Dia dos Pais

Este ano o Dia dos Pais vai ser diferente e nos trouxe muito mais recordações do nosso pai do que os anos anteriores.

 Como que numa premonição, Gorette criou um grupo intitulado Irmãos Queridos, um espaço virtual que permitiu acesso apenas aos seis últimos filhos ainda vivos de Joaquim Vicente Machado.

 Desde o primeiro momento os contatos que eram esporádicos se intensificaram, e parece que o casarão da Nova Floresta havia se erguido dos escombros e aberto suas portas para novamente ser o palco do convívio diário da família. Os seis filhos se multiplicaram por 4,83 e repovoaram o casarão.

Arquivo pessoal
 O decano do grupo, José Vicente Machado, teve como tutora a sua filha Geralda Machado, uma concessão justificada pela sua deficiência auditiva. As reminiscências, as histórias e as estórias se multiplicaram com uma sofreguidão incontida e mesmo após a saciedade de troca de informações, não rompe a aurora sem um bom dia e não fecha o ocaso sem um boa noite.

 Foi assim que o regente dessa orquestra nos criou a nós todos e a sua mensagem, as suas parábolas, o seu exemplo nos marcou a todos nós e promoveu uma sublime harmonia que já foi uma orquestra de vinte e nove componentes, hoje reduzida a uma banda de seis componentes, sem desafinar um acorde sequer.

Joaquim Vicente Machado, meu saudoso pai
 Tenho a fotografia dele e da nossa mãe na cabeceira cada minha cama e nas procelas da vida olho para ele e digo: pai eu não te peço muito, apenas um pouco da tua coragem e do teu discernimento para eu transpor mais esse obstáculo! pareço ouvi-lo repetir sempre naquela sua voz pausada e suave: “meu filho, o medo começa quando a coragem termina. Por isso nunca perca a coragem”.

 Esse homem de quem falo é Joaquim Vicente Machado, nosso venerado e inesquecível pai, que se encantou há exatos sessenta e dois anos, sete meses e nove dias.

 A SUA BENÇÃO, MEU PAI!

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