Por: João Vicente Machado
O chá é uma bebida milenar muito usada nos países orientais.
Todos nós trazemos da infância a recordação do chazinho que curava tudo e que oriundo da sabedoria popular nos era ministrados pelas nossas mães.
Cidreira, camomila, hortelã, macela, erva doce, chá preto, chá de alho com limão. Chá de sabugueiro, chá verde, entre outros.
Há, contudo uns chás que acalmam demais e devem ser evitados e um exemplo mais clássico é o chimarrão, bebida preferencial dos gaúchos, inclusive os de Pelotas, que nada mais é do que um chá, feito com o que eles chamam de erva, que vem a ser a erva mate sem torra.
A degustação do chá é feita num rito que exige a erva, a bomba de sucção que pode ser até de prata, e a cuia, que a rigor é a parte superior de uma cabaça, além de uma garrafa térmica de água quente.
Forma-se uma roda de chimarrão e de conversa, em torno da garrafa e isso independente do local e da da hora do dia. A cuia vai passando de boca em boca, até o esvaziamento total da garrafa. Agora, com covid19, nem pensar!
Carregam novamente a cuia com a erva arrumada horizontalmente e mais uma, duas, três ou mais rodadas de chimarrão, o que leva a conversa varar a noite e entrar pela madrugada.
Existe outro chá, esse um velho conhecido aqui no nordeste, que é o chá de Capim Santo que deve ser riscado dos seus hábitos. Veja porque no artigo que agora repriso e que foi publicado no dia 20/01/2020, sob o título Capim Santo:
Chá é uma bebida calmante, tem efeitos positivos nos doentes ou meio doentes. Todavia, nunca devemos abusar da ingestão do chá, principalmente se for capim santo.
Meu pai tinha um jumento reprodutor afamado que ao pressentir uma égua no cio, tornava-se incontrolável e excitado, levava as cercas no peito para conseguir seu intento.
Numa seca longa e sem opção de comidas ou forragem, amarraram -no numa touceira de capim santo e o pobre jumento comeu até se fartar. Desse dia em diante, nem rinchar mais ele rinchava.
Perdeu a fama!