“Somos o que pensamos. Com nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo”.
Sidarta Gautama (Buda)
O nosso pensamento é a base de nossas decisões. Quando uma pessoa alimenta uma crença limitante de que não é capaz de realizar algo, torna-se prisioneiro desse modo de pensar. Assim, a inércia cognitiva faz com que a frustração se torne um sentimento constante na vida de quem se permite aprisionar por convicções restritivas. E pior ainda, quando somos acometidos por pensamentos ruminantes (ou obsessivos) geradores de diálogos internos. Via de regra, ficamos dando voltas e voltas em nossa mente, norteados pela procrastinação.
Em uma sociedade agitada, competitiva e célere em fazer acontecer, as derrotas e vitórias começam a ser construídas no interior de cada pessoa — e o positividade da mente é o ponto de partida para o autoaperfeiçoamento.
O termo Homo sapiens, ou seja, “homem que sabe” e é utilizado para designar cientificamente o homem moderno. Este se difere das demais espécies do reino animal pela presença de autoconsciência, racionalidade e sapiência.
Se pensarmos que as nossas habilidades mentais e cognitivas vêm sendo acumuladas ao longo de uma história evolucionista que já dura milênios, fica fácil compreender a importância dos atributos que constituem a individualidade de cada pessoa e como esse indivíduo se relaciona com o mundo.
Muitas vezes todo o nosso potencial se contrai em uma prisão da qual nós mesmos temos a chave. Mas, por que fazemos isso? Por que, tendo um imenso potencial, nos submetemos a uma vivência cognitiva medíocre?
Na verdade, é que a ideia de viver com tudo planejado e previsível parece muito confortável. Ao mesmo tempo, essa “comodidade” pode ser muito traiçoeira.
Para abrir as grades do nosso calabouço mental, é preciso nos livrar dessa visão estreita que não lhe permite olhar e seguir adiante, que não nos deixa contemplar todas as oportunidades que lhe são apresentadas.
QUATRO SINAIS QUE AS PESSOAS APRESENTAM QUANDO POSSUEM MENTES FECHADAS OU ESTADOS DE APRISIONAMENTO MENTAL:
1. MEDO DE MUDANÇAS: mudar significa romper com antigos paradigmas. E o medo do desconhecido embaraça a mente e impede as motivações para sair da zona de aparente conforto. São poucas as pessoas com liderança, porque são poucas as pessoas que correm o risco de errar, pois toda mudança é probabilística, sai do mundo das certezas.
“A vida é feita de processos. Não tenha medo de mudar e fazer diferente.”
Assim nos ensina Guilherme Machado – Presidente do Instituto Quebre as Regras.
2. CRENÇAS LIMITANTES: são pensamentos e interpretações que você toma como verdadeiros, mas que no fundo são falsas ou pelo menos não são verdades plenas. Essas crenças impedem a nossa vida de se tornar melhor. São crenças originadas pela necessidade de se firmar em algum postulado, que garantam nos sentir seguros diante das múltiplas condições e opções que surgem ao longo da vida.
Elas podem estar fundamentadas em princípios de ordem religiosa, cultural, política, ou até mesmo uma blindagem pseudorracional etc.
A carga emocional dessas crenças é muito forte e excessivamente limitante ocasionando exclusão explícita ou manifesta desconfiança de quem não comunga dos mesmos princípios.
3. O PERFECCIONISMO: em termos clínicos, o perfeccionismo é considerado um traço de personalidade que envolve a tentativa constante de ser o melhor em tudo que faz. Também está ligado ao medo de mudanças, pois revela uma mente rígida, e pressupõe não admitir erros.
Acredito que não nascemos para sermos perfeitos, nascemos pare sermos felizes.
“Todo perfeccionista é um carrasco para si mesmo”, nos ensina o escritor pernambucano Lucêmio L. Anunciação.
4. O EXTREMISMO: o extremismo aliado ao unilateralismo, resulta em total fechamento ao diálogo e à negociação. É a expressão de uma mente ambivalente, com a diferença que apenas um lado é o certo. É uma prisão mental altamente nociva à convivência pacífica, pois se alimenta do medo do diferente. Os dogmatismos religiosos, ideológicos, culturais e políticos não admitem o diferente, que é visto como perigoso e, por isso, deve ser combatido e ridicularizado.
Karlos Antonio-Ka, livre pensador da web nos exorta: “Não se renda ao extremismo, nem da esquerda nem da direita. Aos poucos você vai perdendo o senso crítico e cavará a morte da sua sensatez”
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A nossa mente é uma força poderosa, pode nos libertar ou nos aprisionar. Por isso, temos o dever de escolher não aceitar os falsos limites que nos foram interiorizados ao longo da vida.
Como dissemos, nosso o cérebro, funciona como um suporte biofisiológico da mente, considerando que as potencialidades da mente vão muito além das possíveis limitações neurocerebrais.
A boa notícia é que sempre é tempo de se libertar e encontrar o caminho do desenvolvimento e da felicidade. Se você sonha em realizar algo, mas não o faz por acreditar que é incapaz, saiba que está em suas mãos abrir a sua mente e ressignificar todas as crenças bloqueadoras que carregou até aqui. A partir do momento em que se olhar no espelho e enxergar ali o ser humano fantástico que você é, a sua vida começará a se transformar.
Muitas vezes essa tarefa torna-se bem mais fácil, quando se tem a ajuda de um psicólogo, para nos auxiliar nesse trabalho.
Um conselho: Seja protagonista de sua história e não plateia. Acredite em si! Acredite no seu sucesso!