Por: João Vicente Machado
O título do livro de Francis Fukuyama inspirou um despretensioso comentário sobre esse tema.
Essa teoria remonta ao século XIX e foi da lavra de Friedrich Hegel, que era um filosofo idealista, autor da teoria da dialética.
Ele, como bom idealista, acreditava que isso iria acontecer quando a humanidade atingisse o equilíbrio prometido pelo liberalismo econômico.
Retomada no século XX, foi aceita como fato ocorrido, pois de acordo com os seus pensadores, teria acontecido com “a queda do muro de Berlim”, como se um problema socioeconômico pudesse se resolver pela demolição de um muro.
A ironia do destino é que enquanto um muro era demolido, outros muros eram erguidos com barreiras sociais e até físicas. Ou alguém esquece que o muro que separa os Estados Unidos do México, desde San Diego na Califórnia até o Rio Grande, numa extensão de 3000 Km existe e está sendo reforçado?
Não se muda economia por decreto! É imperioso que nos capacitemos muito mais para não sermos acometidos de uma crise depressiva.
Me entristece assistir os nossos fazerem coro ou ficarem deprimidos com essa “fatalidade”.
Certa vez pediram ao mestre Florestan Fernandes uma análise da realidade econômica liberal e ele respondeu com a autoridade do maior sociólogo das três Américas:
“Vão estudar o manifesto comunista!”
O interlocutor insistiu: “é atual?”
Respondeu Florestan: “ Atualíssimo! O estado não mudou!”
Mais não disse, nem lhe foi perguntado!