Por: João Vicente Machado
Não é necessário ser matemático ou físico para interpretar o gráfico acima, editado pela BBC. Ele é expressivo o o e suficientemente claro para um bom entendimento.
São duas curvas de controle do famigerado Covid 19 que permitem uma análise do cenário que vem tirando o sono de muita gente e servindo de pretexto aos espetáculos diários de Bolsonaro e seus súditos, como forma de levar à população ao pânico.
Essa é uma estratégia muito antiga que o poder econômico sempre usou para justificar a necessidade de mais energia, de mais força, de mais repressão e intimidação, aterrorizando as pessoas, levando-as a um estado de desespero, de modo a aceitar um salvador milagroso, um mito, que seja o herói a “restaurar e restabelecer à ordem”
Ordem ditada pela ótica deles, pela lógica deles, para continuar com o controle dos meios de produção e a exploração da mão de obra. Colocar o povo para trabalhar para eles é prioridade zero, pois sabem que só podem multiplicar o capital que detêm através da força do trabalho já que não fazem nem nunca fizeram nada.
Mas voltemos à curva e a sua análise para uma interpretação mais nítida dos fatos:
Aquela linha tracejada horizontal estabelece o limite da capacidade de atendimento do sistema de saúde e significa que abaixo dela o sistema pode atender aos infectados. A linha é um marco no limite de atendimento e a parte superior é exatamente a área de descontrole onde o tão falado colapso se materializa.
Temos duas figuras em forma de curva, uma azul clara com uma amplitude menor, que representa o controle vertical onde a imunização pressupõe a infecção de 60% a 70% da população para atingir a imunização. Essa é uma transmissão viral descontrolada já que não existe vacina.
A curva rosa por sua vez, representa o controle horizontal, tem uma amplitude maior, tem um impacto maior na economia, mas paradoxalmente reduz a disseminação da infecção e reduz a pressão sobre o sistema de saúde evitando o colapso. Do atendimento e da economia.
A curva azul já descrita é a que o governo federal defende com o apoio dos grupos econômicos. Essa ação inconsequente ao invés de “salvar a economia,” muito pelo contrário, vai criar um mercado de consumidores constituídos de cadáveres.
O período de isolamento da curva chata teria de ser compensado obrigatoriamente com recursos públicos que existem e estão nas reservas do tesouro que Paulo Guedes sentou em cima, colocou dois cães ferozes de guarda que só permitem a aproximação de banqueiros e mega empresários.
Mesmo não querendo voltar a essa pauta tão exaustivamente repetida, me sinto no dever de decodificar as estultices e imposturas de quem deveria dar exemplo aos seus governados e segue indiferente à dor alheia a espalhar o pânico, o terror e a mentira, como faz cotidianamente o presidente da república, parte dos seus ministros e os seus arautos.
Ontem me chegou às mãos, um protocolo da UNIMED, onde na parte referente a “Avaliação Médica Em Pronto Atendimento” está escrito no terceiro parágrafo:
“Na suspeita radiológica: Iniciar tratamento precoce com Hidroxicloroquina + Azitromicina (Necessário esclarecimento e consentimento do paciente e/ou responsável com assinatura de termo)”
Quer dizer que o paciente agora é que avalia o que deve tomar? e os pacientes completamente leigos deverão assinar suas sentenças de morte?
Como está difícil e confuso o entendimento eu procurei o resumo esquemático da BBC para clarear a mente dos trabalhadores nossos aliados e lhes fornecer elementos para o raciocínio próprio.
Quanto aos aliados deles: desatinados, obtusos, fundamentalistas, toscos e sectários incorrigíveis que fiquem com as suas convicções ou as convicções do seu guia que é o “cientista” Bolsonaro.