O instinto da busca

Por: Emerson Monteiro;

Antes, falar um pouco da pretensa liberdade, aquilo dos sonhos dos ficcionistas, dos aventureiros e místicos. Andar ao relento e viver de mistério ao pé da letra dos desejos. Isto de que se sabe quase nada e nada seja.

Muitos, a não dizer todos, padecem da vontade insana de continuar, por vezes até de regressar ao passado e revear o senso dessa procura, desfeitos aos sóis. Mesmo que tal, no entanto, tocar adiante o impulso das horas através de quantos existem. Viver, praticar o fenômeno vida com as próprias mãos. Isso do indiscutível que se transporta nos laços das virtudes de ser.

E pensar-se livre, no entanto. Padecer dessa fome constante do domínio de si, porém face a face com o Destino. No uso das palavras, o palpite vem à tona. Ser-se-á concorde ao inevitável, contudo. A gente defronta o cruzar dos firmamentos e avaliar ter de sustentar as alças da vida aos olhos invisíveis da sorte.

Gosto disso, de abordar a urgência de conhecer o que virá em seguida, conquanto nada imponha e tudo haja de acontecer a todo custo. Foram séculos de filosofia a descobrir tanta verdade exposta aos sabores do vento.

Todavia, o verbo cria asas e sobrevoa as lendas, donde vêm os facínoras e os heróis, sob rajadas e circunstâncias. Desfazem-se de igual jeito. Padecem de histórias semelhantes. Revelam os caminhos abertos e, em seguida, os desprendem do roteiro, cobertos que foram pelas malhas do definitivo.

São as cores desse painel de aventuras que contam o segredo de mundos inexistentes, e aqui oferecem as refeições do cotidiano. Saberes, viveres, tronos e cavernas, folhas espalhadas ao Infinito, cada vez mais.

Nisto, os protagonistas tão-só imaginam o poder de haver criado quaisquer possibilidades. Depois, ausentes que sejam, outros céus cobrem o espelho e pensamentos, e virão o silêncio na alma das criaturas humanas.

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