Passado o impacto da aprovação do PL 4162/2019, onde o termo água de beber cede lugar à marco regulatório, a nós população não é dado o direito de acomodar-mos, por maior que tenha sido o revés.
A libertação de todas as formas de exploração pelas quais a humanidade já passou nunca foi fácil e custou sangue, suor e lagrimas às gerações passadas para que aqui chegássemos com os direitos que temos.
Não pensemos que todos os direitos fundamentais conquistados foram dádivas de ninguém. Ou alguém pensa que foram fruto da piedade e do altruísmo da classe dominante?
O momento pelo qual passamos, prenhe de dificuldades, além de nos chamar para a liça, tem mostrado que teremos de enfrentar com determinação e unidade esses reveses.
Todavia, temos à clareza que a vida da classe trabalhadora não é e nunca foi fácil, isso ao longo de toda história e a conquista de quaisquer espaço vital, por mais exíguo que fosse, foi resultado de muita luta.
Não obstante a dureza da caminhada, não chegamos ao fim da história como nos querem fazer crer, ela está apenas começando. Dizia Albert Einstein:
“Se os fatos não se encaixam na teoria, modifique os fatos”
Na modificação dos últimos fatos acontecidos reside a essência do nosso futuro! Para isso me vali de uma poesia do poeta português Fernando Pessoa, adequada para desenhar o cenário em que vivemos e sugerir rumos, destarte outro português, de nome Antônio Machado, quem sabe um meu ancestral, num trecho de um poema de sua autoria afirma:
“Caminhante, não há caminho.
Se faz caminho ao andar…..”
Vamos andar juntos fazendo nossos caminhos?
De tudo ficaram três coisas…
A certeza de que estamos começando…
A certeza de que é preciso continuar…
A certeza de que podemos ser interrompidos
antes de terminar…
Façamos da interrupção um caminho novo…
Da queda, um passo de dança…
Do medo, uma escada…
Do sonho, uma ponte…
Da procura, um encontro!
Pensemos nisso e vamos à luta, sem tempo a perder.
Gilberto Gil – Tenho sede
João Vicente