Por: João Vicente Machado
Anuncia-se uma manifestação de apoio ao governo Bolsonaro com o propósito de desagravar, não sabemos o quê. Ele se vale da mesma e surrada arma da auto vitimização para usar o que lhe resta de apoio e atacar as instituições ditas democráticas, no caso, o parlamento e o judiciário, que estranhamente, permanecem em silêncio.
Usam a imprensa oficial, a milícia virtual e os fundamentalistas que o cercam para a armação e divulgação da pantomima do próximo dia 15 e apesar de conhecer os métodos do seu gueto e não duvidar da força do dinheiro, questiono o sucesso desse desvario e o faço baseado em números.
As pesquisas, muitas delas encomendadas pelos órgãos oficiais, demonstram uma queda contínua tanto da aprovação como da popularidade da aventura Bolsonaro e é só conferir nos gráficos anexos que remontam a 2019 para perceber.
Outra coisa sintomática é o mal estar dos próprios integrantes do bloco de apoio dele, que já enxergam o precipício econômico que se aproxima. É o caso do mal estar dos mega produtores rurais que são os generais do agronegócio que perdem competitividade no mercado internacional pelo desrespeito demonstrado por todo governo às questões ambientais e aos tratados internacionais que asseguram a sustentabilidade.
Além disso, se com o dólar cotado a R$ 4,68 (até sexta feira) os exportadores de commodities ganham mais por venderem, com o mesmo dólar perdem mais por importarem: tratores, máquinas, implementos, adubos, herbicidas, biocidas , sementes etc.
Ouvi uma entrevista do presidente da. ABINE, revelando muitas queixas da política econômica do governo, sendo ele um membro do establishment.
O governo esboça um descrédito maior do que os seus antecessores desde a aventura de Fernando Collor, como demonstram as pesquisas do Data Folha.