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Cavemos a terra, plantemos nossa árvore.
Que amiga bondosa ela aqui nos será!
Um dia, ao voltarmos, pedindo-lhe abrigo,
Ou flores, ou fruto, ou sombra dará.
O céu generoso nos regue esta planta,
O sol de dezembro lhe dê seu calor
A terra que é boa, lhe firme as raízes,
E tenham as folhas frescura e verdor.
Plantemos nossa árvore, que a árvore é amiga,
Seu ramo frondoso aqui abrirá
Um dia ao voltarmos em busca de flores,
Com as flores, bons frutos e sombra dará.
Por: João Vicente Machado
O dia de ontem, 22 de setembro, ás 10h:31min, aconteceu a abertura oficial da primavera no hemisfério sul, e além disso, o dia anterior, 21 de setembro, foi dedicado à árvore e muito pouco lembrado por alguns, sem que tivéssemos notícias de qualquer comemoração governamental celebrando a efeméride.
O ano de 2020 foi palco de algumas tragédias, que esperamos não se repitam em 2021:
01-Mais um ano de mandato de Bolsonaro, com todas as lambanças que lhe são característica;
02-A pandemia do covid-19, que colocou o Brasil no incômodo segundo lugar no ranking mundial, no número de infectados e mortos. Isso tudo diante da apatia e da inércia do ministério da saúde, além da cumplicidade e das pantomimas do presidente da república;
03-As queimadas e a devastação ambiental numa magnitude nunca vista antes, acompanhadas à distância e com a indiferença dos organismos ambientais vinculados ao governo federal.
Aqueles que não enxergam a importância da árvore na paisagem do planeta terra, no mínimo padecem de aguda falta de sensibilidade para com a proteção do solo, necessitando de um mínimo de estudo de biologia para compreender o seu importante papel.
“De acordo com a proposta do biólogo Ernest Haeckel, todos os organismos podem ser agrupados em cinco reinos: Monera, Fungi, Protista, Plantae e Animalia.”
Além disso, com relação à necessidade alimentar, eles podem ser:
Autótrofos: que são capazes de produzir o próprio alimento e,
Heterotróficos: seres vivos que não são capazes de sintetizar o próprio alimento, devendo obter a matéria orgânica necessária para seus processos metabólicos através do consumo de outros seres vivos, ou da matéria orgânica produzida pelos indivíduos autótrofos. (aqui estão enquadrados os humanos)
A ausência da vegetação, que é o cabelo da terra, deixa o solo à descoberto e exposto às intempéries, retirando dele os nutrientes naturais necessários à vida vegetal, tendo como consequência a desertificação e a impossibilidade de produção alimentar para os heterotróficos, (o humano no meio) além de matar as nascentes e assorear definitivamente os leitos dos cursos d’água.
Em segundo lugar, a ausência da vegetação impede a retenção do carbono no solo, liberando o dióxido de carbono, (CO2) para a atmosfera, contribuindo para o aumento do efeito estufa, e a mudança radical do clima. Essa mudança climática, em consórcio com o efeito estufa, derrete as geleiras e provoca o consequente aumento do nível dos mares, podendo causar a submersão das regiões costeiras de baixa altitude, ou de altitude negativa como é o caso da cidade do Recife e da Holanda.
Em terceiro lugar, a ausência das árvores interrompem o processo de evapotranspiração, deixando de contribuir para a formação de nuvens e a precipitação de chuvas.
Em quarto lugar, a árvore para de fornecer: folhas para composição do substrato necessário a autossustentação dela e da vegetação rasteira; flores para o embelezamento e a contemplação repousante aos olhos dos humanos; para de produzir frutos comestíveis necessários a alimentação e o suprimento das vitaminas e carboidratos necessários aos heterótrofos, (os humanos no meio)
Por fim a eliminação do sombreamento que impossibilita o abrigo aos seres vivos, (os humanos no meio) do calor escaldante advindo da soalheira, sobretudo no semiárido nordestino.
O que está acontecendo em termos de queimadas no Brasil é um grave crime praticado contra a humanidade, que já sensibilizou todos os organismos internacionais, os quais estão cobrando veementemente as providências desse governo de faz de conta, acumpliciado com grupos econômicos predadores que estão destruindo a vida.
Para agravar ainda mais essa catástrofe, liberaram mais de duzentos tipos de adubos e biocidas, como o glifosato, por exemplo, que está provocando a mortandade das abelhas que são os seres vivos mais importantes à natureza. Muito mais necessários do que o bicho humano.
Para finalizar louvemos à primavera através das quatro estações de Vivaldi.
Fonte:querobolsa.com.br, manual do Enem;
Fotografias: pinterest; infooperson.com.br
Excelente texto!.