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•Mudaria Bolsonaro ou mudou o povo?
O bolsominion costuma ver o mundo através da lupa do Fuhrer e integra uma seita política nazifascista que tem como guia a figura amorfa de Jair Bolsonaro. O bolsominion não pensa nem raciocina, por isso se constitui num caso perdido com quem não vale à pena perder tempo.
Por outro lado, no mundo dito racional, independente da dicotomia maniqueísta ideológica que insiste na divisão da política entre esquerda e direita, há um segmento que mesmo reconhecendo o erro de avaliação que cometeram, ainda crê na conversão de Bolsonaro e o trata, pasmem, como um mal menor. É aquela historia do cachorro que se acostuma com a coleira!
Pois bem, uma parte da imprensa oficial e das milícias virtuais que repercutem essa crença, têm elogiado a forma “civilizada” do Bolsonaro soft, obtendo o endosso de tucanos compreensivos, alem de outros partidos acumpliciados como o PTB e o “MDB velho de guerra”, complacentes com o “novo comportamento” do ogro, na ilusão vã de obter mais espaço no governo para suas manobras políticas, nem sempre republicanas.
Se olharmos a peça orçamentária proposta para 2021, poderemos enxergar melhor a forma como se processará essa “mudança.”
Ela escamoteia nos cortes orçamentários dirigidos à educação, à pesquisa à ciência e tecnologia, o caixa de que precisa para proteger o sistema financeiro, síndrome de Paulo Guedes:
Corte de 15% para o MCTI, que cuida da ciência, da tecnologia e da inovação, o que significa um atraso tecnológico que retardará a nossa já comprometida competitividade internacional, nos deixando cada vez mais dependentes; corte de 20% para o CNPq, que fomenta a pesquisa científica e tecnológica, além do incentivo que empresta à formação de pesquisadores no Brasil; corte de 18% para a CAPES, que financia os cursos de pós-graduação stricto sensu em todos os estados da Federação e; corte de 18% para as universidades e IFEs, instituições formadoras de novos quadros intelectuais.
Paralelamente, o governo depois de tanta lambança, vem tentando se reinventar quando altera a base política que lhe dá sustentação com o prestígio conferido à extrema direita denominada de Centrão; quando adota um viés social com a distribuição de uma ração de sobrevivência que é o auxilio emergencial, chegando a propor a sua inclusão na bolsa família, na volta do milenar pannes e circenses (pão e circo); quando “altera” a equipe econômica exonerando o baixo clero de Paulo Guedes e; quando recria o velho novo Minicon para a sua promoção pessoal através das trombetas de uma plêiade de arautos.
Observo uma posição indiferente e disfarçada do establishment, no sentido de conduzi-lo na maca até o fim do mandato para depois descartá-lo, naquele velho bordão que repete sempre a velha máxima: ruim com ele, pior sem ele.
Aguardemos!
•A Precarização do trabalho
O projeto de lei 4162/2019 que depois de aprovado virou a lei 14026/20, foi sancionado com alguns vetos do presidente da república que segundo se informa serão apreciados pelo congresso nacional presidido pelo senador Davi Alcolumbre.
Até agora o presidente do senado não agendou a sessão do congresso que apreciará os referidos vetos embora esteja sofrendo pressão de lideranças do parlamento no sentido de acelerar o processo.
Pelo que se comenta a votação ocorrerá na próxima semana e as contradições interna corporis nos cria uma tênue expectativa de derrubada do veto, hipótese muito remota, mas não impossível.
•Mudanças Climáticas
imagens da seca na França |
Quem vê a imagem revelada nessa foto imagina tratar-se dos porões de açudes secos do semiárido nordestino. Ledo engano! Trata-se da paisagem da seca que assola 2/3 da França, um país europeu de clima temperado que atravessa uma grave crise hídrica Esse é um sinal de alarme para a humanidade com relação as agressões à natureza, que nunca se queixa e sempre se vinga da ação humana, sugerindo responsabilidade aos governantes quanto à sustentabilidade.
•Forma de dominação
A obsessão em proteger o sistema financeiro é tão presente no subconsciente do ministro da economia Paulo Guedes, que ele chegou ao ponto de propor a taxação de livros no arremedo de reforma tributária que pretende por em prática, indiferente aos iates e carrões de luxo.
Ao considerar os livros como objeto de consumo elitizado, o ministro declara que “a isenção dos livros beneficia quem poderia pagar mais impostos” e tal qual o morcego, vai tentar soprar depois da mordida quando “ propõe o aumento do valor do Bolsa Família, para compensar o fim da isenção, e até pensar em um programa de doação de livros”.
Para o senador Fabiano Contarato do Rede – ES, “o obscurantismo hoje no poder tem horror à cultura e à educação”.
Nós vemos nessa proposta uma forma velada de imposição cultural quando ele sugere a doação de livros como forma compensatória à taxação tributária. Aliás, a imposição de leitura não é uma pratica recente e em cada etapa histórica ela se transfigura.
Na Alemanha, a queima de livros em grandes fogueiras em praça pública, era uma ação propagandística que foi organizada entre 10 de maio e 21 de junho de 1933, quando o umbigo do recém-nascido nazismo era cortado.
O poeta nazista Hanns Johst justificava esse ato insano como “uma necessidade de purificação radical da literatura alemã de elementos estranhos que possam alienar a cultura alemã”
João Vicente