Itabaiana e seus Severinos

  Itabaiana, nascida e crescida na várzea do rio Paraíba do Norte, é uma cidade que tem um envolvimento cultural, poético e artístico de fazer inveja.

 Foi no passado um importante entroncamento ferroviário, um dos mais importantes do Nordeste, era ligação de quatro capitais: Fortaleza, Recife, Parahyba e Natal, além de cidades como Campina Grande e Mossoró.

  Entreposto de tropeiros e tangerinos, viu florescer uma robusta feira de gado que por consequência, proporcionou a instalação de vários curtumes e viu surgir várias fábricas de selas e arreios que ainda hoje resistem em menor escala.

  Mas, e os Severinos  de Itabaiana?  Ah! Esses foram expoentes culturais da sua história e ganharam dimensão nacional e internacional nas letras, na música, no humor e na arte.

  Pela ordem o primeiro deles foi Severino Rangel, o Ratinho, da dupla Ratinho e Jararaca.  Nascido em  1896, além de cômico  e caricata  Foi um e um exímio saxofonista.
A música ‘Saxofone Por Que Choras’ consagrada pelo sergipano Luiz Americano, sem rima, é conhecida e ainda hoje muito tocada.
Severino Rangel, o Ratinho
    O segundo deles, Severino de Andrade Silva, nascido em 1905 e conhecido como Zé da Luz,  além de alfaiate era um extraordinário poeta que inspirou o talento de Jessier Quirino, um campinense  adotado por Itabaiana onde mora e que não é Severino.
Zé da Luz
Jessier Quirino
    Por fim, Severino Dias de Oliveira, o internacional mestre Sivuca, o maior sanfoneiro do mundo, que não admitia o termo acordeonista, nem músicas de plástico que hoje é produzida na linha de montagem e em larga escala. Dizia: eu sou Severino, sanfoneiro da Paraíba.
Mestre Sivuca
    A inspiração me chegou por meditar sobre o clássico da literatura nordestina Morte  e vida Severina, do pernambucano João Cabral de Melo  Neto, que foi encenada em teatro com música de Chico Buarque de Holanda.

 Como o brasileiro vive um dos piores  momento político-administrativo da nossa história, vivendo uma vida Severina, resolvi isentar os Severinos de Itabaiana.

  As fotos da GGN, Livre Opinião, G1 Globo e Paraíba Criativa, ilustram, pela ordem cronológica  a minha homenagem.

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