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Os humores do Presidente

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“Todos os Homens do Presidente” é o título de um filme de 1976, dirigido por Alan J. Pakula, inspirado numa história real, baseada numa dupla de jornalistas designados para investigar o escândalo de Watergate por encomenda do jornal Washington Post, onde  acabaram por descobrir uma rede de espionagens e lavagens de dinheiro, que resultou na renuncia do Presidente Richard Nixon  dos Estados Unidos.

Há uma corrente de pensamento no Brasil que acredita ser a corrupção um fenômeno inerente apenas à vida brasileira, o que a rigor, é um grande equívoco. 

Os Estados Unidos, por muitos  considerados a catedral do capitalismo mundial, além de maior democracia do mundo, tem suas fragilidades sim e, o escândalo do Edifício Watergate, somado à invasão recente do  Capitólio,  sede do Senado estadunidense, atestam e comprovam essa afirmativa.

 Presidente Nixon


O Brasil contemporâneo vem passando por momentos de constrangimento nacional e internacional, que eu, do alto da pirâmide da minha idade, nunca tinha contemplado.

Não que nós tivéssemos sido sempre governados por vestais, seja do sexo feminino ou masculino e que os nossos  governantes pretéritos não tivessem mácula, não é isso!

O que nos incomoda, constrange e envergonha, é assistir um chefe de governo, que acumula a função de chefe de estado, exibir quase que diariamente, uma postura incompatível com o cargo que ocupa, se defendendo de forma escrachada das acusações cada vez mais frequentes, que envolve o Presidente e os filhos,  em indícios de corrupção.  

Logo ele que se elegeu com a chibata na mão, bradando austeridade, arrotando honestidade, numa caricatura pálida de  paladino da moralidade.

Trouxe para dentro do palácio os seus três filhos, os quais se instalaram em  gabinetes, como ministros se ministros fossem, despachando com os demais Ministros, dando ordens e  interferindo diretamente na administração, sem que  dela façam parte e sem legitimidade para tanto.

Numa longa lista de compras, que vai de abóbora (jerimum) in natura, a vinhos finos, divulgada no portal da transparência que logo depois foi retirado do ar,  repercutida por toda imprensa oficial e nas redes sociais, de onde destacamos dois itens entre mais de quarenta:

 Abobora in natura: R$2.203.681,89

 Leite Condensado: R$15.641.777.49

A informação obtida no portal da transparência, é referente  à execução orçamentária do exercício de 2020, portanto um documento oficial.

Não podemos deixar de recorrer  ao comparativo para que tenhamos um referencial que complete o raciocínio do leitor.

Ora, o preço médio corrente do jerimum na feira livre, é de R$ 5,50 o quilo, enquanto a latinha de leite condensado custa no varejo, R$ 5,39 a unidade e R$258,72 a caixa com 48 latinhas.

Numa simples conta de dividir chegamos a conclusões absurdas que ensejam no mínimo um esclarecimento:

R$ 15.641.777,89 : R$258,72= 60.458 caixas, ou seja, 2.901.984 latinhas de leite condensado  por ano,  ou 7.950 latinhas do mesmo leite, por dia.

Não costumamos tratar coisas sérias com tiradas de humor, mas confesso que não conseguimos resistir à criatividade da fotografia ilustrativa da latinha de leite condensado  da foto.

Com relação ao nosso velho e conhecido jerimum que chamam por lá de   abóbora:

R$ 2.203.681,89 : R$ 5,50 = 400669Kg,  que equivale a 400 toneladas de jerimum/ano,  ou ainda 1.097Kg de jerimum/dia. É uma quantidade de fazer inveja a qualquer Norte Riograndense.

Convém lembrar que os preços praticados no varejo, embutem  a margem de lucro de cada atravessador que são cumulativamente repassadas aos consumidores e esses penduricalhos podem ser contornados por uma boa e séria  licitação.

É assim que opera a iniciativa privada e se tomarmos como exemplo as redes de farmácias, perceberemos claramente a razão do extermínio das pequenas farmácias, as quais  sucumbiram diante do gigantismo das redes citadas. O segredo são as vantagens das compras em grosso que  empoderam o grande varejista, conferindo um  ganho de escala vantajoso que os diferencia.

O exemplo pode ser estendido a outros ramos de negócios e a outras mercadorias, lembrando que quem compra em grande escala e paga à vista,  tem um gigantesco poder de barganha.                                  

“Dizia-se sobre Pompéia, a segunda esposa de Julio Cesar, através de uma citação que virou provérbio: À mulher de Cesar não basta ser honesta, deve parecer honesta”

Talvez se o presidente fosse mais comedido e menos falastrão, esse fato passasse à sorrelfa e não gerasse tanta especulação e polêmica como tantos outros, em outros governos.

Basta rever na história do Brasil, o diálogo nada amistoso entre Juscelino Kubitschek, então Presidente da República e o conspirador costumaz David Nasser. Disse-lhe Juscelino: “Turco, ( era assim que Chateaubriand chamava o seu empregado David Nasser) “Turco, feliz de um país em que um repórter pode dizer o que pensa a respeito de um Presidente da República, mesmo que o seu conceito não seja verossímil.” Disse isso e simplesmente se retirou! (veja no sitio artigo publicado por nos sob o Titulo, Juscelino X David Nasser)”

Talvez, se o presidente tivesse preenchido seu tempo efetivamente governando, implementando políticas públicas de interesse socioeconômico, executando obras estruturantes em benefício do desenvolvimento do país e da nação, ao invés de estar nesse espetáculo burlesco diário,   não estivesse exposto a tanta censura e tantos fatos desabonadores  como esses, que possivelmente não tivessem tanta repercussão, até que os fatos fossem devidamente apurados, sem pré julgamento.

Mas ele não se controla e parece ter uma compulsão bizarra por fatos espalhafatosos reles, açulado por uma massa ignara que o segue e funciona como  claque, tecendo  loas as suas tropelias, aos gritos histéricos num coro ensaiado. 

Crédito: Reprodução/Twitter

Com todo respeito que tenho para com os primatas, ele tem se comportado como  um macaco solto  no interior de uma loja de louças e Isso é sinceramente deplorável, embora alguns não achem.

Com a palavra o Sr.  Presidente Jair Bolsonaro, sem palavrões ou impropérios!

Consultas: pt.m.wikipedia.org;

                  G7, htpps://g7ma.com;

Fotografias: revistaforum.com.br;

                     expresso.pt;

                      Istoé.com.br;

 

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