afetam o planeta e formalizar assinatura de protocolos, um cumprimento de uma promessa de campanha do mandatário estadunidense.
Presidente Joe Biden Presidindo a Cúpula do Clima 2021.Fonte:WIKIPEDIA |
A meta dos Estados Unidos é cortar as emissões de carbono em 50 a 52% abaixo dos níveis de 2005, até o final desta década, colocando o país novamente no pacto climático de Paris. A equipe de Biden tem levado sério o compromisso contra o aquecimento global, sendo essa sua decisão festejada por cientistas e ativistas de todo mundo.
Os países estão cada vez mais preocupados com a temática ambiental, já diz o ditado: “a natureza não leva desaforo”, o exemplo mais cristalino que estamos vivenciando é a disseminação da Covid 19. De acordo com o PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), a frequência com que os microrganismos patogênicos (ex. bactérias e vírus) são transmitidos de animais para humanos está aumentando em decorrência das ações humanas.
O PNUMA ainda aponta pelo menos sete principais fatores que proporcionam o aparecimento de doenças zoonóticas, incluindo o aumento da demanda por proteína animal, a intensificação agrícola insustentável, as mudanças climáticas, o manejo insustentável dos recursos naturais e a exploração da vida selvagem. Dessa forma é notável a relação entre a COVID-19 e a degradação ambiental, ficando clara a necessidade de adoção de práticas sustentáveis que ajudem a reduzir a degradação do meio ambiente.
Embora a variação de temperatura terrestre tenha ocorrido naturalmente, inúmeros cientistas vêm atribuindo o aumento atípico da temperatura do planeta às atividades antrópicas, ou seja, àquelas realizadas pelo ser humano, resultantes do aumento econômico e demográfico nos últimos dois séculos.
A partir da revolução industrial por volta de 1850, as atividades humanas têm acentuado a concentração daqueles gases na atmosfera. Tal acúmulo tem se dado num período muito curto. Estima-se que antes da revolução industrial, por volta de 1700, a concentração de CO2 era de 260ppmv (partes por milhão de volume), e que hoje está em torno de 417ppmv2. As atividades antrópicas também acrescentam outros gases com essa mesma propriedade na atmosfera, como, por exemplo, os hidrofluorcarbonos (HFCs), os perfluorcarbonos (PFCs) e o hexafluoreto de enxofre (SF6). Estes, somados aos mencionados anteriormente, constituem os chamados “gases de efeito estufa”.
Importante frisar ainda, que do total estoque de CO2 e similares emitidos por ações antrópicas, grande parte é proveniente da queima de combustíveis fósseis (derivados do petróleo, carvão natural e gás natural). Além das emissões originadas pela combustão, existem outras fontes de emissão de gases de efeito estufa, como as atividades agropecuárias, os processos industriais, a disposição de lixo em um desmantelo que será lesivo à sustentabilidade.
Em decorrência das mudanças climáticas, catástrofes poderão assolar a humanidade: em razão do derretimento das calotas polares, o nível dos oceanos subirá, inundando diversas regiões litorâneas e ribeirinhas. Deslocando populações urbanas e rurais em todo o planeta, que serão reduzidas à condição de refugiados ambientais.
As florestas são consideradas exemplos clássicos de limpeza desses gases de efeito estufa. No processo químico da fotossíntese, elas absorvem o CO2, retendo o carbono nos troncos das árvores e liberando o oxigênio. Assim, contribuem sobremaneira para a retirada de dióxido de carbono da atmosfera, um dos principais vilões do aquecimento global, dai a sua indiscutível importância.
Finalizo com essa musica, interpretada por Fagner e Zé Ramalho:
“Tombam árvores, morrem índios,
Queimam matas, ninguém vê
Que o futuro está perdido
Uma sombra e não vai ter
Pensem em Deus, alertem o mundo
Pra floresta não morrer
Devastação é um monstro
Que a natureza atropela.”
Compositores: Sebastiao Dias
Letra de Canção da Floresta © BMG Rights Management US, LLC, EMI Music Publishing
Situação preocupante desde sempre. Em 2007 Fortaleza só possuía 14% da sua mata nativa e as contruções avançam sem dar a menor importância para o meio ambiente. Agora nem o Ministério quer saber, estão acabando com tudo. O Covid deu uma trégua a natureza, os homens se recolheram e os bichos voltaram a ocupar seu habitat invadido pelo egoísmo e a ganância. É preciso refletir.
O bicho humano parece não se dá conta da devastação em nome da acumulação de dinheiro. A cada ano morrem nascentes, matas ciliares são devastadas, o assoreamento aterra o leito dos rios, a extração de areia líquida os aluviões dos cursos d’água periódicos, a floresta é derrubada, as dunas são desmontadas, os mangues cedem espaço à especulação imobiliaria e nada disso detém a destruição .
Chega a nos causar receio de que a natureza que suporta tudo calada, vai se preparando para se livrar do gênero humano e depois se regenerar.
Abra os dois olhos. “ a natureza não se queixa, ela se vinga”