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Por: João Vicente Machado
El País é um jornal espanhol, fundado na
década de 1960/70 do século passado, nas exéquias da cruel ditadura franquista na Espanha e por isso, exibe um resquício de independência e credibilidade.
Quando me refiro à independência dos meios de comunicação, tenho presente que independência total inexiste. Contudo, ainda há alguns órgãos ainda mantém uma relativa independência de informar, diferentemente do que se vê, se ouve e se lê na imprensa oficial e na milícia virtual, principalmente aqui na pequenina e heroica Paraíba.
O número publicado pelo El País, se adicionado a 14 milhões de desempregados e a 33 milhões de subempregados, totaliza 60 milhões de pessoas entre a pobreza extrema e a miséria.
Para um país do porte do Brasil, com riquezas naturais que permite enquadra-lo como autossuficiente, isso é inadmissível. É para esse quadro tenebroso que deve se voltar a nossa atenção, independentemente de quaisquer conotação ideológica, embora saibamos e tenhamos a convicção de que esse quadro faz parte de um projeto político das elites e representa a fase mais aguda da luta de classes, portanto representa a ideologia do mal.
O governo atual, o pior governo que já tivemos, desde a República Velha, passando pela República Nova e até o governo instalado na quartelada de 1964 no Brasil, desagrada a elite sim, porque faz estardalhaço e revela o tropel da trupe da exploração, da redução e do extermínio de classe, todavia é tolerado por ela. A mais valia relativa e a recém chegada inteligência artificial, contra as quais nada temos, estão tornando o trabalho humano que gera riqueza, cada vez mais desnecessário.
De tudo isso, o que mais nos preocupa é a indiferença, a inércia e a letargia dos nossos que estão fazendo coro com os paneleiros que restam, com as empresas transportadoras de carga, com os milicianos, os terceirizados enfim com o lumpemproletariado, convocando-os para, em público, colocarem o laço nos seus pescoços e em seguida saltarem do cadafalso.