Prenuncio de Bom Inverno?

                                                         

     Por: João Vicente Machado

Desde o inicio da semana em curso, nos chegam noticias auspiciosas de chuvas intensas, principalmente no agreste, sertão e alto sertão da Paraíba e Pernambuco além do sertão do Ceará.

 A noticia surpreendeu positivamente a quantos convivemos com o fenômeno natural e periódico das secas, notadamente na área do semiárido nordestino que ocupa 969,5Km2 do nosso  território  e abriga uma população de 22 milhões de habitantes.

 Pelos números, percebe-se que as nossas preocupações com as chuvas começam muito cedo e tanto os cientistas como os profetas do clima, estão sempre atentos a essas variações. 

     Área do semiárido brasileiro

Em sendo um  matuto convicto, nascido no solo sagrado do nosso nordeste e tendo tido uma passagem como diretor presidente da Agencia de Águas do Estado da Paraíba – AESA, na gestão Ricardo Coutinho, recorro logo ao competente corpo de meteorologistas daquele órgão, para saciar a minha curiosidade sobre essas “escaramuças” climáticas exóticas e desta vez não foi diferente.

  Segundo as informações de Marle Bandeira, estamos sob a égide de uma formação natural que ocorre nessa época do ano que é a Zona de Convergência do Atlântico Sul – ZCAS. 

 Ela provoca um corredor de umidade vindo do Oeste, perpassando toda zona norte do país, chegando como foi o caso, ao centro oeste da Paraíba, nas regiões do cariri, sertão e alto sertão do estado, provocando precipitações de mais de 100mm  em algumas cidades.

 Lavras da Mangabeira, que a natureza caprichosa bordou colada ao extremo oeste da Paraíba, também foi  contemplada com copiosas chuvas, segundo o depoimento de  Joaquim Machado e  da nossa colaboradora  Cristina Couto.

 Recorda-me o cordel da minha infância, com a estória do Valente Sertanejo Zé Garcia, de autoria de João Melchíades Ferreira da Silva, que eu ouvia da memória prodigiosa do meu irmão José Vicente,  onde tem uma estrofe tratando das chuvas neste período. 

 Portanto, não há nada de novo no mundo climático que possa nos assustar, semeando o medo sempre presente em todos  nós, de uma nova e assustadora seca, notadamente depois de sete longos  anos convivendo com elas.

      “Era no mês de novembro

 No Piauí já chovia,

 Então o capitão Feitosa

 Ordenou no outro dia

  Começar a vaquejada,

  Encurralar a vacaria”


 Vou continuar aguardando a decisão de Marle Bandeira em editar um livro que ela escreveu e está quase pronto, onde  correlaciona a ciência climática com a experiência secular dos profetas, naquilo que eu classifico como sincretismo climático. Será algo de muito novo e inusitado, que tem a simpatia dos atuais dirigentes daquele órgão no sentido de estimular e editar.


 Pelo que se anuncia, estamos convivendo com a menina, ( La Niña) que é muito mais generosa e certamente nos trará chuvas suficientes para completar o nível dos nossos reservatórios.



Consultas: à vasta experiência e competência de Marle Bandeira;

;www.casaruibarbosa.gov.b

Fotografias:https://br.wordpress.com/

https://criseoportunidade.wordpress.com/.

https://www.boletimaomar.com.br/

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