O resumo semanal elaborado pelo nosso sitio, reúne as notícias de maior destaque da semana que termina, para oferecê-las de forma resumida aos leitores que aos sábados e domingos estão em casa gozando merecido repouso.
Sabemos que muitos trabalham fora e mesmo aqueles que não têm tempo para leitura, principalmente nesses tempos difíceis e sombrios que a pandemia despertou e seus desdobramentos, os quais precisam manter-se informados para se defenderem deles:
•VETO DO REAJUSTE SALARIAL AOS SERVIDORES
O fato que mais chamou a atenção de todos durante a semana que passou, ocorreu no senado federal, com a derrubada do veto presidencial à Lei Complementar 173/20 que cria um plano de socorro financeiro aos estados para fazer frente à pandemia e seus efeitos.
A Lei Complementar citada, no seu artigo 8°, exige uma contrapartida ao referido socorro, que consiste na contenção de despesas realizadas pelos estados beneficiários, o que é uma flagrante quebra do pacto federativo, pois impõe como condição, a proibição de reajustes financeiros aos servidores dos estados, até o fim de 2021, e segundo rumores pode se estender até 2022.
Lembram-se da intervenção de Paulo Guedes na fatídica reunião ministerial realizada em 22/04/2020 em que ele falou em “colocar uma granada no bolso do servidor? Ouça o que diz ele: (clique aqui)
Pois bem, o pino da granada já havia sido arrancado e a explosão era iminente. O veto abortou o disparo, momentaneamente, pois o veto iria ser apreciado na Câmara, como de fato foi, onde o cenário é sempre de negociações.
A reação de Paulo Guedes pode ser considerada como uma ousadia, já que vociferou: “o senado deu um péssimo sinal”. E foi além quando classificou a decisão como “um crime contra o país.”
Na Câmara a Lei Complementar vetada caiu no colo de Rodrigo Maia, que organizou os discípulos para a derrubada do veto, em troca da permanência da “fortuna” que é o auxilio emergencial, até o mês de dezembro.
Ainda na quinta-feira à noite eu vi um vídeo do deputado paraibano Pedro Cunha Lima onde ele justificava seu voto pela derrubada do veto “por zelo ao equilíbrio fiscal do país” e completou: “votarei pela derrubada do veto, mas exigirei o pagamento do auxilio emergencial até o fim do ano.”
Perceberam que a generosidade dele termina com as eleições de novembro de 2020 em segundo turno? Quem não te conhece que te compre deputado!
•BOLSONARO E SUA ENTOURAGE
Nova modalidade de crime em forma de drible está em prática pelo governo de lesa pátria de Jair Bolsonaro e sua entourage. A artimanha poderá levar o país a “perder legalmente” as nossas refinarias de petróleo que no conjunto e pelo Holding Petrobras nos tornou autossuficientes em petróleo e derivados.
Todos conhecem a prática de Jair Bolsonaro e sua trupe e sabem do real propósito do grupo de lacaios que o rodeiam no governo, formatando a venda de todos os nossos ativos e com esse ato criminoso reduzir o nosso país a uma republiqueta de bananas.
Agora ele propõe a criação de autarquias vinculadas à Petrobrás, para transferir a elas, os ativos diversos do patrimônio da estatal para vendê-los sem necessidade de autorização do parlamento.
Com essa política econômica criminosa e sem qualquer perspectiva de desenvolvimento tecnológico, perderemos a corrida no mercado exportador de bens duráveis, podendo nos capacitar para competir no mercado internacional.
Infelizmente ele tem tido o apoio de uma parte minoritária da população, vítima de cegueira política incurável que, mesmo sendo esbulhada nos seus mínimos direitos sociais com a cumplicidade deles, mas mesmo assim insiste em lhes dar apoio e continua a votar para eleger seus algozes.
Hasta Quando?
•MUDANÇAS CLIMÁTICAS
As baixas temperaturas previstas para o Brasil neste final de semana e em pleno mês de agosto pode nos parecer anormal, mas segundo Marle Bandeira, competente meteorologista da AESA com quem conversei, é um fenômeno comum nessa época e a deste final de semana que ainda não se dissipou, é resultado de uma frente fria vinda do Sul.
É bom lembrarmo-nos que a divisão de estações nessa época no hemisfério sul, começou no solstício de inverno em 20 de junho e se estenderá até o equinócio da primavera em 22 de setembro, incluindo, portanto o mês de agosto.
Na região tropical e equatoriana essas estações não são perceptíveis e especificamente no nordeste conhecemos apenas o período chuvoso que começa em janeiro e vai até maio e que chamamos de inverno e o período seco pelo resto do ano, que chamamos de verão.
Pelas informações de Marle Bandeira e se eu compreendi bem, em que pese o fenômeno desse final de semana ser normal, a área atingida por ele foi muito ampla e se estendeu até o sul do Acre. Em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, a temperatura de ontem que era de 38°C, caiu hoje para 12°C numa diferença de 26°C.
O Nordeste oriental pouco será atingido pelos seus efeitos e na nossa Paraíba, apenas a região agreste que compreende a Chapada da Borborema, sofrerá pequena variação no período da noite e em algumas localidades como Monteiro podendo chegar aos 11°C a 12°C.
Portanto os amantes do mar talvez não possam desfruta-lo por motivo de chuvas. Com relação a frio é apenas uma questão psicológica.
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O clima ontem, dia 21/08/20 |
•DESPESA COM PESSOAL X DÍVIDA PÚBLICA
Os economistas neoliberais de plantão insistem em creditar todos os males fiscais do Brasil às despesas com salários, escamoteando os números da dívida publica, que vem num crescendo desde o ano 2000, até 2009.
Um pouco de informação em economia nos autoriza a afirmar que nesse binômio tem de entrar o crescimento do Produto Interno Bruto-PIB como Tércio. Ouvi muitas vezes de Sergio Mendonça que foi diretor Técnico do DIEESE enquanto eu fazia parte da Diretoria Nacional Sindical daquela instituição:
“Dívida pública não se paga, pois ela se dissipa com o tempo com o crescimento do PIB.”
Um exemplo bem simples desse raciocínio é o seguinte: se a minha receita mensal é R$100,00 e eu tenho necessidade de gastar R$20,00, isso representa 20% da minha receita. Diante desse cenário eu tenho uma receita simples para aumentar o meu saldo que é: aumentar a receita, diminuir as despesas ou um pouco das duas coisas simultaneamente, lembrando que eu não posso eliminar radicalmente as minhas despesas.
Se eu adoto a primeira hipótese, digamos que eu aumente a receita para R$120,00. Nesse caso a minha despesa cairá para 16,66% da minha receita, e assim por diante, se a receita chegar a 400,00 a minha despesa passará a representar 5% da minha receita passando a ser quase imperceptível.
Na segunda hipótese eu posso diminuir as minhas despesas racionalmente e ao mesmo tempo reduzir o comprometimento financeiro. Ou na última hipótese aumentar numa ponta e cortar na outra, obtendo o mesmo resultado. Sempre lembrando que corte tem limites que impedem sua magnitude e não podem comprometer a sobrevivência da minha família.
Qual é mais vantajoso e menos traumático? Óbvio que é aumentar a receita.
Não é assim que pensam os economistas neoliberais que continuam a propor a morte do estado para garantir a parte do Leão que são os juros da dívida pública que consomem entre 38% a 51% do orçamento.
Diante da necessidade crescente de alimentar a hidra da dívida pública, eles só cantam o “samba de uma nota só”: cortar,cortar e cortar.
Nada como a clareza de um gráfico para um melhor entendimento e o gráfico em formato de pizza que apresentamos foi elaborado pela Auditoria Cidadã da Dívida e mais claro não poderia ser. Olhem e atentem para a janela do lado esquerdo inferior do gráfico e comparem seus valores com os juros e amortizações da dívida.
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Gráfico execução orçamentária de 2019 |
FONTE IMAGENS: auditoria.org.br; portal G1